quinta-feira, 14 de fevereiro de 2013

COMENTÁRIO - 14 DE FEVEREIRO DE 2013



COMENTÁRIO
Scarcela Jorge

Metodologia da bajulação

Nobres:
Desde o início do regime republicano o que se observou foi a ausência de partidos ideológicos. Torna-se evidente a falta de conscientização da maioria da sociedade eleitoral em razão dos partidos políticos serem criteriosamente desleixados quanto a escolha de candidatos próprios de legendas. Conceituando por aquele momento em que o eleitor procura melhor atenção onde setores de atividade deveriam se questionar sobre a precariedade que existente em função da qualidade que acentua: Um dos reflexos é o costume desacerbado do nosso povo que deixa de lado estas áreas essenciais. - Como escolher?- Partindo da premissa que só a educação transforma consciências enveredamos pelo atalho que algum dia pode transformar. - Não adianta falar para analfabetos de corpo e alma. Eles votam pelo “cabrestão” com formatos plurais. O “analfabeto em tese” - aí se inclui todo grau de escolaridade: - estando muito acima para seus interesses bem comuns, não demonstra conceito nenhum e “basta estar de bem com a vida” no que seja bajular. Resultado: - Não há credibilidade e confiabilidade aquele por mais rudimentar que seja fluentemente assimila. Genericamente o povo é assim mesmo. Trocam tudo, por tudo e, por nada; em proveito do povo, fica a margem dessas implicações. Em vez de priorizar programas e intenções para melhoria da educação, saúde e infraestrutura enveredam na parceria, - eleitos e, “eleitores de posse modéstia”- são fiéis “interativos” no ofício de negociação dos votos. Para participar do rótulo da “bolada” onde a sociedade identifica de pronto. As ações de segmentos modificam a cada dia de acordo com conveniências de grupos potencialmente dominantes. Se estimar em função da estabilidade econômica aparente estimula a ruma de dinheiro atirado pela janela. Formular propostas é ação descabida, mais uma vez o país experimenta o comprometimento em diminuir as desigualdades sociais, não pode admitir práticas vetustas, mudanças em geral se tornam inóxias. Enquanto os nossos olhos permanecerem com o “cisco” achando isso normal, cegaremos por inércia absoluta. É preciso cobrar deles. Temos que criticar, elogiar, dar sugestão. Isso é exercer a nossa cidadania, não podemos abrir mão do nosso direito. Precisamos acabar com esse endeusamento aos representantes do povo em todas as esferas de poder. O arrogante e o prepotente é um natural ilícito – “eles nem de longe são deuses” - são pessoas como nós-: todavia; como uma responsabilidade muito maior, com sérios riscos de abusar do poder e, perder esse poder. Em síntese, se pelo menos 1/3 dos eleitores fizessem o uso da discordância e não bajular-se literalmente, talvez funcionasse melhor, se não as leis, pelo menos, a justiça. Aí daríamos a importância no processo continuado de afirmação democrática.
Antônio Scarcela Jorge


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