COMENTÁRIO
Scarcela Jorge.
VESTÍGIOS DA INFLAÇÃO.
Nobres:
Um dos sinais vitais da
instabilidade econômica do país foi ontem anunciado aquilo que as autoridades
econômicas se “ajustaram” com a alta do dólar moeda “instrumental” de estágio
econômico mundial. A economia brasileira não está apenas mais fraca que as
economias de seus países pares: está um tanto fraca demais. Após crescer 7,5 %
em 2010, 2,7% em 2011 e 0,9 em 2012, alguns
analistas começam a soar o alarme. Será que a sétima maior economia ainda pode
ser descrita como um motor de crescimento global? Em meio à crise bancária,
econômica e de endividamento, essa explosão não é permanente, concluindo que a
economia brasileira está em declínio. Não “partilhamos” desse pessimismo.
Apesar de cerca de metade das exportações do país ser de commodities, apenas
10% do resultado econômico brasileiro é gerado por essas exportações. Mais de
70%, por outro lado, se origina nos fortes setores de serviço e industrial do
país. Na verdade, o declínio econômico testemunhado em 2011 se deveu largamente
à estagnação da produção industrial. Isso, no entanto, deve-se a problemas
estruturais que precisam de atenção urgente: infraestrutura obsoleta, todos os
modos de obstáculos burocráticos, assim como altos custos e impostos não
trabalhistas. É inegável que o governo tem feito agora tentativas sérias de
lidar com os problemas estruturais do país, assentando as bases para um maior
crescimento sustentável em longo prazo. Foi elaborado um programa ambicioso
para garantir que 100 mil brasileiros estudem no exterior até 2015. Atualmente,
apenas 11% da população possui diploma universitário. A carga tributária deve
ser amenizada, incluindo tributos sobre a energia. No entanto há perspectiva para
o Brasil e sua história de crescimento. Há uma imensa demanda não atendida de
infraestrutura, educação, habitação, consumo e assistência à saúde. O país
almeja se estabelecer como um dos líderes da economia global, basta acertar a
realidade econômica do momento e se assentar para deixar de conversar que o “lulopetismo”
é deveras infalível e deixar como o único mérito de se instar na política
sócio-econômica do país.
Antônio Scarcela Jorge.
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