LAVA LATO: SETE BRASIL FOI USADA COMO EXTENSÃO DE FRAUDES
PRATICADAS NA PETROBRAS.
A força-tarefa da Operação Lava Jato acredita
que a Sete Brasil foi criada para majorar preços e fraudar as licitações do
bilionário mercado de navios e plataformas, criado a partir da descoberta do
pré-sal, em 2007.
A força-tarefa da Operação Lava Jato acredita que a
Sete Brasil foi criada para majorar preços e fraudar as licitações do bilionário
mercado de navios e plataformas, criado a partir da descoberta do pré-sal, em
2007.
"Temos fortes indicativos que as empresas que compunham a Sete
Brasil atuavam em cartel", afirmou o procurador da República Deltan
Dallagnol, da força-tarefa da Lava Jato.
Ele concede entrevista coletiva na
tarde desta quinta-feira, quando foram denunciados 17 alvos, entre eles o
marqueteiro do PT João Santana e a mulher dele, Monica Moura, que está fazendo
delação premiada.
Parte dos recursos que teriam pago as campanhas
lideradas por Santana para o PT, sustenta a denúncia, saíram da propina de
contratação do estaleiro Keppel Fels pela Sete Brasil, para fornecimento de
plataformas à Petrobras.
O intermediador desses valores seria o operador de
propinas Zwi Skornicki, também denunciado pelo MPF, que atuava como lobista do
estaleiro no Brasil.
A Procuradoria denuncia pela primeira vez um dos
pacotes de contratos da Sete Brasil, criada em 2010 para fornecimento de
navios-sondas e plataformas para a Petrobrás.
"É uma licitação de cartas
marcadas, para a Sete Brasil", afirmou Dallagnol, ao apontar que o
contrato de fornecimento para a estatal petrolífera foi fraudado.
O crime, no entanto, ainda não é parte da acusação
criminal desta quinta-feira.
Desta vez está sendo imputada a lavagem de
dinheiro da corrupção na Petrobras envolvendo o PT, por meio do marqueteiro
João Santana.
<inocentes!!! Preso desde fevereiro, em Curitiba, João Santana foi o
marqueteiro da presidente Dilma Rousseff (2010 e 2014) e do ex-presidente Luiz
Inácio Lula da Silva (2006).
conta secreta do marqueteiro
e sua mulher, Mônica
Moura, na Suíça, em nome da offshore Shell Bill Finance, receberam US$ 4,5
milhões do operador de propinas do estaleiro Keppel Fels.
O procurador Dallagnol explicou que a fraude na licitação para contratação da
Sete Brasil e o cartel das empreiteiras e estaleiros no esquema ainda será alvo
de outras acusações.
Ao todo, seis estaleiros foram contratados para
fornecimento de 28 navios-sondas no total de US$ 23 bilhões. "Para cada
contrato era paga propina de 1%", disse.
A Sete Brasil é uma empresa que
atua como intermediária entre a Petrobras e os estaleiros contratados para
desenvolver as embarcações e fornecê-las à estatal.
Um e-mail entre executivos indica, segundo o
procurador, que "antes de se saber formalmente quem ganharia a licitação,
já se sabia que a Sete Brasil venceria e que estava negociando com os
estaleiros contratados".
Fonte: Estadão.
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