Compra
de consciências
O Diretório Nacional do
PT reuniu-se em São Paulo e ao fim do encontro divulgou nota na qual proclama o
bom resultado do primeiro turno das eleições municipais e aproveita a
oportunidade para criticar a ‘direita e a mídia’: "Nosso desempenho nas
eleições municipais ganha ainda maior significado, quando temos em conta que
ele foi obtido em meio a uma intensa campanha, promovida pela oposição de
direita e seus aliados na mídia, cujo objetivo explícito é criminalizar o
PT". Para a cúpula do PT, "setores conservadores" atuam com
"intolerância". Acha que lhes sobra "hipocrisia", sendo in
capazes de "conviver com a organização independente da classe trabalhadora
brasileira". O texto revela que o PT ainda não conseguiu enxergar uma
solução.
"É um projeto de poder que, muito mais do que a
continuidade administrativa, é seca e rasamente continuísmo governamental"
Carlos Ayres Britto
Carlos Ayres Britto
Presidente
do Supremo Tribunal Federal
Compra de
apoio
Mas a verdade é que as
notícias ruins estão chegando do Supremo Tribunal Federal, não exatamente da
mídia. Dos dez ministros do STF, sete foram indicados por Lula e Dilma
Rousseff. O problema não é exatamente a organização da classe trabalhadora. O
presidente do STF, ministro Carlos Ayres Britto, foi o último a votar no
processo que trata dos responsáveis pela compra de apoio político no Congresso.
Ele mencionou o mensalão como um "golpe" contra a democracia e os mais
caros valores democráticos.
Continuísmo
E prosseguiu: "Sob inspiração patrimonialista - velha, matreira e renitente - um projeto de poder foi arquitetado. Não um projeto de governo, que é lícito, quadrienal, é exposto em praça pública, mas um projeto de poder que vai muito além do quadriênio, um projeto quadrienalmente quadruplicado". Em seguida, definiu: "É um projeto de poder que, muito mais do que a continuidade administrativa, é seca e rasamente continuísmo governamental. Golpe, portanto, nesse conteúdo da democracia, que é a República".
E prosseguiu: "Sob inspiração patrimonialista - velha, matreira e renitente - um projeto de poder foi arquitetado. Não um projeto de governo, que é lícito, quadrienal, é exposto em praça pública, mas um projeto de poder que vai muito além do quadriênio, um projeto quadrienalmente quadruplicado". Em seguida, definiu: "É um projeto de poder que, muito mais do que a continuidade administrativa, é seca e rasamente continuísmo governamental. Golpe, portanto, nesse conteúdo da democracia, que é a República".
E de
consciência
Britto falou no
montante movimentado pelo esquema R$ 153,75 milhões, em valores da época.
Afirmou que, com tal dinheiro, foram compradas "consciências" nas
duas casas do Congresso, com o objetivo de chegar a uma "coalizão
argentária, pecuniarizada", na qual "os acordos se fazem à base de
propina, de suborno, de corrupção". Advertiu que esse tipo de coalizão
"é repudiada pela ordem jurídica do País, pelos seus efeitos
superlativamente danosos para os valores mais cuidadosamente protegidos por
essa mesma ordem jurídica".
Provado
O ministro Ayres Britto acompanhou o voto do ministro-relator Joaquim Barbosa, condenando por corrupção ativa o núcleo político do PT no escândalo - Dirceu, Genoíno e Delúbio - e aqueles que cuidavam da parte operacional da publicidade - Valério, Cristiano Paz, Ramon Hollerbach e Simone Vasconcelos. Acentuou que os elementos contidos nos autos não deixam dúvidas: "Esses fatos, esse entrelace de réus, de crimes, de figuras delituosas, esse imbricamento está documentado, está provado".
O ministro Ayres Britto acompanhou o voto do ministro-relator Joaquim Barbosa, condenando por corrupção ativa o núcleo político do PT no escândalo - Dirceu, Genoíno e Delúbio - e aqueles que cuidavam da parte operacional da publicidade - Valério, Cristiano Paz, Ramon Hollerbach e Simone Vasconcelos. Acentuou que os elementos contidos nos autos não deixam dúvidas: "Esses fatos, esse entrelace de réus, de crimes, de figuras delituosas, esse imbricamento está documentado, está provado".
Fonte: A.N.
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