quarta-feira, 3 de outubro de 2012

COMENTÁRIO



SÂNIES EM GOVERNAR

É conciso inserir no país um combate coletivo contra a corrupção por representação exclusiva da sociedade e do seu clamor; por maior transparência, planejamentos, serviços públicos de qualidade e resultados objetivos. O assunto ganha maior repercussão e indignação quando se constata os desvios ocorrem em maior quantidade em áreas estratégicas vinculadas à serviço da educação, saúde e segurança pública, numa dispersão de recursos que afeta substancialmente a vida das pessoas, a capacidade de o país crescer, de gerar empregos e combater as desigualdades sociais. Dados recentes, divulgados na mídia nacional, informam que, na última década, seis bilhões desapareceram por ano no percurso que leva os recursos federais aos municípios. Neste mesmo contexto; tem “larápios” e bajuladores com a coragem de se mostrar nas ruas – alimentadas pelos cinismos, característico de seus caráteres fingindo ser de bem: será que na “alma” percebem a falta de consciência e de dormir bem? Eis a questão que emplaca nessa gente apodrecida pela moral, em defesa do imoral? Será que tem a coragem de prosseguir com a carreira política profissional que carregam por várias décadas? Tentando enganar a humilde população dos municípios em sua maioria considerados pequenos, que tem o intuito de até no presente “sensibilizá-los” pela compra do voto? Os desvios dos recursos que seriam aplicados na saúde, educação e infraestrutura (na última, por sinal, mal justapostos, não por falta de gestão administrativa mas por inabilidade do seu gestor) - Eis o caso que determina o procedimento dessa questão: - O governo federal cobra “de maneira formal” R$ 1 bilhão as prefeituras de todo país. O desvio é resultado de uma vergonhosa cabala entre gestores, políticos e servidores uma “corporação” perversa aos cofres da União provoca o esvaziamento ético e de abalos no mundo dos valores. Nestes últimos anos o TCM, vem exigindo uma conta que até agora não foi paga de agentes públicos dos municípios, fruto de aplicações indevidas dos recursos. Resultado positivo tem aquela Corte de contas que foi o enquadramento dos maus gestores na Lei da Ficha Limpa em que a justiça eleitoral de pronto se tornou inelegíveis.  Esta é a aplicação parcial que generalizada poderá incorrer em penas mais graves, podendo ser levados à prisão, fato que já se concretizou em ocasiões anteriores, concomitantemente lhes ensejou a perda consequente de seus mandatos.  De outro lado, está revelado que, entre outros males, a corrupção está assentada em obras inacabadas, projetos malfeitos, serviços recebidos antecipadamente, aditivos resultantes de alterações de cronogramas, cobranças indevidas de impostos, num fragrante elenco de trapaças, ofensa a norma jurídica, aos padrões morais exigidos no trato da coisa pública e aos princípios de administração. O povo, coitado, se contenta na elaboração de eventos festivos que acalenta a irracionalidade convivente neste âmbito. O regime democrático é incompatível com essas aventuras, geralmente associadas a uma cultura deletéria impregnada pelo estigma a crença da impunidade e por condutas condenáveis de pessoas e setores sem compromisso com a probidade e a ética de bem administrar.  Mecanismos existem: dependem de consciência social para exigir planejamento, serviços públicos de qualidade e resultados objetivos. Torna-se inadiável vencer a cultura do aparelhamento, do favorecimento por parte dos políticos, do patrimonialismo, dos costumes anacrônicos afinados com fraudes, do abuso do poder: - A relação predatória dos bens públicos para fins privados e do desrespeito aos interesses da coletividade. É necessário institucionalizar o controle social por meio dos quais os cidadãos avaliarão os serviços públicos e eliminar as dificuldades de acesso às informações e contas públicas. Capacitar a sociedade para controlar as políticas de desenvolvimento visando torna-las mais eficientes e com maior qualidade. Para que isso venha acontecer é provável em função da conscientização de uma geração que tem maior acordo. Por esta razão, a corrupção e a mudanças desse perverso costume requer num meíssimo incomum para os nossos dias. - Quem ajuíza ser hereditário e deve ser combatida pela força solidária de seus cidadãos unidos em torno da convicção de que a comunidade residida por gestores públicos comprometidos com os ideais republicanos afastados da esperteza, do oportunismo, da incompetência, e da irresponsabilidade fiscal. A administração pública precisa exorcizar as praticas clientelista, reforçar e estabelecer os mecanismos de controle, privilegiar a transparência e a ética. Os gestores deveram se conscientizar que a parceria de seus servidores não visa tão somente transformá-los “em manobra corporativista”. Há disposição para apertar o cerco reduzindo-se o espaço para os velhos paradigmas. O Estado (União, Estados e Municípios – consorte confederado) no atual Século XXI deve atuar vinculado à utilização de novas tecnologias da informação. As ações inovadoras gerarão resultados a um novo olhar profissional e a um desenho capaz de superar as mazelas que corroem sua estrutura. Estamos convictos de que a caminhada é longa, os retrocessos estão presentes, porém, não desistimos na confiança da implantação de uma administração pública eficiente e estratégica, capaz de enfrentar suas incertezas e contradições enfim lançar-se à serviço do processo evolutivo de todo segmento territorial da nação..
Antônio Scarcela Jorge.

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