DILMA DIFICILMENTE SERÁ REELEITA
O Partido dos Trabalhadores está há dez anos no
governo federal e as comemorações começaram esta semana. De 2003 a 2010 com o
ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva, e de 2011 até agora com a presidente
Dilma Rousseff. E como será o futuro do partido? O SRZD conversou com dois especialistas, que concordam que a
reeleição de Dilma é uma possibilidade de acontecer se não houver uma novidade
de outros partidos. Nas próximas eleições, em 2014, a candidatura à
reeleição de Dilma já está lançada. Para o professor de Relações Internacionais
da UFF Adriano de Freixo, a presidente "dificilmente não será reeleita, a
não ser que ocorra um fato novíssimo. Não vejo o PT perdendo o poder
presidencial, pelo menos pelos próximos quatro anos". Quanto aos outros partidos,
Freixo acredita na possibilidade de chegarem ao poder apenas nas eleições de
2018. "Tanto a oposição quanto partidos da base aliada, que planejam um
voo próprio, como o PSB com o Eduardo Campos, eu só vejo despontando no
horizonte em 2018, até porque, após 16 anos de poder, um partido fica
desgastado", opina. Ainda segundo o professor de Relações
Internacionais, é necessária uma novidade no PSDB para chegar ao poder.
"Até o momento a oposição parece um tanto quanto perdida, mesmo quando o
Aécio Neves faz uma crítica mais dura, não traz nenhuma inovação, só repete de
forma contundente críticas que o PSDB já vinha fazendo. A oposição não traz
nenhuma novidade, continua sem discurso, sem definição programática clara,
atirando para todos os lados, mas sem acertar o alvo. Além disso, as pesquisas
indicam alta popularidade da presidente Dilma", conclui. Já para o
professor de Ciências Políticas da Universidade de Brasília (UnB) Paulo Kramer,
candidaturas fortes podem tirar o PT do governo nas próximas eleições. "O
governo Dilma, ou de forma mais geral, o lulopetismo, - com Lula com a parte
mais densa e popular que o próprio PT - já devem estar atentos à possibilidade
que se desenha no horizonte de, nas eleições 2014, contar com concorrentes
fortes, que poderão levar mais uma vez a decisão para o segundo turno, e com
consequências mais imprevisíveis que nos anos anteriores. Aliás, como sempre, o
PT só ganhou as eleições que disputou para a presidência em segundo
turno". Segundo Kramer, o resultado pode não ser por um petista ou tucano.
Para ele, as eleições são "imprevisíveis, porque além da Marina Silva, há
também o fator Eduardo Campos, do PSB. Ainda não se sabe se o partido calibrará
todo o ardor de sua base deslocando a vice-presidência da república ou se o partido
lançará sua candidatura". Quanto ao PSDB, Kramer acredita que é necessário
que o partido surpreenda para chegar ao poder federal. "A oposição e o
PSDB ainda não me surpreendem. Na minha visão de analista, se surgir alguma
candidatura competitiva contra a eleição de Dilma, é provável que seja da
própria base governista".
“Texto
opinativo de cientistas políticos ligados a análises pertinentes”
Fonte
Agência de Notícias SRZD.
Nenhum comentário:
Postar um comentário