ONDE
CHEGA A MORAL DOS POLÍTICOS
Nobres:
O
espetáculo político do país através de legendas partidárias algumas de suas
personalidades se candidataram ao título de campeão da decência. Quando a
sociedade arrazoava que o PT quanto oposição ostentava em suas hortes os “guardiões
da ética, toda cúpula naufragou com raríssima exceção”. Aí está a julgar o
“mensalão” que ofereceu um pitoresco flagrante da decomposição moral dos
segmentos corruptos da base aliada do primeiro governo Lula. Em segundo
“capítulo” serão julgados por Cortes do judiciário “os mensalões tucanos” que
se comportaram de maneira rigorosamente idêntica. É oportuno lembrar que também
o DEM também veio em cena através da espetacular desmoralização do seu
parlamentar modelo, o ex-senador Demóstenes Torres, cassado por seus Pares do
Senado, ele que se portou como office-boy de luxo do contraventor Carlos
Cachoeira, outro rumoroso caso que empanou a triste história da corrupção em
nosso país. Tais fatos vêm incisivamente instar: - Naquela época não muito
distante diante dos fatos que envolviam a oposição principalmente no caso
Cachoeira não como figura de contraventor, mas como personalidade influente nas
lides político como intermediador em negócios que atingia supostamente a
oposição. Logo por inspiração do ex-presidente Lula, o PT e toda a base aliada
saíram em disparada para triturar a oposição. Quando tentaram pisar no freio,
já era tarde: se a oposição tinha um governador implicado na saracoteia, a
situação estava com dois e a principal empreiteira do PAC, a Delta, afundada
até o pescoço no lodaçal. Chega a se concluir que as origens da imoralidade no
Brasil remontam às ambiguidades das instituições do colonizador, entre elas, a
Santa Inquisição. Em 1945, derrubado o Estado Novo fascista, a conservadora UDN
empunhou a bandeira da “eterna vigilância” sem conseguir definir quais eram os
seus adversários. O “alucinado” Jânio Quadros usou a vassoura como símbolo para
chegar à presidência. Após se comprovou que a campanha presidencial apenas
inovara na maneira de receber “ajudas” – a sua parte preferia em espécie. O
golpe de 1964 tinha pretensões moralizadoras, mas esqueceu-as rapidamente. O
oposicionista MDB logo se dividiu em
“autênticos” e “moderados”, estes com imoderados apetites. O PT foi criado em
1980 para neutralizar a força do “partidão” (o PCB) na estrutura do MDB e
liquidar o peleguismo corrupto. Empolgou o país; chegou ao poder, entretanto
não se livrou das pragas que contaminaram o exercício do poder: dois anos
depois, em 2004, já estava enredado num escândalo, orquestrado pelo mesmo
Carlinhos Cachoeira. Depois veio o mensalão, “a menina protetora” de Lula em
prol de seus participantes. Nascido no PMDB, o PSDB pretendia manter-se longe
do radicalismo e das trambicagens de Orestes Quércia. Com a bandeira da social-democracia
e o suporte de quadros de nível pretendia criar uma combinação de eficiência
com decência. Produziu façanhas, entre elas entregar a faixa presidencial ao
opositor, mas a presença do tucano goiano Marconi Pirillo na teia de Cachoeira
mostra que a experiência paulista não conseguiu federalizar-se. A busca da
verdade não tem condições de prosperar em ambientes dominados pela busca
desmedida de poder. Ética é uma forma de abrir mão do poder. Um partido da
ética precisaria um compromisso básico com a probidade. O resto é secundário,
não faltam administradores competentes em nossa vida pública para atender às
necessidades nacionais, estaduais e municipais. O conceito de “rouba, mais faz”
é a nossa desgraça. Criado por Ademar de Barros, gloriosamente amplificado por Paulo
Maluf três décadas depois. Alias, é “digno” de registro; aqui: ainda tem “Malufistas”
uma cidade que “cresceu” sob “ideologia metafísica” e vulgar na forma de comportamento
de seus políticos e, correndo o risco de ser ressuscitado por outros “populistas”.
Enfim, “José Dirceu & Cia” - Carlos Cachoeira é a simbologia de uma obsessão
política, multipartidária, mas sem bandeiras. A sociedade em comum espera que
este quadro desolador da política brasileira, advinda há décadas, despertando
para o mesmo formato seja pelo menos amenizado através de sólidos pensamentos
de uma nova sociedade que figura através de uma geração sintonizada com a
modernidade básica de conceito ético que certamente sucederá pessoas e
conceitos éticos, diante de um povo que não é levado a sério.
Antônio
Scarcela Jorge
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