SCARCELA JORGE
ANARQUISMO EVIDENTE.
Nobres:
Ficou mais que evidente em declarações
prestadas pelo Lula, a que tanto infelicitou o povo brasileiro. Lula disse a
uma verdade diante de suas mentiras: - “querem tirar o PT do poder! – e isso é
mais expressão da verdade” – citou a direita, como esteio da embromação. A
manjada retórica citada por o eterno “castrismo” também é a expressão mais
utilizada pelos governistas e simpatizantes nos últimos tempos foi “não ao
golpe” e corruptelas (não haverá golpe, não teremos golpe, impeachment sem
crime é golpe e por aí afora). Ora, é óbvio que se houvesse golpe não o seria
por meios legais. Golpe é instrumento não previsto na Constituição de um país
(ou até de estado-membro) para apear do poder um seu governante ou ministro de
estado. É o uso da força por vezes até compreensível para derrubar governos
ainda que legítima e/ou legalmente constituídos (como pelo voto popular, por
exemplo). Já o impeachment (ou impedimento) é um procedimento
político-jurídico-administrativo que visa o julgamento do governante pela
prática de crimes de responsabilidade. Voltando, então, ao golpe, não se tem
notícia de que em algum país do mundo, democrático ou não, de primeiro, segundo
ou quinto mundo, em qualquer ocasião que seja um golpe de Estado tenha passado
por um processo de votação parlamentar prévio. Em Cuba, em Serra Leoa, no
Vietnam, na Coréia do Norte, no Egito, na Síria, na Venezuela, os golpistas,
militares ou civis, não me consta tenham pedido permissão ao Parlamento para
golpear o governante que lá estivesse. Nem no Brasil isso ocorreu, fosse com
Getúlio, com Jânio, com Jango ou com Castello. De modo que falar em golpe em um
“Estado Democrático de Direito” como os governistas gostam de falar a torto e a
direito é uma sandice ou uma aberração vernacular que não se sustenta. Mas, se
ainda assim, continuarem entendendo que houve golpe e não houve, é simples:
podem sempre recorrer à Suprema Corte e, naturalmente, aceitar a decisão
proferida (duvido que o façam posto porque sendo vencidos, como o foram até
agora com exceção da esdrúxula decisão que fez o Senado iniciar todo o
procedimento novamente a despeito da clareza solar do art. 86, §1º, II, de
nossa Carta Magna). Nesse caso, não terão mais nenhum recurso de que se valer.
a não ser continuar vociferando nas redes sociais: “É golpe!”. É enganação do
lulismo enquanto funesto.
Antônio Scarcela Jorge.
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