Ministro
Ricardo Lewandowski: ministro adiantou, no entanto, que o Supremo não entrará
na discussão política do caso.
Brasília - Em audiência com deputados da base do
governo, o presidente do Supremo Tribunal Federal (STF), Ricardo Lewandowski, disse que, para
superar a crise "o mais rapidamente possível", ações relacionadas ao impeachment da presidente Dilma Rousseff terão prioridade na
Corte.
O ministro adiantou, no entanto, que o Supremo não
entrará na discussão política do caso.
"Em função do momento, a sociedade quer superar
esse problema o mais rapidamente possível. Qualquer processo a respeito desse
tema no Supremo terá a prioridade que merece em função do momento em que se
vive hoje no Brasil", disse o ministro aos deputados Wadih Damous (PT-RJ),
Jandira Feghali (PCdoB-RJ), Afonso Florence (PT-BA) e Paulo Teixeira (PT-SP),
vice-líder do governo na Câmara.
Para os deputados, o presidente da Comissão, Rogério
Rosso (PSD-DF) e o presidente da Câmara, Eduardo Cunha (PMDB-RJ) estão
desrespeitando o rito do impeachment definido pelo Supremo no ano passado. De
acordo com os parlamentares aliados de Dilma, a comissão também vem cerceando o
amplo direito à defesa da presidente.
O vice-advogado-geral da União, Fernando Luiz
Albuquerque Faria, foi impedido de defender a presidente durante a leitura do
relatório apresentado pelo deputado Jovahir Arantes (PTB-GO). De acordo com os
deputados, no entanto, o procedimento adotado na Comissão de Ética que analisa
um pedido de cassação contra Cunha, é oposto, e garante a manifestação da
defesa do peemedebista.

Os deputados são contrários, por exemplo, à tentativa
de Cunha de levar o debate sobre o impeachment ao plenário da Câmara no
domingo, 17.
"Nós consideramos isso uma irresponsabilidade. O País
conflagrado, com um cenário de ódio e hostilidade, que até ministro do Supremo
vem sendo hostilizado, e se permitir que milhões de pessoas venham para a Praça
dos Três Poderes num clima de conflagração, isso não é efetivamente um processo
democrático. Isso é uma tentativa de condicionar o resultado do processo",
acusou Damous.
Fonte: Agência Brasil.
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