domingo, 7 de fevereiro de 2016

COMENTÁRIO SCARCELA JORGE - DOMINGO, 7 DE FEVEREIRO DE 2016

COMENTÁRIO
Scarcela Jorge

O PAÍS DO CARNAVAL E DOS POLITIQUEIROS.

Nobres:
Não é que sejamos contra o carnaval, muito pelo contrário, somos adeptos e outrora fomos folião das festas carnavalescas onde se referia o evento. Por este aspecto iremos discorrer o lado da razão por aliar o período em que vivemos para não priorizar ações que no alento só dimensiona por uma ou outra exterioridade revela avaria. Mesmo acontecendo formalmente ontem a largada oficial do “tradicional” carnaval na nossa cidade do interior, onde o evento é de plena “magnitude” apesar ser considerado modesto, ao contrário dos anos anteriores, o “folião”  não se importando o folião, que o mundo ou esta cidade, “vá às favas.” É a Cultura “deletéria” de nosso povo, numa premissa milenar que “pão e circo” e tudo, ainda seja retocado somente o “circo”. No momento das crises, moral e econômica o caso é essencialmente discutível. Temos um perfil não só da cidade, mas é fato generalizado em todo país. Não há preocupação em termos dos “mosquitos” que aflige o país, as conseqüências, foram indagadas aos cientistas que discorreram a gravidade que nos cercam na mídia nacional. Perguntas foram e unânimes, tão somente a ansiedade apenas com o carnaval! O que mais nos estarrece, que as pessoas eram intelectuais de formação acadêmica, construída pelas universidades brasileiras que nos últimos anos optaram pela educação de quantidade e em vez, pela qualidade duvidosa nesta “pátria” educadora que educados pela mídia do lulismo é referencial de propaganda deste governo. Por outra face da verdade o carnaval se configura para os brasileiros que têm mais motivos para apreensões do que para descontração neste feriadão de Carnaval. O contexto econômico e político é um dos piores já enfrentados nos últimos anos. A recessão se aprofunda, com a perspectiva de que a queda de mais de 3% do PIB, em 2015, repita-se em 2016. Empresas encerram atividades, o desemprego aumenta e, para agravar a situação, o imbróglio político parece interminável. O Brasil, que em algum momento parou de crescer e agora anda para trás, enfrenta um ambiente de desconfiança generalizada, com políticos investigados, Congresso praticamente imobilizado e um governo atarantado pela falta de apoio da própria base e pela possibilidade de evolução do projeto de impeachment conduzido pela oposição. Não há notícias boas, neste início de ano. Ao contrário, multiplicam-se os fatos e as informações negativas do final de 2015, quando o país fechou o ano com indicadores preocupantes. Até mesmo o setor agrícola registra forte queda de atividade, devido aos juros elevados e à retração dos negócios, numa situação, em algumas áreas, agravada pela queda dos preços e, por conseqüência, da rentabilidade da atividade. Ao mesmo tempo, amplia-se o temor com a desindustrialização do país, que perde produtividade, internamente, e competividade no Exterior. Mesmo assim, em desacordo com a conjuntura amplamente desfavorável, o governo insiste na recriação da CPMF, transferindo mais custos para empresas e cidadãos já excessivamente tributados. A sensação de que vivemos um impasse aparentemente incontornável só pode ser revertida com respostas decididas das forças políticas. Se as lideranças políticas não conseguirem firmar um pacto de responsabilidade para desatar o nó do imobilismo, o pós-Carnaval será ainda mais trágico para o país. Tem alguns que duvidam, são cegos da razão.

Antônio Scarcela Jorge.

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