quinta-feira, 21 de fevereiro de 2013

COMENTÁRIO/OPINIÃO - 21 DE FEVEREIRO DE 2013



COMENTÁRIO
Scarcela Jorge

O FUTURO A SER CONSOLIDADO.

Nobres:
No momento em que as previsões são naturais e elementares por todos; começamos exercitar os nossos “dons futurólogo” baseado nos surpreendentes acontecimentos do cotidiano global recheados de intempéries negativistas por excelência. Sobre a renúncia ao trono de São Pedro por sua santidade o papa Bento XVI, passado o grande impacto causado em toda sociedade mundial, em síntese conclusiva, é que o colégio de cardeais vai eleger outro. No Brasil, se  arguindo o conceito de futurologia e que  se desagua  em conclusos reais  é que:  a era do Partido dos Trabalhadores está chegando ao fim, sem que se saiba ainda o que virá depois. A ascensão de Lula foi o último movimento utópico-messiânico brasileiro, herdeiro do espírito dos movimentos comunistas do século 20, adaptado aos novos tempos e à nossa realidade, encontrando na figura providencial de Lula um símbolo perfeito: o torneiro mecânico que, oportunamente, também seria um estadista. Como sabemos, e isso é particularmente real no Brasil, a oportunidade faz a presidência, e tudo foi se esboroando pelo caminho, numa queda que a presidente Dilma, que completa o ciclo, parece incapaz de conter. Passou o primeiro ano livrando-se da herança corrupta que recebeu e, sem ser exatamente uma figura carismática, não consegue encontrar um ideário que dê sentido ao governo, enquanto em seu torno nada se move. Começa a se espraiar a percepção de que o país não precisa de um gerente, mas de um presidente – pedir um (a) estadista já é querer demais no chão em que o Brasil se arrasta. A inflação ascendente não corrói apenas o poder de compra, sempre leva o governo junto com o desastre, um princípio básico que não se aprende facilmente. Alguma sombra de utopia com o necessário fervor religioso que lhe dá tempero se desloca lentamente para a figura de Marina Silva, que poderá atrair os sinceros sonhadores quiliastas, os mais jovens surgindo agora, os mais velhos perdidos nos escombros do PT. Já a agora velhíssima oposição, depois de seu momento de governo e de glória no período FHC que promoveu de fato a única mudança estrutural no país desde o projeto estatizante da ditadura militar, não conseguiu mais reencontrar direção alguma. Aécio Neves não consegue sair dos limites das Minas Gerais, onde é o rei da cocada preta, e José Serra talvez se desmembre do encarquilhado PSDB em busca de uma última sobrevida, num tiro avulso, depois de cometer todos os erros políticos a que teve direito e queimar seu respeitável patrimônio eleitoral. Nessa neblina geral, velhos mitos da política publicitária se assanham: é preciso o “novo”, a “renovação” e, a recente eleição das presidências do Congresso e do Senado, “transformando-as num ramo sem humor da Família Addams” parece de propósito para estimular o desejo de uma grande pá de cal “no que está aí”. Enquanto isso, a figura de Eduardo Campos - um retórico enredo de “oposição” semelhante o que aconteceu com meteórica candidatura de Ciro Gomes a presidência-, aniquilada pelo “lulopetismo” e, que só uma calculada ingenuidade poderia imaginar como vice de alguém, vem assomando no horizonte para ocupar o papel que, em diferentes situações eleitorais e momentos históricos distintos, já foi de Collor e de Lula construindo numa só sucessão de fases distintas e semelhantes no picadeiro da política brasileira. – “a quem viver fatalmente verá”.

