TEMER SE LICENCIA DA PRESIDÊNCIA DO PMDB.
Senador
Romero Jucá anunciou que assumiu a presidência do partido e fará um
pronunciamento no plenário do Senado.
Numa
estratégia para tentar tirar o vice-presidente Michel Temer da linha de tiro
dos ataques, o senador Romero Jucá (PMDB-RR) assumiu na manhã desta terça-feira
(5) a presidência do PMDB.
Temer decidiu se licenciar do comando do partido e
repassou a direção para Jucá, eleito primeiro vice-presidente da legenda em
convenção partidária realizada no dia 12 de março.
A saída temporária de Temer da presidência do PMDB
ocorre exatamente uma semana após a Executiva Nacional do partido ter decidido,
por aclamação, romper com o governo da presidente Dilma Rousseff e determinado
a entrega imediata dos sete ministérios e cerca de 600 cargos de livre nomeação
ocupados por filiados do partido ou indicados pela legenda.
Desde o desembarque oficial do PMDB, ministros
palacianos, petistas e até o ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva
intensificaram as críticas a Temer ao insinuar ou acusar o peemedebista de
tramar um "golpe" para derrubar a presidente Dilma Rousseff.
Até o momento, apenas um dos sete ministros – Henrique
Eduardo Alves, do Turismo e pouco mais de 1% dos principais cargos ocupados
por ligados ao partido deixaram os postos na administração federal. Isso seria
um indicativo, conforme críticos, de que houve precipitação do grupo de Temer
para romper com o governo.
O
vice e aliados dele rebatem as críticas, alegando que o impeachment tem
previsão constitucional e atuam para fazer valer o desembarque determinado na
semana passada integrantes do primeiro escalão, como Kátia Abreu
(Agricultura) e Celso Pansera (Ciência e Tecnologia) estão sob ameaça de
responderem a processo de expulsão do partido. O peemedebista assume a
Presidência em caso de afastamento de Dilma.
Jucá
tem avaliado a interlocutores que Temer precisa se preservar, uma vez que o
vice não é apenas o vice, mas pode, sim assumir o cargo. Ele funcionaria, dessa
forma, como um anteparo diante das queixas e acusações. "Não dá para Temer
ficar nessa briga de rua", disse a pessoas próximas.
A
avaliação feita pelo peemedebista nos últimos dias, que é próximo ao vice, é
que o impeachment não está escapando do vice. A entrada do ex-presidente Lula,
considera, dá a impressão de que o ambiente estaria sendo revertido em favor de
Dilma. Mas ele avalia que é "muito certo" que haverá o impeachment da
presidente.
Fonte: Agência Brasil.
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