COMANDOS VICIOSOS
Passadas às eleições
onde paulatinamente se retomam o ânimo da razão. Volta-se para os costumes
elementares regrados por segmentos de políticos que ainda elegem como norma
certas ações escusas sempre querendo apostar na impunidade como “arma” dos
escândalos mal esclarecidos de arrecadação de verbas, cuja fiação, se puxada
até o fim, pode retomar por cerca de dez anos. Na verdade a culpa também recai
em quase todos os segmentos da sociedade especialmente o eleitor ignorante
vendável a qualquer preço. Idealizou-se demais e, provavelmente não aprenderam
a lição pelo exemplo dado pela Lei da Ficha Limpa, instrumento moralizador nas
eleições recém-findas (exceção os municípios por mais de 200 mil eleitores que
ainda vivem a expectativa de eleger seus prefeitos no 2º turno). Entre os
aspectos que determinam exteriormente esses conceitos: rememoramos os anos da
geração libertária de 1968, dentro do modelo utópico daquela geração ainda se
sonhava com “fantasias” e alguma decência. É que é muito tentador: e se no
lugar dos políticos típicos que ficam se justificando pelo indesculpável, tivéssemos
verdadeiros condutores. Poucos que se calham; trazem á mácula da corrupção. Enquanto
o político deveria dominar a arte, sendo o verdadeiro, não pende ao miúdo nem a
satisfação de grupos privados, sectários dos partidos, consultorias, municiado
por informações privilegiadas ou fisiologismo das coalizões. As verdadeiras
lideranças tem consciência, não se ocupa do varejo, não por que despreze os
sujeitos singulares da sociedade. Pelo contrário, sabe que um Estado benévolo
só sobrevive se for bem sucedido em sua tarefa de ajudar a emancipar seus
cidadãos. O Estado precisa existir para que, assegurada a liberdade, o cidadão
consiga enfim viver. Esse é encargo do líder. “O falso líder” não se rende. O inconfundível
seduz “ignorantes e oportunistas” que emplacando candidaturas e cargos para
enriquecer e contemplar maiorias, se identidade, vale dizer, ninguém. O falso
líder não tem medo da impopularidade, esta vem na oportunidade da compra de
votos o comercio mais rentável e de retorno claro. A doutrina desses, não faz
defesa muitas vezes à custa de não ter solidão e constrói sua política enquanto
o dinheiro perdurar e depois não interessa os direitos fundamentais da pessoa
porque não há dívidas para sociedade, por razões obvias. Confunde-se como
liderança ocasional aquele que se projeta no sentido de permitir sistemas
corruptos e dar delegação plena aos aliados de plantão em detrimento da
sociedade, que pensa de outro feitio.
Antônio Scarcela Jorge
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