RESISTÊNCIA VICIOSA

Este comentário tende observar o desenvolvimento da corrupção em toda sua metodologia para conferir expectativas e astúcias. Uma dessa esguelha nos leva a imaginar pretextos que segmentos da imprensa conduzida repassam a sociedade para dirigir a informação e de elevado atilamento crítico, entretanto faz o uso dessa prática danosa para discorrer a pretexto do democratismo brasileiro do momento. Só direito e liberdade de maneira entendida transcendente de uma circunstância utópica. Que tipo de “liberalidade” é esta no Brasil? - só serve para proteger bandidos? Bandidos muitos piores - os de colarinho branco. Certos agentes do Poder ostentam nas suas grades curriculares, elementos de fazer inveja aos “notórios” marginais, em função de praticar suas ações delituosas como políticos. É só “assistir” os noticiosos para constatar essas excrescências. É o sentido da democracia: Perguntamos? - Instamos pela proteção do cidadão relacionado aos seus direitos e, simultaneamente cobrar os seus deveres. A Constituição Brasileira edita em sua essência, direitos e deveres de cidadania. É querer imaginar e convencer as pessoas leigas neste aspecto. Ao contrário, temos a Carta Constitucional seguidas das normas reguladoras que aperfeiçoam nosso conceito jurídico. As leis são efetivamente sólidas e se fossem consagradas gerariam mais eloquência. Talvez sejam contraditórias em certos aspectos chega a dimanar para uma reforma geral mais ampliada que viriam corrigi-las com objetividade no sentido de seguir em frente aos questionamentos direcionados pela prática corrupta de seus agentes fincados na política onde a correção dessas ações torna-se ineficaz, sobre o protecionismo tácito do nosso ordenamento jurídico onde se estabelece as possíveis veredas para seguirem impunemente. Só há aplicação objetiva da legislação quando há mobilização popular.  Esperamos que desta vez a reforma que está vinda sejam efetivamente mobilizados todos os segmentos sociais no sentido de bem discorrer sobre as questões que se tornaram explícitas diante dos olhos da sociedade que chama para objeções na área da política. Que não seja um emaranhado de leis subjetivas que não surtam efeitos práticos, como ocorre “outrora” na formatação da nossa legislação.  Presentemente, os fatos são indiscutíveis, tanto por ação dos poderes constituídos especificamente o legislativo no sentido de desestimular a sociedade. - Temos um exemplo: - o Senado e Câmara formaram suas respectivas Comissões de Ética integradas por algumas de suas excelências, comprometidas nas atribuições pertinentes em função da conduta inseridas nas suas grades políticas curriculares e que muito desagrada a sociedade brasileira. Dentre as demais atuações corruptas de seus agentes é deveras “atraente” até mesmo da parte do povo. Afinal teremos que aprender as lições convivendo com semelhanças e diferenças que já tivemos sobre a corrupção, ao longo da nossa história, ciência que nos falta instrumentos fundamentais para tal. Como: a solidez da percepção dos valores coletivos que os individuais. A experiência reativa diante os graves exemplos de corrupção em nossa sociedade. - “Vamos lá ao longe dos efeitos causadores da corrupção: o principal, infelizmente passa pela Educação:” - Precisamos ter um grau de escolaridade real e não fictícia fundamentada em valores humanos e não comerciais. Aqueles que estudem efetivamente aprendam e aprendam conteúdos, e não façam objeto tão somente de uma má estatística fraudulenta como ainda hoje encontramos em milhares de pessoas que carreguem diplomas de formação e não possuem a capacidade de se quer ler e escrever, quanto mais de ouvir um argumento e realizar uma análise crítica do que se ouve. Faz-se necessário adquirir a maturidade de perceber que a impunidade não pode ser uma prática desejada para outro é uma utopia para si mesmo.  Uma maturidade que nos coloque realmente no mesmo nível de julgamento com o próximo, no mesmo nível de tolerância e no mesmo patamar de punição. Reforçamos o entendimento de que a educação bem estruturada seria “elemento” essencial do combate a corrupção.  Entretanto sentimos a ausência de uma política educacional séria que alcance todos os segmentos que nela interagissem, especialmente os professores, de forma a valorizá-los de verdade: uma política de educação baseada no mérito, e não, no “apadriamento” demagógico. Somos partidários de uma política que privilegie a disciplina e o conteúdo, que não esteja aparteando as necessidades de desenvolvimento do país e ainda não seja acalcanhada nos interesses eleitorais ou meramente financistas ajudariam em muito a formação de um corpo social sólido, capaz de perceber que a corrupção pode ter dois entendimentos diferentes.  Por fim, somando por este meio, falta-nos ainda a prática de reagir, de transformar a indignação em ação política, organizada e pacífica, capaz de anunciar àqueles que entendem a corrupção como uma prática normal que a sociedade que está atenta e disponível para dar o respaldo às instituições jurídicas que responsabilidade de coibir e punir os atos nocivos à coisa pública, principalmente. Por isso, deveríamos entre tantas coisas, sonhar com o estudo da ética no Ensino Médio, mais um do que tantos outros estudos que já existem em nossas frágeis e débeis instituições de ensino, neste sentido evidenciariam que a corrupção começará seu ocaso, enfim, teremos o país bem-sucedido em toda sua decência. 
Antônio Scarcela Jorge.


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