COMENTÁRIO
SCARCELA JORGE
O IMPÉRIO DA DESORDEM NO GOVERNO.
Nobres:
Mesmo se tratando de um governo anarquista do lulismo,
tudo pode acontecer. Entretanto ultrapassando o limite de tolerância
fortalecida pela intempestiva permanência no poder, onde elementos com o apoio
da por agora Presidente Dilma Rousseff estabeleceu uma norma que origina a
violência de linguagem e de atitudes por parte do governo federal, e a crescente
influência da mentira, ou melhor, da deformação da verdade quando se manifesta
publicamente. Mas nada nos deve impedir de ver a realidade tal qual se apresenta.
E a realidade é muito dura. De nada adianta à paz o inventário dos mortos. Já é
tempo de nos convencermos de que a luta com que nos defrontamos é de
sobrevivência, pois nem se trata de garantir o progresso do país, e sim de lhe
garantir ao menos a possibilidade de progredir. No plano político, deveremos
deixar de ilusões com uma democracia formal, que apenas serve, hoje, para
assegurar aos que estão no poder todos os meios indispensáveis à liquidação dos
esboços aí penosamente levantados pelos pioneiros da nossa organização
democrática. Há de se cassar, embora que tarde, o mandato presidencial via
impeachment ou pelo TSE. Pois chega de representar a comédia da democracia,
enquanto se deixa que esta perca as bases necessárias à sua formalização no país.
Outra desordem praticada pela “santa presidente, sem mácula e honesta como
dizem “os puxas sacos, e alguns marginais que ostentam mandatos. Há dias
assistimos, horrorizados, a um dos chefes “sem-terra”, no Palácio, em
manifestação de apoio à presidente, dizer asneira assustador, intimidando os
agricultores, ameaçando invasão de terra e atos de violência, a mesma ladainha
de sempre. Ocorre que desta vez falou e foi apoiado pela Presidência da
República sem qualquer admoestação. Esta fala impressionou, pois é como se
fosse dado passe livre às invasões de terra. Ela soou como intimidação a todos
os brasileiros do campo, que têm sustentado este país nas agruras que passamos
no momento. É o único setor produtivo do país. E o mais fantástico: dentro do
palácio presidencial, o chefe sem-terra foi ovacionado por uma platéia de
verdadeiros analfabetos e de líderes que apóiam uma revolução que quer destruir
a democracia, conquistada a duros revezes e com verdadeiro sofrimento. A
presidente não censurou o indigitado dirigente; ao contrário, foi abraçá-lo,
como se ali estivesse obtendo um apoio à sua permanência no poder, demonstrando
assim ser uma idólatra de si mesma. É o que acontece com muita gente. Namora
tanto o poder que vira Hitler, Fidel Castro. Ser governo não é um sistema, como
tem sido aqui, de privilégio. Ser governo é uma forma de servidão. Deve-se ter
pouco respeito por quem diz estar fazendo um sacrifício; trata-se de um
impostor ou uma impostora. Dias atrás, como fruto da incompetência e da inconseqüência
de quem exerce o cargo de presidente, deu-se um choque entre soldados e
militantes do MST: resultado, dois mortos e vários feridos. A quem se deve
creditar este infausto acontecimento? Evidentemente, à presidente da República,
que ouviu calada as ameaças e depois foi abraçar a quem falou uma série de
disparates. Ela incitou a desordem ao calar, e o abraço representou um apoio. A
incitação ao crime por um presidente da República é crime, e a
Procuradoria-Geral da República deveria ter se manifestado. Não o fez, e isso
gerará a intranqüilidade ao campo, pois se fala em outras invasões programadas
para este mês. Tudo isso para chegarmos à seguinte conclusão: o que constitui
perigo imediato, e que deve ser extirpado com firmeza, para implantar no país
essa confiança que está nos faltando tanto internamente quanto
internacionalmente, é a raiz plantada por medíocre governo do fascismo, aquele
mais sutil e deletério, que se infiltrou como um veneno na vida brasileira, às
vezes em nome de Deus, outras vezes em nome da revolução, mas sempre em nome da
miséria e da fome. Esta é a “filosofia” lulista.
Antônio
Scarcela Jorge.
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