PLUVIOMETRIA NO
CEARÁ
Milho já
brota com as primeiras chuvas da estação
Nos próximos dois meses, os
agricultores já esperam colher as primeiras safras de milho e feijão plantados
Na localidade de Bonsucesso, a 9 km da sede de Canindé, plantio de milho semeado há seis dias já se desenvolve. O agricultor Pedro Luiz Martins de Freitas, de 68 anos, plantou sozinho 19 quilos das sementes em três hectares de terra. Ele está otimista. "Está muito bom. Antes, a paisagem era de seca. Com estas chuvas, deu para animar a gente".
Na localidade de Bonsucesso, a 9 km da sede de Canindé, plantio de milho semeado há seis dias já se desenvolve. O agricultor Pedro Luiz Martins de Freitas, de 68 anos, plantou sozinho 19 quilos das sementes em três hectares de terra. Ele está otimista. "Está muito bom. Antes, a paisagem era de seca. Com estas chuvas, deu para animar a gente".
Com apenas seis dias de chuvas na
zona rural de Canindé, o milho já começa a desenvolver na localidade de
Bonsucesso. Em Crateús, os agricultores também aproveitam para plantar as primeiras
sementes.
Ele fez tudo sem um auxiliar.
"Preparei a terra, cavei as covas, plantei e agora vou limpar o milharal
sozinho porque não dá para pagar a outro trabalhador R$ 30,00 por um dia de
serviço no campo", afirma. O plantio foi feito na última sexta-feira, e as
sementes germinaram com perfeição. Ele aproveitou e plantou também dois litros
de feijão em meio hectare.
Neste ano, muitos agricultores já
preparam a terra com o objetivo de recuperar os prejuízos do ano passado. Foram
100 milímetros nos últimos dias em Canindé. Segundo o produtor rural, João da
Silva, as precipitações renovam as esperanças dos agricultores da região. De
acordo com o produtor rural João Pereira Campos, os agricultores esperam
recuperar logo os prejuízos causados pela longa estiagem de 2012. "Eu já
tinha perdido a fé de chover. Achava que
não chovia mais. Porque os prejuízos que a gente teve, principalmente para os
que vivem da agricultura e da pecuária, foram grandes. Eu tive que vender 80
gados para alimentar o restante que ficou. O engenheiro agrônomo da Ematerce de
Canindé, Luiz Fernando, visitou o cultivo feito por Pedro Luiz. Ele se mostrou
surpreso com o trabalho.
Hora de
Plantar
"O milho já está enraizado
e, pelo processo de crescimento, se continuar chovendo nessa média, com
certeza, será uma grande safra. A área é boa e isso facilita o crescimento das
sementes", observa Luiz Fernando. Segundo ele, com seis dias nasce. Já o
feijão é mais rápido. Com três dias já começa a brotar.
O gerente da Ematerce em Canindé, Domingos Sávio, disse que as sementes do Programa Hora de Plantar deverão ser distribuídas ainda neste mês. Para isso, já se reuniu com o secretário de Agricultura do município, Valdenir Amâncio, para traçar planos de como será feita a distribuição. "Neste ano, nós iremos fazer um acompanhamento permanente junto aos agricultores, desde a entrega até a colheita dos grãos. “A assistência técnica no campo ajuda os agricultores a produzirem mais”, disse.
O gerente da Ematerce em Canindé, Domingos Sávio, disse que as sementes do Programa Hora de Plantar deverão ser distribuídas ainda neste mês. Para isso, já se reuniu com o secretário de Agricultura do município, Valdenir Amâncio, para traçar planos de como será feita a distribuição. "Neste ano, nós iremos fazer um acompanhamento permanente junto aos agricultores, desde a entrega até a colheita dos grãos. “A assistência técnica no campo ajuda os agricultores a produzirem mais”, disse.
"Em relação à planta de seu
Pedro Martins, sempre que for necessário, nós iremos mandar um técnico para
orientar sobre o que será melhor para sua plantação", finalizou Domingos
Sávio.
As boas chuvas registradas nos últimos cinco dias em Crateús também animaram os agricultores. Em todo o município, do pé de serra ao sertão, eles estão na roça, preparando a terra molhada. Muitos já tinham plantando. Após um jejum de chuvas de mais de um ano, os olhos brilham diante dos campos agora verdinhos, já com "rama" para os animais. Na Fazenda São José, a 5km da sede de Crateús, os agricultores Antônio Barbosa, conhecido como Baé, e José Rodrigues preparam 40 tarefas de terra para o plantio de feijão, milho e sorgo. Apostam em um bom inverno e boa safra.
