PMDB REELEGE
MICHEL TEMER PARA PRESIDIR PARTIDO
Político
deve se licenciar do cargo para continuar
a atuar como vice-presidente da República
a atuar como vice-presidente da República
O maior aliado do PT na coalizão
do governo Dilma Rousseff, o PMDB, reconduziu Michel Temer, vice-presidente da
República, à presidência da legenda na convenção deste sábado (2), marcada pela
presença de Dilma reafirmando a parceria com os peemedebistas para disputar a
reeleição em 2014. Temer, porém, irá se licenciar do comando do PMDB, como tem
feito desde que foi eleito vice-presidente da República, em 2010, e deixar as
funções administrativas com o vice, senador Valdir Raupp (RO). "Eu vou
deixar toda atividade administrativa e gerencial do PMDB para o Raupp, como da
outra vez. Vai ser logo, agora. Vai ser quase automático", disse Temer à
Reuters. Mais cedo, Dilma foi até a convenção e fez um discurso recheado de
elogios ao seu vice e ao PMDB, dando a entender que reeditará a dobradinha com
o atual vice em 2014. "Eu conclamo o PMDB e sua juventude, suas mulheres,
seu parlamentares, suas lideranças e, sobretudo sua militância a continuarmos
trabalhando juntos, para garantir que o fim da miséria seja só um começo",
discursou Dilma. "O PMDB me deu o vice-presidente Michel Temer, que divide
comigo a responsabilidade pela condução do país e reforça com suas qualidades
de político competente, sério e excepcional negociador a capacidade de
articulação do governo, nos representando de forma soberana e altiva no plano
internacional", acrescentou ela. Os elogios não deixaram dúvidas no PMDB
de que Dilma e o PT já escolheram a sigla como parceira preferencial para 2014,
depois de que alas do PT defenderam dar a vaga de vice ao PSB, para evitar que
o governador de Pernambuco, Eduardo Campos, concorresse à Presidência. Questionado
se a presidente deveria ser mais explícita sobre a aliança com o PMDB, Temer
disse que Dilma foi muito clara. "Mais (clara) seria impossível, seria uma
indelicadeza, até porque ela não é candidata a presidente, ela será candidata à
presidente no ano que vem. Se dissesse mais do que disse seria um exagero
retórico", disse.
PALANQUES
Elementos presentes em quase
todos os discursos de peemedebistas neste sábado, a unidade do partido e a
forte aliança com o PT podem sofrer abalos na hora de formar os palanques para
a disputa dos Estados. Um exemplo dessa possibilidade é a corrida pelo governo
do Rio de Janeiro. O governador Sérgio Cabral e o PMDB não abrem mão de lançar
a candidatura do atual vice-governador Luís Fernando Pezão. Já o PT, aliado no
governo estadual, argumenta que Pezão não tem chances de vencer e exige que
PMDB apóie a candidatura do senador petista Lindbergh Farias. Ele também já
disse que não abre mão da disputa. Durante a convenção deste sábado, o
diretório regional do Rio de Janeiro aprovou uma moção que obriga a Comissão
Executiva do partido a se posicionar nos casos em que não houver palanque único
de apoio à Dilma nos Estados. "Vamos tentar procurar evitar ao máximo
possível palanques duplos, mas acho que será impossível não ter em alguns
Estados dois candidatos, um do PMDB disputando o governo e um do PT. Nesses
casos, vamos ter que conciliar os dois palanques", disse Raupp. Segundo
ele, ainda há espaço para diálogo no Rio de Janeiro para se construir um
palanque único. Mas descartou a possibilidade do PMDB não ter candidato. "Não
posso falar sobre hipóteses, principalmente de outro partido. Posso falar pelo
PMDB, o PMDB terá com certeza candidatura própria no Rio de Janeiro e
certamente em mais 20 Estados brasileiros", acrescentou Raupp.
(Reportagem de Jeferson Ribeiro)
Fonte G1.
Nenhum comentário:
Postar um comentário