COMENTÁRIO
Scarcela
Jorge.
SOCIEDADE MOBILIZADA
“Intromissão desnecessária”
Nobres:
A inabilidade de certos partidos
políticos acaba estampada quando tentam aproveitar o momento que na realidade –
não é deles-. Não tiveram nem a capacidade de decifrar o que as ruas estão
dizendo e confirmam a consistência das manifestações. Não se trata da
presidente, do governador, do prefeito, mas de um estado de coisas que
distanciaram o Brasil do seu povo real, com a colaboração também desses tipos
de partidos políticos, que não consegue nem enxergar o país. O que é verdadeiro
é um movimento cívico que não há razão de se aproveitar como elegem esses
partidos descaracterizados da função partidária, sem ideologia, sem programas
consistentes onde se passam como formais; só isso. - Procuramos dar uma nova
dimensão ensejando paulatinamente transformar o país que caminhe por novas trilhas
onde o encontro será imperativo, a “ética a honestidade” bem distante do atual
objetivo proposto pela nossa sociedade. - A Era dos Malufs; Lulas; Dilmas; Sarneys;
Marinas, e os “menos votados” - que pegaram o bonde da história, outros, nem ponderam
embarcar por inconveniência e ineptidão já passou e/ou está passando. Chegou a
hora de iniciar objetivos comuns com alento e retidão. Retomar o passado, só se
aproveita as “frases celebres e até agora “eternas” são focos presentes aos
acontecimentos que são repetitivos e até hoje sem solução, como o então senador
Rui Barbosa delineou: - “De tanto ver triunfar as nulidades, de tanto ver
prosperar a desonra, de tanto ver crescer a injustiça, de tanto ver
agigantarem-se os poderes nas mãos dos maus, o homem chega a desanimar da
virtude, a rir-se da honra, a ter vergonha de ser honesto.”- Esse discurso de praticamente cem anos atrás
está sendo atualizado pelas manifestações de jovens brasileiros que foram as
ruas despertar a cidadania e os direitos que nos foram arrancados e
transformados quase que exclusivamente em obrigações. Entre elas a de sustentar
uma carga tributária de 36% do PIB, a maior entre países em desenvolvimento,
para que possa pagar e embalar devaneios de autoridades que não pensam Brasil,
mas em seus interesses. Num país onde a oposição é acanhada e suspeita, as ruas
abriram espaço para manifestações. Mas é prematuro especular sobre o futuro e
as consequências desses eventos cívicos. A pauta um tanto difusa une por um
lado, mas pode dissipar por outro. O movimento deve a partir de agora se
organizar com agendas pontuais e exigindo medidas pontuais. Mas essa não é a
tendência do momento, embora se perceba que as eleições de 2014, que acontecem
no período de uma Copa do Mundo, contestada em seus valores, serão afetadas.
Ninguém está procurando um líder, um projeto, mas gritando para quem quiser
ouvir que chega, cansou, encheu o saco...é isso. É tudo que a sociedade diz e individualmente
o que tenho dito.
Antônio Scarcela Jorge.
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