COMENTÁRIO
CONTRAFAÇÃO PROSAICA
NOBRES
A simbologia das ações corruptas
sem sombra de dúvidas – o “mensalão”-, seus indiciados julgados pelo STF. Esse
exercício corrupto espalhou vertentes da política e contaminou o país estando imbuído
nos demais setores. Seus agentes objurgam sobre o tema com despudor; considera
perfeitamente “normal” e a exigência de habilitação no serviço público é
acessada por denominação escusas. Ser “maquiavelista” é experiência a achaque. Vai
desaguar na corrupção praticada nas camadas dos políticos de nosso país na
última década. Nos municípios é evidente a reformação de coalizão de partidos para
dar sustentação aos governos e repartirem o poder no intuito de promover o
fortalecimento das bases “corruptas” que dão “alimento” aos novos governos. Os “lobbies
corruptores” e a sanção social é uma forma eficiente para se coibir a contrafação.
As possíveis respostas sinalizam que a corrupção agora está mais rasteira e a
classe política se apresenta com o perfil mais vulgar. Esperamos que o
exercício democrático dos últimos anos tenha funcionado como forma de
aperfeiçoamento civilizatório e com avanços nos direitos da coletividade de uma
melhor visão social. Mas é evidente que a banalidade ética em boa parte da
classe política ainda aproveitar-se. Nossa expectativa é que o país, de forma
existencial os estados e municípios, com uma população mais exigente, demandará
melhores representantes no futuro já muito próximo. Com certeza, temos muito
que caminhar para o bom combate às iniquidades sociais que tirar proveito nas
nossas instituições: político sem princípios; riqueza sem trabalho; prazer sem
consciência; conhecimento sem caráter; coisa sem moral; ciência sem humanismo;
religião sem sacrifício e, direito sem responsabilidade. Umas dessas entradas
são fundamentais: de princípio o eleitor não deveria consentir de ser parceiro
do político corrupto em toda sua intensidade: – “justiça acontecida por corretos
políticos que nos legaram experiência e ensinamentos”-. O básico de um povo é
investir para transformação dos costumes que são naturalmente perfeitamente
mutáveis. Só há um atalho para se firmar na consciência de cada um. Valorizar a
educação e tentar caminhar com a Justiça que terá a incumbência de transformar
o coletivo de políticos para que logre êxito e terá ainda que corrigir os
malefícios próprios de seu segmento. É o ponto de partida para sermos um grande
povo.
Antônio Scarcela Jorge
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