SÂNIES EM GOVERNAR
É
conciso inserir no país um combate coletivo contra a corrupção por
representação exclusiva da sociedade e do seu clamor; por maior transparência,
planejamentos, serviços públicos de qualidade e resultados objetivos. O assunto
ganha maior repercussão e indignação quando se constata os desvios ocorrem em
maior quantidade em áreas estratégicas vinculadas à serviço da educação, saúde
e segurança pública, numa dispersão de recursos que afeta substancialmente a
vida das pessoas, a capacidade de o país crescer, de gerar empregos e combater
as desigualdades sociais. Dados recentes, divulgados na mídia nacional,
informam que, na última década, seis bilhões desapareceram por ano no percurso
que leva os recursos federais aos municípios. Neste mesmo contexto; tem
“larápios” e bajuladores com a coragem de se mostrar nas ruas – alimentadas
pelos cinismos, característico de seus caráteres fingindo ser de bem: será que
na “alma” percebem a falta de consciência e de dormir bem? Eis a questão que
emplaca nessa gente apodrecida pela moral, em defesa do imoral? Será que tem a
coragem de prosseguir com a carreira política profissional que carregam por
várias décadas? Tentando enganar a humilde população dos municípios em sua
maioria considerados pequenos, que tem o intuito de até no presente “sensibilizá-los”
pela compra do voto? Os desvios dos recursos que seriam aplicados na saúde,
educação e infraestrutura (na última, por sinal, mal justapostos, não por falta
de gestão administrativa mas por inabilidade do seu gestor) - Eis o caso que
determina o procedimento dessa questão: - O governo federal cobra “de maneira
formal” R$ 1 bilhão as prefeituras de todo país. O desvio é resultado de uma
vergonhosa cabala entre gestores, políticos e servidores uma “corporação”
perversa aos cofres da União provoca o esvaziamento ético e de abalos no mundo
dos valores. Nestes últimos anos o TCM, vem exigindo uma conta que até agora
não foi paga de agentes públicos dos municípios, fruto de aplicações indevidas
dos recursos. Resultado positivo tem aquela Corte de contas que foi o
enquadramento dos maus gestores na Lei da Ficha Limpa em que a justiça
eleitoral de pronto se tornou inelegíveis. Esta é a aplicação parcial que generalizada
poderá incorrer em penas mais graves, podendo ser levados à prisão, fato que já
se concretizou em ocasiões anteriores, concomitantemente lhes ensejou a perda
consequente de seus mandatos. De outro
lado, está revelado que, entre outros males, a corrupção está assentada em
obras inacabadas, projetos malfeitos, serviços recebidos antecipadamente,
aditivos resultantes de alterações de cronogramas, cobranças indevidas de
impostos, num fragrante elenco de trapaças, ofensa a norma jurídica, aos
padrões morais exigidos no trato da coisa pública e aos princípios de
administração. O povo, coitado, se contenta na elaboração de eventos festivos
que acalenta a irracionalidade convivente neste âmbito. O regime democrático é
incompatível com essas aventuras, geralmente associadas a uma cultura deletéria
impregnada pelo estigma a crença da impunidade e por condutas condenáveis de
pessoas e setores sem compromisso com a probidade e a ética de bem administrar.
Mecanismos existem: dependem de consciência
social para exigir planejamento, serviços públicos de qualidade e resultados
objetivos. Torna-se inadiável vencer a cultura do aparelhamento, do
favorecimento por parte dos políticos, do patrimonialismo, dos costumes
anacrônicos afinados com fraudes, do abuso do poder: - A relação predatória dos
bens públicos para fins privados e do desrespeito aos interesses da
coletividade. É necessário institucionalizar o controle social por meio dos
quais os cidadãos avaliarão os serviços públicos e eliminar as dificuldades de
acesso às informações e contas públicas. Capacitar a sociedade para controlar as
políticas de desenvolvimento visando torna-las mais eficientes e com maior
qualidade. Para que isso venha acontecer é provável em função da
conscientização de uma geração que tem maior acordo. Por esta razão, a corrupção
e a mudanças desse perverso costume requer num meíssimo incomum para os nossos
dias. - Quem ajuíza ser hereditário e deve ser combatida pela força solidária
de seus cidadãos unidos em torno da convicção de que a comunidade residida por
gestores públicos comprometidos com os ideais republicanos afastados da
esperteza, do oportunismo, da incompetência, e da irresponsabilidade fiscal. A
administração pública precisa exorcizar as praticas clientelista, reforçar e
estabelecer os mecanismos de controle, privilegiar a transparência e a ética. Os
gestores deveram se conscientizar que a parceria de seus servidores não visa
tão somente transformá-los “em manobra corporativista”. Há disposição para
apertar o cerco reduzindo-se o espaço para os velhos paradigmas. O Estado
(União, Estados e Municípios – consorte confederado) no atual Século XXI deve
atuar vinculado à utilização de novas tecnologias da informação. As ações
inovadoras gerarão resultados a um novo olhar profissional e a um desenho capaz
de superar as mazelas que corroem sua estrutura. Estamos convictos de que a
caminhada é longa, os retrocessos estão presentes, porém, não desistimos na confiança
da implantação de uma administração pública eficiente e estratégica, capaz de
enfrentar suas incertezas e contradições enfim lançar-se à serviço do processo
evolutivo de todo segmento territorial da nação..
Antônio
Scarcela Jorge.
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