Renan diz que
já foi líder estudantil e considera legítimo pedido de impeachment
BRASÍLIA - Depois do tratamento antiestresse feito num Spa em Gramado, no Rio Grande do Sul, o presidente do Senado, Renan Calheiros
(PMDB-AL), divulgou nota nesta sexta-feira em Brasília em que considera lícita
a mobilização feita pelo site Avaaz,
responsável por organizar um abaixo-assinado que já reúne mais de 1, 5 milhão
de assinaturas por seu impeachment. Ele considerou o ato mais como um
instrumento de pressão da juventude e diz que vai trabalhar para garantir uma
gestão austera e um maior desenvolvimento do Brasil.
“A mobilização na Internet é
lícita e saudável, principalmente, entre os jovens. Fui líder estudantil, todos
sabem, e também usei as ferramentas da época para pressionar. O número de
assinaturas não é tão importante quanto a mensagem, o que importa é saber que a
sociedade quer um Congresso mais ágil e preocupado com os problemas dos
cidadãos. E assim o será”, diz Renan, por meio de nota, em sua primeira
manifestação sobre os protestos.
Na tentativa de impor uma agenda
positiva para espantar os escândalos do Senado, Renan diz que vai conversar na
segunda-feira com o presidente da Câmara, Henrique Eduardo Alves (PMDB-RN),
para que possam colocar em votação as matérias necessárias ao crescimento do
país, de forma sustentável e duradoura.
“Do ponto de vista
administrativo, teremos no Senado uma gestão austera, com corte de gastos,
transparência e o fim da redundância de estruturas”, promete Renan. Ignorando
os protestos, o presidente do Senado diz que vai convidar o ministro da
Fazenda, Guido Mantega, e o presidente do Banco Central, Alexandre Tombini,
para avaliar como, junto com a Casa, os senadores podem ajudar a economia do
país, na geração de empregos e renda e afastar o fantasma da inflação.
“Nas últimas décadas, o Brasil
avançou bastante nos conceitos modernos, ganhamos prestígio internacional. E o
Congresso Nacional teve papel decisivo nesse processo. Não podemos recuar no
tempo e abrir mão dos avanços conquistados”.
Fonte: G1.
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