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COMENTÁRIO
Scarcela Jorge
‘Reflexão sobre a temática da Campanha da Fraternidade’
Nobres:
Como de costume e dever cristão católico presenciamos
a realização da Santa Missa na Igreja Matriz desta cidade – quarta-feira de
cinzas – presidida pelo Padre José Messias Rangel, vigário da Paróquia de Nossa
Senhora das Graças; em sua brilhante homilia discorreu principalmente a
abertura da campanha da fraternidade com o tema “Fraternidade e juventude” que
objeta compreender as transformações ocorridas na sociedade e a presença do
jovem no meio eclesial e social. A centralização da temática promovida em todo
país coordenado pela CNBB referiu-se a mudança de época que vivemos no momento
atual enfraqueceu a visão de mundo no que se refere a paradigmas
(foto - Padre Messias)
tradicionais,
a uma nova maneira de conceber a vida e a fé, que se sustenta na fragilidade do
pragmatismo e imediatismo. Dentro desse contexto, como leigos, procuramos
analisar em profundo relevo, no sentido de tentar compreender a realidade onde
o jovem está inserido. Seguimos que a Campanha da Fraternidade de 2013 deseja
que eles colaborem como protagonistas na fraternidade para uma cultura da vida,
da justiça e da paz. Uma cultura para a prática do bem comum e do amor
desenvolvendo seus dons e seus talentos. Notamos que a Igreja quer sensibilizar
a todos para a percepção de que vivemos em tempos nos quais a vida vai perdendo
seu sentido. As relações tradicionais entre homens e mulheres são concebidas
dentro de um novo enfoque. No tempo presente, há esperança de superar certas
lacunas que geram vazio, que se sustentam em uma subjetividade e oprimem a
existência humana. Nas últimas décadas, algumas contribuições foram dadas à
sociedade. A vida humana passou a ser mais valorizada, a cultura de todos os
povos teve seu reconhecimento, avanços tecnológicos possibilitaram uma melhor
qualidade da vida humana e uma revolução nas comunicações. Por esta razão a
Campanha da Fraternidade quer ajudar o jovem a construir uma identidade para a
solidariedade, para que sejam críticos e não alheios à realidade. Para isso,
todas as instituições, igrejas, escolas e universidades são chamadas a
construir uma subjetividade sadia, aberta e que valorize a vida. Que todos se
sintam impelidos a propagar uma cultura capaz de superar as ondas de morte,
identificando o ser humano com sua juventude na história e responsável em ser
um agente transformador dessa realidade. A Igreja Católica quer destacar a opção
preferencial pelos jovens, essa escolha já havia sido feita, mas essa
predileção ainda é atual, urgente e necessária. Outro aspecto é a juventude
como espaço teológico, um apelo para a inculturação do Evangelho. E, na certeza
de que Deus fala com os jovens no momento presente, faz-se necessária uma
teologia em que o jovem se complementa com o seu semelhante, bem como a
fraternidade para uma Igreja atuante diante da pluralidade que exige respeito e
igual dignidade para fazer a leitura dos seres humanos como povo de Deus. A
temática direcional ensejando quadros figurativos interpretados pela pastoral
da juventude enseja reflexão no momento de ansiedade plural num conturbado
mundo que propicia perpersidade diante dos inesperados acontecimentos que está
se evidenciando até além da esfera mundial.
Antônio Scarcela Jorge
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