COMENTÁRIO
Scarcela Jorge
O FUTURO A SER CONSOLIDADO.
Nobres:
No
momento em que as previsões são naturais e elementares por todos; começamos exercitar
os nossos “dons futurólogo” baseado nos surpreendentes acontecimentos do
cotidiano global recheados de intempéries negativistas por excelência. Sobre a
renúncia ao trono de São Pedro por sua santidade o papa Bento XVI, passado o
grande impacto causado em toda sociedade mundial, em síntese conclusiva, é que o
colégio de cardeais vai eleger outro. No Brasil, se arguindo o conceito de futurologia e que se desagua
em conclusos reais é que: a era do Partido dos Trabalhadores está
chegando ao fim, sem que se saiba ainda o que virá depois. A ascensão de Lula
foi o último movimento utópico-messiânico brasileiro, herdeiro do espírito dos
movimentos comunistas do século 20, adaptado aos novos tempos e à nossa
realidade, encontrando na figura providencial de Lula um símbolo perfeito: o
torneiro mecânico que, oportunamente, também seria um estadista. Como sabemos,
e isso é particularmente real no Brasil, a oportunidade faz a presidência, e
tudo foi se esboroando pelo caminho, numa queda que a presidente Dilma, que completa
o ciclo, parece incapaz de conter. Passou o primeiro ano livrando-se da herança
corrupta que recebeu e, sem ser exatamente uma figura carismática, não consegue
encontrar um ideário que dê sentido ao governo, enquanto em seu torno nada se
move. Começa a se espraiar a percepção de que o país não precisa de um gerente,
mas de um presidente – pedir um (a) estadista já é querer demais no chão em que
o Brasil se arrasta. A inflação ascendente não corrói apenas o poder de compra,
sempre leva o governo junto com o desastre, um princípio básico que não se
aprende facilmente. Alguma sombra de utopia com o necessário fervor religioso
que lhe dá tempero se desloca lentamente para a figura de Marina Silva, que
poderá atrair os sinceros sonhadores quiliastas, os mais jovens surgindo agora,
os mais velhos perdidos nos escombros do PT. Já a agora velhíssima oposição,
depois de seu momento de governo e de glória no período FHC que promoveu de
fato a única mudança estrutural no país desde o projeto estatizante da ditadura
militar, não conseguiu mais reencontrar direção alguma. Aécio Neves não
consegue sair dos limites das Minas Gerais, onde é o rei da cocada preta, e
José Serra talvez se desmembre do encarquilhado PSDB em busca de uma última
sobrevida, num tiro avulso, depois de cometer todos os erros políticos a que
teve direito e queimar seu respeitável patrimônio eleitoral. Nessa neblina
geral, velhos mitos da política publicitária se assanham: é preciso o “novo”, a
“renovação” e, a recente eleição das presidências do Congresso e do Senado, “transformando-as
num ramo sem humor da Família Addams” parece de propósito para estimular o
desejo de uma grande pá de cal “no que está aí”. Enquanto isso, a figura de
Eduardo Campos - um retórico enredo de “oposição” semelhante o que aconteceu
com meteórica candidatura de Ciro Gomes a presidência-, aniquilada pelo
“lulopetismo” e, que só uma calculada ingenuidade poderia imaginar como vice de
alguém, vem assomando no horizonte para ocupar o papel que, em diferentes situações
eleitorais e momentos históricos distintos, já foi de Collor e de Lula
construindo numa só sucessão de fases distintas e semelhantes no picadeiro da
política brasileira. – “a quem viver fatalmente verá”.
RESISTÊNCIA VICIOSA
Este comentário tende observar
o desenvolvimento da corrupção em toda sua metodologia para conferir
expectativas e astúcias. Uma dessa esguelha nos leva a imaginar pretextos que
segmentos da imprensa conduzida repassam a sociedade para dirigir a informação
e de elevado atilamento crítico, entretanto faz o uso dessa prática danosa para
discorrer a pretexto do democratismo brasileiro do momento. Só direito e
liberdade de maneira entendida transcendente de uma circunstância utópica. Que
tipo de “liberalidade” é esta no Brasil? - só serve para proteger
bandidos? Bandidos muitos piores - os de colarinho branco. Certos agentes do
Poder ostentam nas suas grades curriculares, elementos de fazer inveja aos
“notórios” marginais, em função de praticar suas ações delituosas como
políticos. É só “assistir” os noticiosos para constatar essas
excrescências. É o sentido da democracia: Perguntamos? - Instamos pela proteção
do cidadão relacionado aos seus direitos e, simultaneamente cobrar os seus deveres.
