COMENTÁRIO
SCARCELA JORGE
Nobres:
Insistentemente o (dês) governo lulista acumulou um
rombo recorde com as chamadas pedaladas fiscais, em que os impostos subiram, a
economia se retraiu, houve queda na arrecadação, a palavra mais procurada nos “glossários”
foi: “o que é CPMF?”. E não é à toa que os brasileiros estão preocupados com a
volta dessa famosa sigla. A Contribuição
Provisória sobre Movimentações Financeiras, mesmo carregando a palavra
provisória, imperou no Brasil de 1997 até 2007 e atualmente o governo está
investindo pesadamente no seu retorno, pois está sendo “vendida” como parte das
medidas que reverterá o quadro atual do País. Porém, toda vez que o governo
precisa cobrir seus gastos exorbitantes, passa a conta adiante. E quem sempre
paga? Os trabalhadores e as empresas! Já sofremos com o aumento da inflação,
dos juros, da taxa de câmbio, das tarifas de energia, entre tantas coisas.
Então, por que não mais um imposto? A resposta é
simples: porque não agüentamos mais! Porque já pagamos demais e recebemos de
menos. Porque o Brasil tem uma das cargas tributárias mais altas do mundo, mas
não consegue fechar as contas no azul e nem oferecer retorno à população. Não
temos educação de qualidade, a saúde está na UTI e convivemos com a falta de
segurança diariamente. O que se pode constatar é que os recursos estão mal
empregados. O aumento de impostos e a recriação da CPMF impõem um ciclo vicioso, que
afetará diretamente as pessoas, o comércio, a indústria, o setor de serviços e
os pequenos empreendedores. Isso acarretará no aumento do desemprego, e as
famílias serão obrigadas a reduzir ainda mais o consumo. A população não está disposta a pagar mais esse preço, pois sabe que a
reintrodução da CPMF não será a salvação do que fizeram todos esses anos com as
finanças do Brasil. O problema é estrutural e, por isso, o governo tem que parar de onerar os
brasileiros e implantar reformas definitivas que reduzam o ritmo de crescimento
do déficit, simplificando o regime tributário e reduzindo os gastos públicos. Mas
com este (dês) governo torna-se-à impossível, por razões que toda sociedade é
de seu conhecimento.
Antônio
Scarcela Jorge.
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