terça-feira, 5 de abril de 2016

O ()DÊS) GOVERNO DA "HONESTÍSSIMA DILMA (COITADINHA, NÃO FÊZ NADA! É UMA SANTA) E DE LULA (SE O BRASIL FOSSE UM PAÍS SÉRIO, HÁ MUITO ESTARIA FAZENDO COMPANHIA AOS COMPANHEIROS DE PENITENCIÁRIA) DIANTE DE DEZENAS DE FATOS QUE VEM REVELADO NO COTIDIANO CORRUPTO

 EMPRÉSTIMO DE R$ 12 MILHÕES 'REMONTA' À CAMPANHA DE CAMPINAS, DIZ DELÚBIO.

Ex-tesoureiro do PT foi interrogado na 27ª fase da Operação Lava Jato.
Segundo Delúbio, publicitários pediram apoio do PT à disputa eleitoral.



Em depoimento à Polícia Federal (PF), o ex-tesoureiro do Partido dos Trabalhadores (PT) Delúbio Soares afirmou que o empréstimo de R$ 12 milhões feito pelo Banco Schahin a José Carlos Bumlai "remonta" à campanha municipal de Campinas (SP), em 2004.

Ele negou saber como foi feito o empréstimo. Segundo o Ministério Público Federal (MPF), em 2004, o Banco Schahin emprestou R$ 12 milhões a José Carlos Bumlai, porém, o destinatário real seria o PT.

"Que perguntado se tem conhecimento das nem que ocorreu o empréstimo de R$ 12.000.000,00 pelo Banco Schahin para José Carlos Bumlai, respondeu que o que sabe sobre o assunto remonta à campanha eleitoral municipal de Campinas/SP, em 2004".

De acordo com o relato de Delúbio Soares, à época, os publicitários do Dr. Hélio, candidato do PDT que foi ao segundo turno o procuraram pedindo o apoio do PT, que não tinha ido para o segundo turno. Conforme ex-tesoureiro, eles gostariam de um apoio financeiro de cerca de R$ 5 milhões, valor que, segundo Delúbio Soares, o partido não dispunha.

Então, os publicitários perguntaram se o recurso poderia ser arranjado por conta própria e Delúbio Soares disse não ver problema em que os publicitários conseguissem o recurso dessa maneira, de acordo com o depoimento do ex-tesoureiro à PF.

Dias depois, Delúbio Soares relatou ter sido procurado por Sandro Tordin, presidente do Banco Schahin entre 1998 e 2007, junto com os publicitários. Na ocasião, Sandro Tordin perguntou ao ex-tesoureiro se a eleição de Campinas era importante para o PT. 

Delúbio Soares respondeu que sim, já que a disputa era entre PDT e PSDB. Conforme o ex-tesoureiro, nesta reunião não foi falado sobre empréstimo ou valores. Delúbio Soares disse que desconhece o fato de que Sandro Tordin ou o Banco Schahin fossem realizar empréstimo por causa dessa conversa.
Desconhecimento.

Além disso, o ex-tesoureiro do PT disse que nunca abordou Salim Schahin, acionista do Grupo Schahin, sobre qualquer assunto relacionado a serviço prestado pelo Banco Schahin ao partido.

Quanto a João Vaccari Neto, que também é ex-tesoureiro do PT e já foi condenado pela Lava Jato, cumprindo pena em presídio na Região de Curitiba, Delúbio Soares afirmou que não negociou com Vaccari a contratação da Schahin como operadora de navio-sonda da Petrobras. 

Delúbio Soares ainda disse que não conhece Ronan Maria Pinto, que desconhece o envolvimento dele com o PT e que não sabe informar qual a razão dos R$ 6 milhões emprestados pelo pecuarista José Carlos Bumlai junto ao Banco Schahin e destinados a Ronan. O valor total do empréstimo feito por Bumlai foi de R$ 12 milhões.

Condução coercitiva.

Delúbio Soares foi ouvido na 27ª fase da Operação Lava Jato, deflagrada na sexta-feira (1º). 

Contra ele, foi cumprido um mandado de condução coercitiva, ou seja, o ex-tesoureiro foi levado para a superintendência da PF, em São Paulo, para prestar depoimento. 

O conteúdo da oitiva foi disponibilizado no processo eletrônico da Justiça Federal nesta segunda (4).

Preso temporariamente na sexta-feira, Ronan Maria Pinto se tornou alvo da Lava Jato por, segundo as investigações, ser o beneficiário final de R$ 6 milhões desviados da Petrobras por meio de um empréstimo fraudulento de R$ 12 milhões obtido por José Carlos Bumlai, amigo do ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva, junto ao Banco Schahin. 

O objetivo seria quitar dívidas do PT. Ronan Maria Pinto é dono do jornal "Diário do Grande ABC" e de empresas do setor de transporte e coleta de lixo.

