O juiz federal Sérgio Moro informou ao Tribunal
Superior Eleitoral (TSE) que, em sentença da 13ª Vara Federal, em Curitiba,
ficou “comprovado o direcionamento de propinas acertas no esquema criminoso da
Petrobrás para doações eleitorais registradas”.
O comunicado, feito em ofício,
atende solicitação da corte, que tem quatro procedimentos abertos a pedido do
PSDB para apurar irregularidades na campanha da presidente Dilma Rousseff.
No ofício, Moro afirma que “reputou-se comprovado o
direcionamento de propinas acertadas no esquema criminoso da Petrobrás para
doações eleitorais registradas”, referindo-se a sentença do processo envolvendo
executivos da empreiteira Mendes Junior e Setal Óleo e Gás. O caso envolve o
suposto repasse de R$ 4 milhões ao PT via ex-tesoureiro do partido João Vaccari
Neto. Sérgio Moro:
“Reputou-se comprovado o direcionamento de propinas
acertadas no esquema criminoso da Petrobrás para doações eleitorais
registradas” Sérgio Moro: “Reputou-se comprovado o direcionamento de propinas
acertadas no esquema criminoso da Petrobrás para doações eleitorais
registradas”
De acordo com a reportagem, o juiz ressalta ainda que
seis “criminosos colaboradores”, entre eles o dono da UTC, Ricardo Pessoa e
dois executivos da Petrobras, confirmaram em juízo que “recursos acertados no
esquema” eram destinados a doações eleitorais “registradas e não registradas”.
São eles: o doleiro Alberto Youssef, o ex-diretor de Abastecimento da estatal
Paulo Roberto Costa, o ex-gerente de Engenharia Pedro José Barusco Filho, o
empresário do grupo Setal Augusto Ribeiro de Mendonça Neto, o operador de propinas
Milton Pascowitch e o empreiteiro Ricardo Ribeiro Pessoa.
“(Os delatores) declararam que parte dos recursos
acertados no esquema criminoso da Petrobrás eram destinados a doações
eleitorais registradas e não-registradas.
Como os depoimentos abrangem diversos
assuntos, seria talvez oportuno que fossem ouvidos diretamente pelo Tribunal
Superior Eleitoral a fim de verificar se têm informações pertinentes ao objeto
da requisição.”
Moro acrescentou ainda que fosse “tecnicamente
inviável disponibilizar a esta Egrégia Corte cópia de todos os inquéritos e ação
penal relativas à Operação Lava Jato, já que se trata de centenas de processos.
Não há condições, pelo volume, de extrair cópia em papel ou eletrônica.”
Fonte: Agência Brasil.
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