COMENTÁRIO
SCARCELA JORGE
BRASIL DIRECIONA O IMPÉRIO CORRUPTO.
Nobres:
É deveras evidente que estamos
num país infinitamente abastado, e por serem ricos, os corruptos aliados do
governo usam da premissa de que “roubar é a melhor solução”. Neste contexto firmamos
apenas na célula que tomou de conta a maior empresa do país “a Petrobras, a
bandeira do PT, quando foi aventada a sua privatização. Agora entendemos o
porquê do vilão encontrado para se estabelecer a roubalheira. Encontramos os números da corrupção na
Petrobras são assustadores: o balanço auditado indica quase R$ 8 bilhões, um
cálculo ainda inicial, já que múltipla investigação da Operação Lava Jato ainda
está por acabar. Mas a corrupção é apenas a conseqüência mais escandalosa do
processo de destruição pelo qual a maior empresa do Brasil com quase 80 mil
funcionários, vem passando nos últimos anos. No mesmo balanço, a Petrobras
calcula que a má gestão, os custos inflados e as decisões irracionais tomadas
pela administração custaram R$ 44,6 bilhões. Esse valor significa que a
expectativa de retorno de alguns ativos é menor do que o que foi investido e a
maior parte do buraco vem do custo exorbitante de projetos, como a Refinaria
Abreu e Lima, em Pernambuco, e o Complexo Petroquímico do Rio de Janeiro. Esses
dois empreendimentos são reveladores também do desastre da submissão da
Petrobras aos interesses políticos dos governos petistas desde 2003. A decisão
de construir a Abreu e Lima partiu diretamente do ex-presidente Lula após
acordo com seu colega venezuelano Hugo Chavez. Era para ser um empreendimento
com 60% de capital da Petrobras e 40% da PDVSA, a companhia de petróleo da
Venezuela que, no entanto, nunca botou um tostão na refinaria pernambucana. A
Petrobras bancou sozinha e os custos disparam e o projeto, previsto para custar
R$ 2,5 bilhões, está perto de R$ 20 bilhões. Pelo que foi apurado na Operação
Lava Jato, as empreiteiras, em acordo com o ex-diretor Paulo Roberto Costa,
aproveitaram que havia decisão política, e não técnica, para superfaturar cada
contrato. O Comperj, construído no Rio para atender aliados políticos do PT,
tem problemas semelhantes e sequer será concluído como previa seu projeto
inicial. Nos dois casos, a Administração da estatal ignorou os alertas de
especialistas e as reportagens apontando irregularidades. Só começou a admitir
os problemas quando o estrago já estava feito. Esse somatório de incompetência,
irresponsabilidade e desleixo com o patrimônio público somado à corrupção elevou
a dívida da Petrobras. É esse o tamanho do desafio a ser superado agora pela
empresa, que ainda tem um longo caminho pela frente para recuperar sua
credibilidade com credores e fornecedores. Mas esse desafio só será superado se
a Petrobras ficar definitivamente livre não apenas da corrupção e a continuada ingerência
política que ainda pode afundar a empresa se continuar o “regime corrupto do
lulismo”.
Antônio Scarcela Jorge.
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