sexta-feira, 4 de janeiro de 2013

NOTÍCIA/OPINIÃO



GENOINO TOMA POSSE E AFIRMA TER "A CONSCIÊNCIA SERENA DOS INOCENTES".

Condenado no processo do mensalão, o deputado federal José Genoino reassumiu nesta quinta-feira (3) uma vaga na Câmara dos Deputados e afirmou ter "a consciência serena dos inocentes". O petista assumiu a vaga aberta com a saída de Carlinhos Almeida (PT-SP), que tomou posse na terça-feira (1º) como prefeito de São José dos Campos (SP). Genoino foi condenado a seis anos e 11 meses de prisão por corrupção passiva e lavagem de dinheiro pelo STF (Supremo Tribunal Federal) e deverá cumprir inicialmente em regime semiaberto. O deputado negou que assumir uma vaga na Câmara após ser condenado no julgamento do mensalão represente uma afronta ao STF. Na entrevista após a posse disse que não sente nenhum desconforto em exercer o cargo depois da condenação. "Tenho consciência serena dos inocentes e espero que mais cedo ou mais tarde a verdade aparecera. Estou cumprindo a Constituição", disse. - "Sinto-me confortável porque estou cumprindo as regras e as normas do meu país. Fui eleito suplente por 92.326 votos em 2010 em plena pré-campanha condenatória em 2010, cumprindo dever legal, correto, justo de cumprir a Constituição e a lei", completou. O petista evitou falar sobre pontos do julgamento ou avaliar a decisão do STF. O deputado justificou que sua defesa é quem trata sobre o processo porque ele ainda não foi concluído, já que ainda cabem recursos. Ele disse que se a Justiça determinar que ele deixe o cargo pela condenação, vai cumprir a decisão. "Não darei motivo para crises entre Poderes, respeito os poderes constituídos independente de concordar ou não com a decisão."

ATUAÇÃO

Ele prometeu ainda ser um parlamentar atuante e disse que não tem previsão de quanto tempo ficará no posto. "Vou ficar cada dia [que tiver que ficar], sem faltar, atuando no plenário, participando dos debates, defendendo o PT, os governos Dilma Rousseff e Lula, as bandeiras estratégicas, vou exercer meu mandato conforme sempre exerci", afirmou. O deputado afirmou que tem "compromisso profundo e radical" com a democracia e que não vive sem fazer política independentemente de estar com mandato ou não. Genoino não quis comentar declarações de integrantes do comando do PT sobre o julgamento. Questionado se há uma campanha contra seu partido e o ex-presidente Lula, disse que os fatos falam por si. "Não sou comentarista", ironizou. O novo deputado disse que a posse durante o recesso parlamentar tem respaldo legal e que o comando da Câmara é que deveria ser questionado sobre a moralidade do ato. "Por mim, poderia ser agora ou em fevereiro." Historicamente, quando um deputado se licencia, a Câmara chama o primeiro suplente da coligação. Em 2011, o STF (Supremo Tribunal Federal) confirmou esse entendimento definindo que a vaga de suplente na Câmara é da coligação. Membro da direção da UNE (União Nacional dos Estudantes), Genoino entrou para o PC do B e participou da Guerrilha do Araguaia nos anos 70. Em 1982 foi eleito deputado federal pelo PT. Obteve mais cinco mandatos na Câmara, o último deles entre 2006 e 2010, após o escândalo.

APOIO

O petista chegou à Câmara acompanhado da filha e do genro e ouviu declarações de apoio de dois servidores que não se identificaram. Estavam presentes durante entrevista coletiva o atual líder da bancada e seu irmão, deputado José Guimarães (CE), além de petistas como Ricardo Berzoini (SP), Sibá Machado (AC) e José Mentor (SP). Machado saiu em defesa de Genoino dizendo que ele tem o respaldo do partido para exercer o mandato.

Fonte: FOLHA DE SP

OPINIÃO

Há fatos em que a verdade é a expressão do caráter de uma pessoa. Querer justificar com alusões descabidas. Não é voltar pelo o “passado de glórias” que o destino lhe permitiu, que ainda roga o presente por outra manifestação própria de seus atos. Essas duas fases existenciais, perfeitamente naturais - não convém para se rogar como vítima-: é tentar mais uma vez enganar a maioria do povo, que contraditoriamente se faz representar uma “fatia” desse segmento.
 Firmo-me;
Antônio Scarcela Jorge

Nenhum comentário:

Postar um comentário