Bumlai é réu na Lava Jato e foi preso na  21 ª etapa da operação, em novembro de 2015. O pecuarista responde pelos crimes de corrupção passiva, gestão fraudulenta e lavagem de dinheiro. Em março deste ano, Bumlai foi transferido para prisão domiciliar com tornozeleira eletrônica devido a um câncer na bexiga.

Carbono 14.

A 27ª fase da Operação Lava Jato, batizada de Carbono 14, identificou um dos beneficiários do esquema de corrupção na Petrobras: o empresário paulista Ronan Maria Pinto.

Os recursos vieram de um empréstimo fraudulento que o pecuarista José Carlos Bumlai obteve junto ao Banco Schahin em outubro de 2004.

Bumlai já foi preso pela Lava Jato e é amigo do

> ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva. No ano passado, ele admitiu fraude no empréstimo, que totalizou R$ 12 milhões, e disse que o objetivo era pagar dívidas de campanha do PT e "caixa 2", sem citar nomes.

Investigadores ainda não confirmaram quem foram os destinatários finais dos outros R$ 6 milhões.

O empréstimo com o banco foi pago por meio da contratação fraudulenta do Grupo Schahin como operador do navio-sonda Vitória 10.000, pela Petrobras, em 2009, ao custo de US$ 1,6 bilhão. 

Como foi favorecido para obter o contrato, parte do lucro dele na operação quitou o débito.

Ronan foi preso em Santo André, na Grande São Paulo, e será levado à Superintendência da Polícia Federal em Curitiba.

Ao todo, a operação cumpriu 12 mandados judiciais e foi chamada de Carbono 14, porque remete a episódios antigos e não esclarecidos.

Resumo da 27ª fase:

– Objetivo: descobrir os beneficiários do esquema investigado.
– Mandados judiciais: 2 de prisão, 2 de condução coercitiva e 8 de busca e apreensão.




– Presos temporários: Ronan Maria Pinto, empresário, e Silvio Pereira, ex-secretário geral do PT.


- Conduções coercitivas: Breno Altman, jornalista, e Delúbio Soares, ex-tesoureiro do PT.



– O que descobriu: Um empréstimo fraudulento de R$ 12 milhões obtido por José Carlos Bumlai no banco Schahin, em 2004, tinha como um dos beneficiários finais Ronan Maria Pinto, que recebeu R$ 6 milhões.



– O que falta apurar:



A razão do pagamento a Ronan Pinto.


Qual é a relação entre o repasse e o esquema de corrupção em Santo André;


Para onde foram os outros R$ 6 milhões do empréstimo.

Quem é quem na 27ª fase da Lava Jato:

– Ronan Maria Pinto.

Empresário do ABC que atua no setor de transporte e coleta de lixo e é dono do jornal "Diário do Grande ABC". Em 2015 foi condenado a mais de 10 anos de prisão por ter participado de um esquema de corrupção na prefeitura de Santo André entre 1999 e 2001. O nome dele também apareceu na Lava Jato depois da prisão do pecuarista José Carlos Bumlai.

– Silvio Pereira, o Silvinho;

Envolveu-se no mensalão do PT ligado ao ex-ministro da Casa Civil José Dirceu. 

O secretário-geral do partido chamou a atenção pela primeira vez, em 2005, com a revelação de que havia recebido de presente uma Land Rover da empresa GDK, fornecedora da Petrobrás.

Em seguida, ele pediu para se desfiliar do PT e anunciou que abandonaria a política. 

Antes de ser julgado, fez um acordo para prestar serviços comunitários e não ser preso. 

O nome dele voltou a aparecer agora, na Lava Jato, em delação premiada do empresário Fernando Moura. Ele disse que uma vez pegou R$ 600 mil em dinheiro na casa de Silvinho. 

Segundo Moura, a quantia tinha sido entregue por uma fornecedora da Petrobrás.

Em outro depoimento, Moura disse que o ex-secretário-geral do PT recebia "um cala boca" de dois empreiteiros para não falar o que sabia sobre o esquema.

– Delúbio Soares.

Era tesoureiro do PT e foi condenado a 6 anos e 8 meses de prisão por corrupção ativa no caso do mensalão. 

Foi preso em 2013, e em 2014 foi autorizado a cumprir pena em prisão domiciliar. 

No fim do ano passado, o STF concedeu a ele o perdão da pena.

– Breno Altman.

É um jornalista ligado ao PT e ao ex-ministro José Dirceu. O nome dele já havia sido citado no esquema do mensalão pela contadora Meire Poza. 

A Polícia Federal disse que Altman é o elo entre o PT e Ronan Maria Pinto.

Meire disse em depoimento que recebeu do jornalista R$ 45 mil em três parcelas para que fosse feito o pagamento da multa de um dos condenados por lavagem de dinheiro no esquema do mensalão, Enivaldo Quadrado, sócio da corretora Bônus Banval.
Fonte: G1 – PR.

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