"A terra está bem molhada. Quando está assim, o inverno vai ser muito bom. Vai chover bem e dar muitos legumes. A safra neste ano vai ser boa", já comemora seu Antônio, mostrando os grãos de milho plantados no campo há dois dias. Segundo ele, em três dias já vão estar brotando porque a terra está bem molhada.
A alegria e expectativa de seu José é a mesma do vizinho de morada e companheiro de plantio. Espera que, em 60 dias, já esteja colhendo as primeiras tarefas do feijão plantado agora e, em 90 dias, as espigas de milho. Enquanto faz as fileiras dos futuros pés de feijão, seu José parece dançar ao movimentar os pés tal a intimidade com a matraca, que rapidamente vai enchendo o solo com cinco grãos de feijão em cada escavação.
Para o Sindicato dos Trabalhadores Rurais de Crateús, a chegada das chuvas animou e renovou o sertão. Chegou em boa hora, inclusive porque os agricultores já tinham recebido as sementes do Programa Hora de Plantar, do Governo do Estado. "Em todo o município os agricultores estão plantando e foi bom porque a maioria já estava com as sementes em mãos", comenta o presidente Antônio Ximenes. A expectativa é de que a quadra invernosa seja boa. Apesar das boas precipitações nos últimos dias e a animação dos trabalhadores, a Federação dos Trabalhadores na Agricultura do Estado do Ceará (Fetraece) prefere aguardar mais uns dias para caracterizar como boa a quadra invernosa. A instituição acredita que é cedo para afirmar que haverá boa safra no Estado em 2013.
As boas chuvas registradas nos últimos cinco dias em Crateús também animaram os agricultores. Em todo o município, do pé de serra ao sertão, eles estão na roça, preparando a terra molhada. Muitos já tinham plantando. Após um jejum de chuvas de mais de um ano, os olhos brilham diante dos campos agora verdinhos, já com "rama" para os animais. Na Fazenda São José, a 5km da sede de Crateús, os agricultores Antônio Barbosa, conhecido como Baé, e José Rodrigues preparam 40 tarefas de terra para o plantio de feijão, milho e sorgo. Apostam em um bom inverno e boa safra.
"A terra está bem molhada. Quando está assim, o inverno vai ser muito bom. Vai chover bem e dar muitos legumes. A safra neste ano vai ser boa", já comemora seu Antônio, mostrando os grãos de milho plantados no campo há dois dias. Segundo ele, em três dias já vão estar brotando porque a terra está bem molhada.
A alegria e expectativa de seu José é a mesma do vizinho de morada e companheiro de plantio. Espera que, em 60 dias, já esteja colhendo as primeiras tarefas do feijão plantado agora e, em 90 dias, as espigas de milho. Enquanto faz as fileiras dos futuros pés de feijão, seu José parece dançar ao movimentar os pés tal a intimidade com a matraca, que rapidamente vai enchendo o solo com cinco grãos de feijão em cada escavação.
Para o Sindicato dos Trabalhadores Rurais de Crateús, a chegada das chuvas animou e renovou o sertão. Chegou em boa hora, inclusive porque os agricultores já tinham recebido as sementes do Programa Hora de Plantar, do Governo do Estado. "Em todo o município os agricultores estão plantando e foi bom porque a maioria já estava com as sementes em mãos", comenta o presidente Antônio Ximenes. A expectativa é de que a quadra invernosa seja boa. Apesar das boas precipitações nos últimos dias e a animação dos trabalhadores, a Federação dos Trabalhadores na Agricultura do Estado do Ceará (Fetraece) prefere aguardar mais uns dias para caracterizar como boa a quadra invernosa. A instituição acredita que é cedo para afirmar que haverá boa safra no Estado em 2013.
SALITRE
AINDA SOFRE COM FALTA DE ÁGUA
Salitre Os poderes Legislativo, Executivo e Judiciário neste município,
juntamente com segmentos da sociedade civil, organizaram uma audiência pública,
realizada na manhã de ontem, para discutirem os problemas relativos à falta de
água na cidade. Atualmente, a população está sendo abastecida pela Operação
Carro Pipa, por meio de uma ação do Ministério da Integração Nacional e
Exército. O esforço das lideranças municipais é para que o Governo do Estado
posicione-se quanto a efetivação de medidas que possam diminuir as atuais
dificuldades.
