sexta-feira, 14 de junho de 2013

CONTROVERSO POLÍTICO



Comissão aprova convocação de ministros

Insatisfeitos com o que consideram "desprezo" de ministros do governo Dilma Rousseff, integrantes da Comissão de Relações Exteriores (CRE) do Senado rebelaram-se na manhã desta quinta feira e aprovaram pedido de convocação dos ministros das Relações Exteriores, Antônio Patriota, e do Desenvolvimento, Indústria e Comércio Exterior, Fernando Pimentel. A rebelião aconteceu depois que Patriota e Pimentel nem sequer responderam ao pedido de convite aprovado pela comissão em 21 de maio. Regimentalmente, os convidados podem não comparecer ao colegiado, ficando a critério da autoridade marcar a data. Os senadores da CRE alteraram a condição do requerimento para convocação e o aprovaram. Na convocação, a autoridade tem até 30 dias para comparecer à comissão. "É mais do que descortesia, é desprezo. A paciência e a tolerância estão se esgotando", reagiu o presidente da comissão, Ricardo Ferraço (PMDB-ES). "É natural que essa Casa faça por forma de convocação", afirmou o senador Cristovam Buarque (PDT-DF). O colegiado, que ainda não marcou uma data para a audiência, também decidiu fazer uma operação-padrão até que as autoridades compareçam. Eles não votarão qualquer indicação para embaixadores no período. A exceção é a votação do embaixador do Brasil no Vaticano, Denis Fontes de Souza Pinto. A decisão decorre do fato de que o papa Francisco visitará o País em julho pela Jornada Mundial da Juventude (JMJ). A vinda dos ministros tem por objetivo, de acordo com o requerimento, discutir "questões referentes à criação do bloco Aliança do Pacífico e seus reflexos na integração latino-americana e sobre o bloco regional do MERCOSUL (Mercado Comum do Sul)". O líder do PT no Senado, Wellington Dias (PI), não sabia da aprovação do requerimento. Informado pelo Broadcast, serviço em tempo real da Agência Estado, Dias respondeu. "As comissões são autônomas e é raro se transformar convite em convocação porque as autoridades têm tido sempre o interesse de responder aos pedidos."
Fonte: Agência O Estado.


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