terça-feira, 26 de abril de 2016

COMENTÁRIO SCARCELA JORGE - TERÇA-FEIRA, 26 DE ABRIL DE 2016

COMENTÁRIO
SCARCELA JORGE

ANARQUISMO EVIDENTE.

Nobres:
Ficou mais que evidente em declarações prestadas pelo Lula, a que tanto infelicitou o povo brasileiro. Lula disse a uma verdade diante de suas mentiras: - “querem tirar o PT do poder! – e isso é mais expressão da verdade” – citou a direita, como esteio da embromação. A manjada retórica citada por o eterno “castrismo” também é a expressão mais utilizada pelos governistas e simpatizantes nos últimos tempos foi “não ao golpe” e corruptelas (não haverá golpe, não teremos golpe, impeachment sem crime é golpe e por aí afora). Ora, é óbvio que se houvesse golpe não o seria por meios legais. Golpe é instrumento não previsto na Constituição de um país (ou até de estado-membro) para apear do poder um seu governante ou ministro de estado. É o uso da força por vezes até compreensível para derrubar governos ainda que legítima e/ou legalmente constituídos (como pelo voto popular, por exemplo). Já o impeachment (ou impedimento) é um procedimento político-jurídico-administrativo que visa o julgamento do governante pela prática de crimes de responsabilidade. Voltando, então, ao golpe, não se tem notícia de que em algum país do mundo, democrático ou não, de primeiro, segundo ou quinto mundo, em qualquer ocasião que seja um golpe de Estado tenha passado por um processo de votação parlamentar prévio. Em Cuba, em Serra Leoa, no Vietnam, na Coréia do Norte, no Egito, na Síria, na Venezuela, os golpistas, militares ou civis, não me consta tenham pedido permissão ao Parlamento para golpear o governante que lá estivesse. Nem no Brasil isso ocorreu, fosse com Getúlio, com Jânio, com Jango ou com Castello. De modo que falar em golpe em um “Estado Democrático de Direito” como os governistas gostam de falar a torto e a direito é uma sandice ou uma aberração vernacular que não se sustenta. Mas, se ainda assim, continuarem entendendo que houve golpe e não houve, é simples: podem sempre recorrer à Suprema Corte e, naturalmente, aceitar a decisão proferida (duvido que o façam posto porque sendo vencidos, como o foram até agora com exceção da esdrúxula decisão que fez o Senado iniciar todo o procedimento novamente a despeito da clareza solar do art. 86, §1º, II, de nossa Carta Magna). Nesse caso, não terão mais nenhum recurso de que se valer. a não ser continuar vociferando nas redes sociais: “É golpe!”. É enganação do lulismo enquanto funesto.
Antônio Scarcela Jorge.

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