O PODER É
ESSENCIALMENTE DO POVO
NOBRES:
Na plenitude de uma eleição
municipal (ainda não se acabou – aí está o 2º Turno nas principais capitais do
país e cidades de densidade eleitoral acima de 200 mil eleitores - para quem
não houve candidatos que obtiveram maioria absoluta) em todo o país. De certo
modo, já respira novos alentos com fim de procurar normatizar ações políticas
que cabe a nossa sociedade expor e elevar os devidos questionamentos. Um desses
naturais normativos que deverão ser implementados, tornam-se relação aos
problemas institucionais brasileiros. Em clarividência, - o Poder Judiciário -
para afirmar esta questão. Com a criação
do Conselho Nacional de Justiça o Judiciário deixou de ser uma caixa preta
inviolável e passou a ter de dar satisfações aos cidadãos, por que não
aproveitamos para fazer uma faxina em regra nos processos convolutos, lentos,
repetitivos e procrastinatórios, acabando com o labirinto de recursos, agravos
e embargos redundantes que adiam a aplicação da justiça e frustram o cidadão
comum impotente para fazer valer seus direitos mais elementares? O Supremo Tribunal Federal se asseverou como
instituição, ao deixar bem claro que seus membros não devem vassalagem (pelo
menos a grande maioria deles) a quem os indicou para o cargo, por que não
aliviá-lo dos milhares de processos comuns que chegam a ele para que seus
juízes como acontece em outros países, possam se debruçar sobre as grandes
questões constitucionais? Botar corrupto na cadeia não deve ser função da
suprema instância judicial, embora não houvesse outro jeito de fazê-lo dentro
do emaranhado jurídico brasileiro sob pena de tudo virar piada de salão, como
disse o inesquecível Delúbio, que a essa altura deve estar matutando, como
Pascal: “Frequentemente me arrependi do que disse. E nunca me arrependi de meu
silêncio.” E mais: a população nas urnas demonstrou um claro desejo de faxinar
os Legislativos municipais o que certamente fará também no nível nacional e
estadual daqui a dois anos. Por que não aproveitar e acabar com esse mostrengo
que é o sistema representativo proporcional, que faz mais de 80% dos
representantes populares chegarem ao Congresso, às Assembleias e às Câmaras
Municipais com votos dados a outros candidatos, fraudando a vontade do eleitor?
Que mexemos no Judiciário e nos Legislativos, por que não aproveitamos e
reformamos também os Executivos, submetendo-os a uma lipoaspiração para
eliminar milhares de cargos comissionados, centenas de organizações e agências
desnecessárias ou ociosas, bilhões de reais em despesas evitáveis? Podemos
refletir e por em prática essas ações que certamente se consolidarão no futuro.
Antônio Scarcela Jorge
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