Papa
admite existência de rede de corrupção e “lobby gay” no Vaticano
Declarações foram dadas por
Francisco na semana passada, segundo revista chilena.
Conhecido por ser um crítico da
corrupção, inclusive a de dentro da Igreja Católica, o papa Francisco
reconheceu abertamente, pela primeira vez, a existência de uma “corrente de
corrupção” e de um “lobby gay” no Vaticano, segundo divulgou nesta terça-feira
(11/06) a revista chilena Reflexión y Liberación. A declaração teria
ocorrido na última quinta (06/06), durante uma reunião com a CLAR (Confederação
Latinoamericana e Caribenha de Religiosas e Religiosos). No encontro, que durou
quase uma hora, o papa admitiu a existência de uma “rede de corrupção
homossexual”. “Na Cúria há gente santa, de verdade, há gente santa. Mas também
há uma corrente de corrupção. Fala-se de um ‘lobby gay’ e é verdade. Temos que
ver o que podemos fazer”, teria dito o pontífice. Esse lobby refere-se a um
sistema de chantagens internas baseado em fraquezas sexuais que foi denunciado
pela imprensa italiana em fevereiro. As lutas de poder, os desvios de dinheiro
e as relações homossexuais no Vaticano vêm sendo expostos na mídia há um tempo.
A própria renúncia de Joseph Ratzinger foi atribuída por vários veículos, ao
horror e à tristeza que lhe teriam sido causados pela descoberta da existência
desse grupo de poder homossexual e de suas possíveis chantagens a importantes
membros da Cúria. Segundo o jornal La Repubblica e a
revista Panorama, ambos italianos, Ratzinger teria decidido
renunciar ao cargo de papa após receber um relatório de 300 páginas sobre o
assunto. Entretanto, até agora, a Santa Sé havia sempre rechaçado a existência
de um “lobby gay”. O papa Francisco, no entanto, admitiu ser uma pessoa “muito
desorganizada” para realizar a reforma necessária na Cúria. "Sou uma
pessoa desorganizada, nunca fui bom nisso. Mas os cardeais da comissão vão
levá-la adiante", afirmou, referindo-se à comissão montada por ele em
março, para assessorá-lo na reforma do governo central da Igreja. A primeira
reunião desses cardeais será realizada em outubro.
Fonte: Opera Mundi.
Nenhum comentário:
Postar um comentário