terça-feira, 12 de março de 2013

PALIATIVOS DA INFLAÇÃO



Corte de imposto da cesta básica ajuda na "luta contra a inflação", diz Mantega.

Ministro diz que setores indicam que o repasse aos preços do benefício já começou

O ministro da Fazenda, Guido Mantega, disse nesta segunda-feira que a desoneração dos tributos federais que incidiam sobre os produtos da cesta básica vai ajudar na "luta contra a inflação" e que recebeu dos representantes dos setores envolvidos a indicação de que o repasse aos preços do benefício já começou.

"Esperamos que isso logo chegue aos índices de inflação", afirmou o ministro da Fazenda. "É uma medida importante que beneficia a família de baixa e média renda e beneficia a luta contra a inflação que o governo vem travando. Temos certeza de que ela (inflação) vai permanecer sob controle", acrescentou Mantega, dizendo que ainda não sabe qual o impacto da medida na inflação.

A presidenta Dilma Rousseff anunciou na sexta-feira à noite que a medida tem potencial de redução de preços de 9,25 a 12,5% em alguns produtos, mas o presidente da Associação Brasileira de Supermercados (Abras), Fernando Teruó Yamada, disse que a primeira redução deve ficar entre 3 e 6%. Em até duas semanas, pode ir a 9,25%.

Mantega explicou que essa diferença deve-se ao crédito tributário gerado por PIS/Cofins, o que, na prática, significa que o empresário paga um pouco menos de 9,25%.

"Vamos atuar para que o efeito da medida seja amplo para que a redução se aproxime do valor que foi anunciado pela presidente", afirmou o ministro, acrescentando que alguns repasses da medida já estão acontecendo.

Mais cedo, o Grupo Pão de Açúcar, maior varejista do país, anunciou que sua rede começou a aplicar já nesta segunda-feira a desoneração dos impostos sobre os itens de cesta básica, que passou a incluir três produtos de higiene pessoal.
Mantega disse ainda que as desonerações de folha de pagamento para setores que ainda estão em análise e reduções de tributos vão continuar. "A desoneração vai continuar até chegarmos numa carga fiscal compatível com a competitividade do país", afirmou.

(Reportagem de Tiago Pariz e Leonardo Goy)
Fonte: Reuters. 


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