COMENTÁRIO
Scarcela Jorge
Metodologia da
bajulação
Nobres:
Desde o início do regime
republicano o que se observou foi a ausência de partidos ideológicos. Torna-se
evidente a falta de conscientização da maioria da sociedade eleitoral em razão dos
partidos políticos serem criteriosamente desleixados quanto a escolha de
candidatos próprios de legendas. Conceituando por aquele momento em que o
eleitor procura melhor atenção onde setores de atividade deveriam se questionar
sobre a precariedade que existente em função da qualidade que acentua: Um dos
reflexos é o costume desacerbado do nosso povo que deixa de lado estas áreas
essenciais. - Como escolher?- Partindo da premissa que só a educação transforma
consciências enveredamos pelo atalho que algum dia pode transformar. - Não
adianta falar para analfabetos de corpo e alma. Eles votam pelo “cabrestão” com
formatos plurais. O “analfabeto em tese” - aí se inclui todo grau de
escolaridade: - estando muito acima para seus interesses bem comuns, não demonstra
conceito nenhum e “basta estar de bem com a vida” no que seja bajular.
Resultado: - Não há credibilidade e confiabilidade aquele por mais rudimentar
que seja fluentemente assimila. Genericamente o povo é assim mesmo. Trocam tudo,
por tudo e, por nada; em proveito do povo, fica a margem dessas implicações. Em
vez de priorizar programas e intenções para melhoria da educação, saúde e
infraestrutura enveredam na parceria, - eleitos e, “eleitores de posse
modéstia”- são fiéis “interativos” no ofício de negociação dos votos. Para
participar do rótulo da “bolada” onde a sociedade identifica de pronto. As
ações de segmentos modificam a cada dia de acordo com conveniências de grupos
potencialmente dominantes. Se estimar em função da estabilidade econômica
aparente estimula a ruma de dinheiro atirado pela janela. Formular propostas é
ação descabida, mais uma vez o país experimenta o comprometimento em diminuir
as desigualdades sociais, não pode admitir práticas vetustas, mudanças em geral
se tornam inóxias. Enquanto os nossos olhos permanecerem com o “cisco” achando isso
normal, cegaremos por inércia absoluta. É preciso cobrar deles. Temos que
criticar, elogiar, dar sugestão. Isso é exercer a nossa cidadania, não podemos abrir
mão do nosso direito. Precisamos acabar com esse endeusamento aos
representantes do povo em todas as esferas de poder. O arrogante e o prepotente
é um natural ilícito – “eles nem de longe são deuses” - são pessoas como nós-: todavia;
como uma responsabilidade muito maior, com sérios riscos de abusar do poder e,
perder esse poder. Em síntese, se pelo menos 1/3 dos eleitores fizessem o uso
da discordância e não bajular-se literalmente, talvez funcionasse melhor, se
não as leis, pelo menos, a justiça. Aí daríamos a importância no processo
continuado de afirmação democrática.
Antônio Scarcela Jorge
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