Ministro
do PSD deixa pasta após bancada na Câmara apoiar impeachment.
Líder do PSD havia dito que partido não cobraria saída Kassab do governo.
A assessoria do ministro Jaques Wagner, chefe de
gabinete da presidente Dilma Rousseff, informou
na noite desta sexta-feira (15) que Gilberto Kassab
(PSD) entregou mais cedo carta de demissão do cargo de ministro das Cidades.
O
pedido do ministro para deixar o governo se dá a dois dias da votação do
processo de impeachment na Câmara.
O anúncio foi feito pela assessoria dois dias após o
líder do PSD na Câmara, Rogério Rosso (DF), informar que vai orientar a
bancada a votar favoravelmente à continuidade do processo
de impeachment de Dilma.
O Ministério das Cidades é uma das pastas com maior
orçamento do governo e a única que estava sob o comando do PSD.
Ao anunciar o posicionamento da bancada da Câmara favorável ao impeachment, o deputado Rogério Rosso afirmou que não seria cobrado de Kassab, que é presidente nacional licenciado da sigla, que deixasse o cargo no governo.
Conforme informou o colunista Gerson Camarotti na última quarta-feira (13), havia sentimento de contrariedade no Palácio do Planalto com a postura de Kassab.
A
avaliação de auxiliares mais próximos à presidente é que ele traiu a presidente
Dilma Rousseff, diante do posicionamento do partido de apoiar o impeachment. A
avaliação do governo é que Kassab fez jogo duplo durante esses últimos meses.
Fundador do PSD, Kassab assumiu o comando do Ministério das Cidades no final de 2014, quando foi anunciada a nova equipe ministerial do segundo mandato de Dilma.
Ex-prefeito de São Paulo, ele já fez
oposição ao governo do PT, na época em que pertencia ao DEM.
No entanto, com a
força política do PSD, uma das
maiores bancadas da Câmara, deixou para trás as antigas divergências e passou a
reforçar a base governista.
Fonte: G1 – DF.
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