sexta-feira, 22 de fevereiro de 2013

SUCESSÃO PRESIDENCIAL



DILMA DIFICILMENTE SERÁ REELEITA

O Partido dos Trabalhadores está há dez anos no governo federal e as comemorações começaram esta semana. De 2003 a 2010 com o ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva, e de 2011 até agora com a presidente Dilma Rousseff. E como será o futuro do partido? O SRZD conversou com dois especialistas, que concordam que a reeleição de Dilma é uma possibilidade de acontecer se não houver uma novidade de outros partidos. Nas próximas eleições, em 2014, a candidatura à reeleição de Dilma já está lançada. Para o professor de Relações Internacionais da UFF Adriano de Freixo, a presidente "dificilmente não será reeleita, a não ser que ocorra um fato novíssimo. Não vejo o PT perdendo o poder presidencial, pelo menos pelos próximos quatro anos". Quanto aos outros partidos, Freixo acredita na possibilidade de chegarem ao poder apenas nas eleições de 2018. "Tanto a oposição quanto partidos da base aliada, que planejam um voo próprio, como o PSB com o Eduardo Campos, eu só vejo despontando no horizonte em 2018, até porque, após 16 anos de poder, um partido fica desgastado", opina.  Ainda segundo o professor de Relações Internacionais, é necessária uma novidade no PSDB para chegar ao poder. "Até o momento a oposição parece um tanto quanto perdida, mesmo quando o Aécio Neves faz uma crítica mais dura, não traz nenhuma inovação, só repete de forma contundente críticas que o PSDB já vinha fazendo. A oposição não traz nenhuma novidade, continua sem discurso, sem definição programática clara, atirando para todos os lados, mas sem acertar o alvo. Além disso, as pesquisas indicam alta popularidade da presidente Dilma", conclui. Já para o professor de Ciências Políticas da Universidade de Brasília (UnB) Paulo Kramer, candidaturas fortes podem tirar o PT do governo nas próximas eleições. "O governo Dilma, ou de forma mais geral, o lulopetismo, - com Lula com a parte mais densa e popular que o próprio PT - já devem estar atentos à possibilidade que se desenha no horizonte de, nas eleições 2014, contar com concorrentes fortes, que poderão levar mais uma vez a decisão para o segundo turno, e com consequências mais imprevisíveis que nos anos anteriores. Aliás, como sempre, o PT só ganhou as eleições que disputou para a presidência em segundo turno". Segundo Kramer, o resultado pode não ser por um petista ou tucano. Para ele, as eleições são "imprevisíveis, porque além da Marina Silva, há também o fator Eduardo Campos, do PSB. Ainda não se sabe se o partido calibrará todo o ardor de sua base deslocando a vice-presidência da república ou se o partido lançará sua candidatura". Quanto ao PSDB, Kramer acredita que é necessário que o partido surpreenda para chegar ao poder federal. "A oposição e o PSDB ainda não me surpreendem. Na minha visão de analista, se surgir alguma candidatura competitiva contra a eleição de Dilma, é provável que seja da própria base governista".

“Texto opinativo de cientistas políticos ligados a análises pertinentes”

Fonte Agência de Notícias SRZD.


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