segunda-feira, 11 de março de 2013

POLITICAGEM CORRIQUEIRA






Governador (PE) Eduardo Campos
pretenso candidato a Presidência da República (BR)


Dilma reduz repasses para Estado de Eduardo Campos, possível adversário em 2014.

A gestão da presidente Dilma Rousseff derrubou repasses federais para financiar projetos apresentados por Pernambuco, do governador Eduardo Campos (PSB), potencial adversário da petista na eleição presidencial de 2014. Dilma alterou, assim, a trajetória de transferência desse tipo de recurso, iniciada pelo ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva.
Segundo dados do Tesouro Nacional, em 2012, o valor repassado voluntariamente pelo governo federal chegou a patamar menor que o de 2006, último ano de gestão do então governador de Pernambuco, Jarbas Vasconcelos (PMDB), que fazia oposição ao governo do PT.
As transferências voluntárias são aquelas em que não há obrigatoriedade prevista em lei, como nos repasses do FPE (Fundo de Participação dos Estados) ou do Fundeb (Fundo de Desenvolvimento da Educação Básica). Compreendem recursos obtidos por meio de convênios ou acordos, mediante solicitação dos Estados. Também não incluem investimentos do PAC (Programa de Aceleração do Crescimento), cujos projetos são definidos pelo governo federal.
Campos têm dado sinais de que pode ser candidato em 2014. Aumentou as críticas à política econômica de Dilma, num aceno ao empresariado, que está insatisfeito com as taxas de crescimento do PIB. Passou também a fazer reuniões políticas com maior frequência, inclusive com integrantes da oposição — embora aja como candidato, ainda analisará o cenário de 2014 para ponderar a conveniência de se lançar ou de negociar com o PT a retirada da candidatura.

Lula

De acordo com os dados do Tesouro, o governo federal aumentou o porcentual de verbas distribuídas ao governo Pernambucano quando Lula e Campos estavam no poder. Em 2007, primeiro ano do mandato de Campos, a participação de Pernambuco no total das transferências voluntárias era de 5%. Em 2010, último ano de gestão Lula, alcançou 14,6%, a maior fatia de tudo o que foi repassado aos Estados no ano.
No mesmo período, caiu a participação de São Paulo, administrado pelo PSDB, maior partido de oposição. Em 2007, o Estado recebia 9,62% do total de transferências voluntárias do governo federal. Três anos depois, o porcentual caiu para 6,27%. Enquanto isso, os valores totais repassados pela União cresceram: de R$ 4,4 bilhões para R$ 6,8 bilhões.
Em 2010, Campos chegou a receber R$ 994 milhões dessas transferências voluntárias. O governador disputava a reeleição com o apoio do PT — e Lula usava Pernambuco como vitrine de projetos federais em infraestrutura e combate à pobreza para promover a candidatura de Dilma.

Dilma

Os números do Tesouro mostram que a trajetória de crescimento dos repasses para Pernambuco foi interrompida por Dilma. Em 2011, as transferências caíram para R$ 318 milhões. O valor, no entanto, ainda era maior que o verificado em 2007, 2008 e 2009. Mas em 2012 os repasses diminuíram mais uma vez e chegou a R$ 219 milhões, o menor desde 2006, ano em que o governador era Vasconcelos. As transferências voltaram a 4,88% do total enviado para os Estados, o mais baixo porcentual do governo Campos.
Em 2012, o PT e o PSB de Campos saíram rachados na eleição para a Prefeitura do Recife. Venceu o candidato do governador, Geraldo Julio. A partir daí, a relação com o PT começou a azedar.
Na semana passada, Lula chegou a criticar a postura de Campos, que integra a base governista, mas ensaia um discurso oposicionista.
— Se alguém quiser romper conosco, que rompa. Não podemos impedir as pessoas de fazerem o que é de interesse dos partidos políticos.
Fonte: O Estadão.

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 OPINIÃO

LIDAR COM JOVENS

Quando uma jovem de 14 anos se deixa levar pela conversa de um estranho que conheceu pela Internet e sai de casa para viver com ele, dois fatores contribuíram para essa falta de juízo: o mau convívio com os pais ou, em menor escala, as más companhias. Se não foi nada disso, então é caso médico, quase um desequilíbrio mental. A educação recebida pode ser o espelho que a jovem tem em casa. Briga entre os pais, por exemplo, que provoca depressão e sugere "procurar a felicidade longe do lar". As más companhias, não evitadas por falta de orientação, também têm sua parcela de culpa. Uma adolescente bem educada e criada entre pais felizes jamais cairia nesse poço. Por isso os valores espirituais têm de ser preservados, os bens culturais, criados e protegidos. E por esse ângulo a educação deve ser vista, como o primeiro e mais rentável dos investimentos públicos. Sem esquecer do sentimento de alma, da força do espírito humano em tudo que se faz. Cabecinhas cheias de caraminholas só deviam ver Internet ou TV vigiadas por pais conscientizados.

Da colunista Regina Marshall.
Fonte: DN.


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