Presidência
do Senado anuncia propostas de modernização
‘Medidas incluem troca eletrônica
de documentos e site do Congresso.
Gestão foi mote da campanha de Renan, eleito após denúncia do MP’.
Gestão foi mote da campanha de Renan, eleito após denúncia do MP’.
A presidência do Senado Federal
divulgou nesta quinta-feira (28) medidas que deverão ser tomadas pela Casa, em
parceria com a Câmara dos Deputados, para modernizar o processo legislativo e
a comunicação entre as duas instituições. O anúncio ocorre uma semana
após o presidente do Senado, Renan Calheiros (PMDB-AL), divulgar medidas de
contenção de gastos na instituição. De acordo com comunicado da presidência do
Senado, para facilitar a troca de documentos entre as duas casas legislativas,
o envio de papel será substituído por processo eletrônico. Renan Calheiros não
informou quando a mudança será implantada. Os documentos deverão passar a ter
assinatura digital. Pareceres e proposições deverão ser apresentados de forma
padronizada. Ainda para diminuir a quantidade de gastos com papel, cada diário
passará a ser publicado em suporte eletrônico. Levantamento feito mostrou que o consumo de papel no Senado proporcionalmente maior que na Câmara. Em 2012, cada servidor do Senado gastou, em média, 3.641
folhas; na Câmara, o consumo per capita foi de 2.999 folhas. Também está
prevista a criação de um site do Congresso Nacional. Atualmente, cada casa
possui a sua própria página na internet. Nesta quarta-feira (27), ao comentar a
aprovação do fim do 14º e do 15ª salários dos parlamentares, o senador Renan
Calheiros afirmou que o parlamento está se aproximando da sociedade.
"Esse processo de transparência e de fim de privilégios é irreversível, e
isso vai aproximar o parlamento da sociedade", disse Renan. As medidas
anunciadas nesta quinta também incluem a reforma no regimento comum do Senado e
da Câmara. Para isso, deverá ser criada uma comissão mista formada por seis
senadores e seis deputados. A proposta precisará de aprovação nas duas casas.
Economia nos gastos.
Renan também defendeu sua gestão
anterior à frente do Senado, destacando medidas para redução dos privilégios em
2006, quando ocupou a presidência da Casa pela primeira vez. "Em 2006, nós
acabamos com as convocações extraordinárias e reduzimos o recesso. Naquela
oportunidade geramos uma economia de R$ 100 milhões, pois é um gratificação eu
era paga a todos os parlamentares e a todos os servidores das duas
casas", afirmou Renan. A proposta apresentada por Renan neste ano prevê
cortes de R$ 262 milhões por ano. A gestão mais econômica da Casa foi o
principal mote da campanha do senador ao comando do Senado. Calheiros deixou a
presidência do Senado em 2007 após denúncias do suposto uso de notas fiscais
frias a fim de justificar, em 2007, renda suficiente para pagar a pensão de uma
filha. Por conta do episódio, neste ano, o senador foi denunciado pelo
Ministério Público por desvio de dinheiro público, uso de documentos falsos e
falsidade ideológica. Depois da eleição, uma petição online que pede o
"impeachment" de Calheiros recolheu mais de 1,6 milhão de
assinaturas.
Felipe
Néri
Fonte: G1, em Brasília.
Nenhum comentário:
Postar um comentário