domingo, 3 de março de 2013

ANTECIPANDO A CAMPANHA PRESIDENCIAL DE 2014



Dilma diz que aliança com PMDB terá 'longa vida' e ataca oposição

Em um esforço para aparar as arestas com a base aliada num momento em que tenta costurar o caminho da reeleição, a presidente Dilma Rousseff discursou há pouco na Convenção Nacional do PMDB, em Brasília, afirmando que a aliança com o PMDB terá "longa vida" e voltou a atacar a oposição, celebrando as conquistas da sua administração. "O convite do PMDB pra estar aqui ofereceu oportunidade extraordinária para que nós juntos possamos celebrar essa parceria sólida, produtiva e que sem dúvida alguma terá uma longa vida", discursou a presidente, sob aplausos, após iniciar o discurso com um cumprimento ao "meu grande parceiro Michel Temer". A referência a Temer voltou no final do discurso, com Dilma afirmando que deseja "vida longa à nossa aliança, à nossa parceria". "Dirijo-me calorosamente ao meu amigo Michel Temer, para agradecer mais uma vez o apoio, a competência, a solidariedade e a lealdade, essa é uma parceria que muito me honra e quero dizer que nós, juntos, eu e o Temer, vocês, a base aliada, meu partido, PMDB e todos os partidos da base aliada temos esse desafio maravilhoso que é transformar o Brasil." O afago de Dilma no PMDB ocorre no momento em que o Palácio do Planalto vê cristalizar uma possível candidatura do governador de Pernambuco, Eduardo Campos (PSB), à Presidência da República - para barrar os planos de Campos, petistas cogitaram inclusive oferecer a ele a vaga de vice de Dilma em 2014.

"Mercadores do pessimismo"

Atacando a oposição, Dilma disse que o seu governo fez o que os "adversários políticos, quando puderam, não souberam ou não quiseram fazer". Ao falar de economia, Dilma destacou que a inflação está sob controle e que a indústria começa a dar sinais de recuperação. "Mais uma vez, os mercadores do pessimismo vão perceber, vão perder como perderam quando previram o racionamento de energia, mais uma vez os que apostam todas as fichas no fracasso do País vão se equivocar. Torcer contra é o único recurso daqueles que não sabem agir a favor do Brasil, em tudo que foi feito, é normal que tenhamos enfrentado interesses divergentes que estavam acostumados ao passado", atacou. A presidente disse que, antes, "crises maiores" que a atual "quebravam o Brasil, "levavam o País a bater à porta do FMI (Fundo Monetário Internacional), pedindo de joelhos, recursos e dólares". "Hoje, o País tem 378 bilhões de dólares de reservas, não deve nada a ninguém, olha a todos nos olhos", prosseguiu. A presença de Dilma na convenção ocorre um dia após a presidente cumprir uma intensa agenda de eventos no Rio de Janeiro, acompanhada do governador Sérgio Cabral e do prefeito Eduardo Paes - seus dois maiores aliados peemedebistas na região. PT e PMDB, no entanto, estão em pé de guerra no Rio, após o senador Lindbergh Farias (PT) se lançar à campanha pelo governo estadual, contrariando os planos do PMDB, que quer emplacar o vice-governador Luiz Fernando Pezão. Dilma destacou a parceria com as autoridades do Rio de Janeiro, defendendo que "essa parceria é baseada na capacidade de gestão, também na força e na determinação de transformar". Enquanto a presidente discursava, populares bradavam gritos de "É união, é união, Dilma, Cabral e Pezão" e "Ô presidenta, por favor: 2014 é Pezão governador". A presidente destacou o "empenho e dedicação" dos ministros do PMDB ao seu governo. "Juntos, PMDB, PT e os demais partidos da base aliada fizeram o nosso dever para com o nosso País. Por causa dessa base, desse imenso mercado interno, rompemos com aquela dualidade, visão conservadora que dizia que primeiro a gente tinha de crescer para depois distribuir o bolo, nós, juntos, PT, PMDB e partidos da base aliada, afirmamos, pelo contrário, que quando o bolo é distribuído o País cresce cada vez mais", disse Dilma.
Fonte: O Estadão.
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OPINIÃO

Excetuando o mérito exposto se trilha pelo comum: PMDB se tornou como eterna frente partidária de governo cognominado de agremiação política: sempre foi semelhante em ações governistas, desde que se tornou pelo grupo dominante que elege este partido dentro da norma de interesses pessoais deletérios – vide: Sarney; Temer e Renan as “sânies” da política brasileira. (“mesmo sem mensalão”)





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