sexta-feira, 22 de setembro de 2017

COMENTÁRIO SCARCELA JORGE - SEXTA-FEIRA, 22 DE SETEMBRO DE 2017

COMENTÁRIO­
Scarcela Jorge
IMPÉRIO IMORAL

Nobres:
Viver sob a égide de um Estado termina por exigir que os cidadãos conheçam as maneiras pelas quais podem ser afetados por esse ente máximo e os mecanismos de proteção contra ele. Neste contexto vivemos que o Brasil atravessa uma séria crise: das instituições, que têm sido confundidas com os seus membros; da separação de poderes, já que decisões são tomadas à margem da lei; econômica, tornando necessário o corte drástico em gastos e reformas profundas. O que chama atenção, contudo, é que possivelmente a origem de tudo esteja na crise que afeta a moralidade das instituições. Diga-se: é essencial que tenhamos, já que, num futuro próximo, não é possível a extinção do Estado, confiança, mesmo que mínima nos atos do poder público, e, principalmente, que se tenha previsibilidade na aplicação das leis. A velha frase "cada cabeça, uma sentença" não pode ser aplicada rotineiramente, tal como tem se verificado. Chama atenção, principalmente, no campo jurídico, a instabilidade na utilização das leis. A sociedade, em verdade, serve como legitimadora para a criação da lei, ao eleger seus representantes, e não para aplicação reversa dessa. Para ficar claro: deve-se tomar muito cuidado com o aplauso em praça pública estar-se-á abrindo margem para que os poderes estatais se utilizem de mecanismos institucionais conforme a consciência única e exclusiva do ser humano que assina o pedido ou a decisão. Os políticos ora encastelados no poder são fomentos para abrigar a corrupção.
Antônio Scarcela Jorge.

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