quinta-feira, 7 de março de 2013

"O PETRÓLEO É NOSSO" ESTADOS DIVERGENTES



SENADORES DO RJ E ES DEIXAM SESSÃO QUE ANALISA VETO DOS ROYALTIES

Aos gritos de 'fora Renan', parlamentares das bancadas do RJ e do ES abandonam a sessão do Congresso Nacional estimada a apreciar os vetos dos royalties do petróleo. 

Insatisfeitos com a condução do presidente do Senado, Renan Calheiros (PMDB-AL), à frente da sessão conjunta do Congresso Nacional, parlamentares do Rio de Janeiro e Espírito Santo abandonaram a reunião e prometeram questionar a legalidade da mesma no Supremo Tribunal Federal (STF). Deputados e senadores dos Estados produtores de petróleo reclamaram que Renan estava sendo excessivamente rigoroso com a concessão de tempo para discursos e não respondeu a todas as questões de ordem feitas pelos parlamentares. “Sabemos que há maioria regimental para derrubar os vetos, mas essa maioria não tem o direito de atropelar o regimento”, disse o senador Lindbergh Farias (PT-RJ). Ele alegou que a decisão colegiada do STF autorizou o Congresso a deliberar sobre os itens de projetos de lei rejeitados pelo presidente da República na ordem que conviesse - e, com isso, os parlamentares ficaram desobrigados de apreciar os mais de três mil vetos em ordem cronológica -, mas reclamou que Renan “interferiu no tempo de discurso e cortou o microfone” dos parlamentares. Outra alegação do senador é que a chegada de dois novos vetos ontem ao Congresso é inconstitucional. Nesta terça-feira, a presidente retificou a mensagem sobre os vetos e incluiu dois novos itens, com as respectivas justificativas. “Eles foram enviados fora do prazo. A Constituição é clara ao dizer que a presidente tem 15 dias para vetar um projeto e 48 horas para justificar a rejeição ao dispositivo. Esses vetos não poderiam constar na cédula de votação, eles são inconstitucionais”, disse. O deputado Hugo Leal (PSC-RJ) era o mais indignado com a atuação de Renan Calheiros. “A sessão do STF suspendeu a liminar que determinava a apreciação dos vetos em ordem cronológica, mas o que aconteceu aqui foi Renan que decidiu sozinho. Nenhum ministro deu aval para o que está acontecendo aqui. Renan é um inimigo da nação”, disse, acompanhado dos demais parlamentares do Rio de Janeiro e Espírito Santo, que pediam a saída do presidente do Senado da condução dos trabalhos. Os parlamentares dos Estados produtores têm interesse em invalidar a sessão porque não têm apoio suficiente para manter os vetos. A maioria do Congresso é de Estados não produtores de petróleo, que saem ganhando com a nova divisão aprovada no parlamento, mas rejeitada pela presidente Dilma. Com a derrubada dos vetos, passa a valer o texto aprovado no Congresso. Estados produtores recorrem novamente ao STF Mais cedo nesta quarta, os senadores Ricardo Ferraço (PMDB-ES) e Lindbergh Farias (PT-RJ) protocolaram um novo mandado de segurança no Supremo Tribunal Federal (STF) pedindo, mais uma vez, a suspensão da sessão do Congresso Nacional destinada a analisar os vetos da presidente Dilma Rousseff à Lei dos Royalties do Petróleo. Há dois mandados de segurança no supremo a respeito do assunto, e os parlamentares capixabas e fluminenses prometem recorrer novamente ao STF para invalidar a votação. Segundo Lindbergh, o governo do Estado do Rio de Janeiro já tem preparada uma ação direta de inconstitucionalidade (ADIN) para questionar o mérito da votação na suprema corte.
Fonte: Agência Brasil

 

Nenhum comentário:

Postar um comentário