A Constituição Brasileira edita em sua essência, direitos e deveres de
cidadania. É querer imaginar e convencer as pessoas leigas neste aspecto. Ao
contrário, temos a Carta Constitucional seguidas das normas reguladoras que
aperfeiçoam nosso conceito jurídico. As leis são efetivamente sólidas e se
fossem consagradas gerariam mais eloquência. Talvez sejam contraditórias
em certos aspectos chega a dimanar para uma reforma geral mais ampliada que
viriam corrigi-las com objetividade no sentido de seguir em frente aos
questionamentos direcionados pela prática corrupta de seus agentes fincados na
política onde a correção dessas ações torna-se ineficaz, sobre o protecionismo
tácito do nosso ordenamento jurídico onde se estabelece as possíveis veredas
para seguirem impunemente. Só há aplicação objetiva da legislação quando há
mobilização popular. Esperamos que desta vez a reforma que está
vinda sejam efetivamente mobilizados todos os segmentos sociais no sentido de
bem discorrer sobre as questões que se tornaram explícitas diante dos olhos da
sociedade que chama para objeções na área da política. Que não seja um
emaranhado de leis subjetivas que não surtam efeitos práticos, como ocorre
“outrora” na formatação da nossa legislação. Presentemente, os fatos
são indiscutíveis, tanto por ação dos poderes constituídos especificamente o
legislativo no sentido de desestimular a sociedade.
- Temos um exemplo: - o Senado e
Câmara formaram suas respectivas Comissões de Ética integradas por algumas de
suas excelências, comprometidas nas atribuições pertinentes em função da
conduta inseridas nas suas grades políticas curriculares e que muito desagrada
a sociedade brasileira. Dentre as demais atuações corruptas de seus agentes é
deveras “atraente” até mesmo da parte do povo. Afinal teremos que aprender as
lições convivendo com semelhanças e diferenças que já tivemos sobre a
corrupção, ao longo da nossa história, ciência que nos falta instrumentos
fundamentais para tal. Como: a solidez da percepção dos valores coletivos que
os individuais. A experiência reativa diante os graves exemplos de corrupção em
nossa sociedade. - “Vamos
lá ao longe dos efeitos causadores da corrupção: o principal, infelizmente
passa pela Educação:” - Precisamos ter um grau de escolaridade real e não
fictícia fundamentada em valores humanos e não comerciais. Aqueles que estudem
efetivamente aprendam e aprendam conteúdos, e não façam objeto tão somente de
uma má estatística fraudulenta como ainda hoje encontramos em milhares de
pessoas que carreguem diplomas de formação e não possuem a capacidade de se
quer ler e escrever, quanto mais de ouvir um argumento e realizar uma análise
crítica do que se ouve. Faz-se necessário adquirir a maturidade de perceber que
a impunidade não pode ser uma prática desejada para outro é uma utopia para si
mesmo. Uma
maturidade que nos coloque realmente no mesmo nível de julgamento com o
próximo, no mesmo nível de tolerância e no mesmo patamar de punição. Reforçamos
o entendimento de que a educação bem estruturada seria “elemento” essencial do
combate a corrupção. Entretanto sentimos a ausência de uma
política educacional séria que alcance todos os segmentos que nela
interagissem, especialmente os professores, de forma a valorizá-los de verdade:
uma política de educação baseada no mérito, e não, no “apadriamento”
demagógico. Somos partidários de uma política que privilegie a disciplina e o
conteúdo, que não esteja aparteando as necessidades de desenvolvimento do país
e ainda não seja acalcanhada nos interesses eleitorais ou meramente financistas
ajudariam em muito a formação de um corpo social sólido, capaz de perceber que
a corrupção pode ter dois entendimentos diferentes. Por fim,
somando por este meio, falta-nos ainda a prática de reagir, de transformar a
indignação em ação política, organizada e pacífica, capaz de anunciar àqueles
que entendem a corrupção como uma prática normal que a sociedade que está
atenta e disponível para dar o respaldo às instituições jurídicas que responsabilidade
de coibir e punir os atos nocivos à coisa pública, principalmente. Por
isso, deveríamos entre tantas coisas, sonhar com o estudo da ética no Ensino
Médio, mais um do que tantos outros estudos que já existem em nossas frágeis e
débeis instituições de ensino, neste sentido evidenciariam que a corrupção
começará seu ocaso, enfim, teremos o país bem-sucedido em toda sua
decência.
Antônio
Scarcela Jorge.
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