As famílias dependem de pipeiros para ter abastecimento hídrico. As primeiras chuvas não estão sendo suficientes para suprir a demanda
As famílias dependem de pipeiros para ter abastecimento hídrico. As primeiras chuvas não estão sendo suficientes para suprir a demanda
Os primeiros registros de chuvas
no Estado ainda não foram suficientes para amenizar a crise do abastecimento
hídrico na cidade. Salitre tem aproximadamente 16 mil habitantes. Estima-se que
70% da população tem renda relacionada à produção de mandioca. Na cidade
existem 92 casas de farinha. Todas estão com suas atividades paralisadas por
não terem água para a produção dos derivados da cultura. Com a suspensão do
funcionamento, em média 2.500 pessoas já estão desempregadas.
No momento, em algumas áreas do município,13 carros-pipas fazem a distribuição diária de água. A outra parte da população, que não está atendida, só tem acesso ao recurso hídrico se comprar aos carroceiros que transportam o líquido por meio de tração animal.
No momento, em algumas áreas do município,13 carros-pipas fazem a distribuição diária de água. A outra parte da população, que não está atendida, só tem acesso ao recurso hídrico se comprar aos carroceiros que transportam o líquido por meio de tração animal.
Cada tambor contendo 200 litros
de água tem preço de R$ 5. O principal reservatório hídrico fica em Campos
Sales, à uma distância de 36 quilômetros. De acordo com o coordenador municipal
da Defesa Civil, Manoel Filho Ribeiro para atender toda a demanda seria
necessários outros cinco carros-pipas.
Além de não ter água suficiente, a população também está sem fontes de renda. O produtor de farinha de mandioca, Elias Antônio Albuquerque, conta que a situação atual é uma das piores já enfrentadas. Ele diz que não tem como manter sua indústria em funcionamento. "Estamos em uma crise severa. Esperamos chuva. Mas, enquanto isso não acontece, queremos que a água que chega à sede do município também seja distribuída para as casas de farinha". Normalmente, quando há chuvas regulares em Salitre, são plantados cerca de 20 mil hectares só de mandioca. Em função da seca, esse número foi reduzido para nove hectares, o que provocou uma queda brusca também na produtividade que passou de 15 mil para cinco toneladas por hectare. Até agora, as chuvas que ocorreram neste ano não foram suficientes para a germinação da rama da mandioca que já foi plantada. O encontro de ontem foi a segunda audiência sobre o problema. A primeira aconteceu em janeiro, com a presença dos membros do Comitê Estadual de Combate à Seca. Na ocasião, a Cagece apontou como solução imediata a perfuração de poços no entorno da cidade e a interligação dos mesmos com a rede de distribuição. Mas, até agora, a ação não foi iniciada. A previsão é que o serviço seja começado ainda nos próximos dias. Segundo o gerente regional da Cagece, Bacia do Alto Jaguaribe, Marcelo Gutierres, ainda está sendo planejada a filmagem e limpeza do poço pioneiro PP4.
Além de não ter água suficiente, a população também está sem fontes de renda. O produtor de farinha de mandioca, Elias Antônio Albuquerque, conta que a situação atual é uma das piores já enfrentadas. Ele diz que não tem como manter sua indústria em funcionamento. "Estamos em uma crise severa. Esperamos chuva. Mas, enquanto isso não acontece, queremos que a água que chega à sede do município também seja distribuída para as casas de farinha". Normalmente, quando há chuvas regulares em Salitre, são plantados cerca de 20 mil hectares só de mandioca. Em função da seca, esse número foi reduzido para nove hectares, o que provocou uma queda brusca também na produtividade que passou de 15 mil para cinco toneladas por hectare. Até agora, as chuvas que ocorreram neste ano não foram suficientes para a germinação da rama da mandioca que já foi plantada. O encontro de ontem foi a segunda audiência sobre o problema. A primeira aconteceu em janeiro, com a presença dos membros do Comitê Estadual de Combate à Seca. Na ocasião, a Cagece apontou como solução imediata a perfuração de poços no entorno da cidade e a interligação dos mesmos com a rede de distribuição. Mas, até agora, a ação não foi iniciada. A previsão é que o serviço seja começado ainda nos próximos dias. Segundo o gerente regional da Cagece, Bacia do Alto Jaguaribe, Marcelo Gutierres, ainda está sendo planejada a filmagem e limpeza do poço pioneiro PP4.
A ação deverá apontar o que
poderá ser feito para colocar o poço em funcionamento. Como medida definitiva
para o problema da falta de água, ele conta que está sendo tratada, por meio de
um regime diferenciado de contratação, a reelaboração de um projeto de
construção de uma adutora que atenda a cidade. "A gente está trabalhando
para resolver essa questão. Estamos realizando uma ação em parceria com a
Prefeitura para que essas ações se concretizem".
Fonte: DN.
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