COMENTÁRIO
Scarcela Jorge
INSOLÊNCIA
ALEIVOSIANobres:
Ao analisar as estatísticas sobre o comportamento da coletividade, espelhamos
como o nordeste, em que se diz discriminado por outras regiões congêneres do
país, mas está sempre em volta da realidade em sua maioria evidente da
“camaradamente” revasla em hipocrisia. No ímpeto do imperativo da corrupção
gerenciada em que Lula, mandou, tivemos o maior descalabro da ladroagem
promovida por quase toda instituições do Estado brasileiro, o que levou a ser
condenado pela justiça com o aval da sociedade ética do país. Mas mesmo réu
comum. Como ocorrem com figurões da república, políticos, empresários,
construtores, chefes de estatais do governo e, o pior as organizações
criminosas fazem do poder, o seu leito, embora quase todos condenados por força
da “Lava Jato” que nestas circunstancias de contradição ‘elegem’ de forma
trágica o nosso país. E que Lula já está em campanha para voltar ao Planalto em
2018. Só não está pedindo às pessoas que votem no 13, e por isso escapa das
punições da legislação eleitoral, mas todos os atos da caravana pelo Nordeste
têm gosto de campanha eleitoral, cheiro de campanha eleitoral e cara de
campanha eleitoral, não há como negar. Às vezes Lula até desconversa, como em
Salvador, quando disse que “ainda falta muito tempo” para 2018 e “não existe
candidato”, mas o conjunto da obra mostra quais são as reais intenções de Lula
e seu séquito. Trata-se de uma viagem marcada pela hipocrisia. Não apenas por
ser campanha eleitoral sem o declarar abertamente, mas por tudo o que Lula vem
dizendo e fazendo. Como o encontro com o senador alagoano Renan Calheiros
(PMDB), às margens do Rio São Francisco. Calheiros é réu no Supremo Tribunal
Federal e tem quase 20 investigações contra si; é a perfeita “raposa”, para
evocar um discurso de Lula feito dias antes, em Feira de Santana (BA). Mas
ganhou elogios do ex-presidente. Houve mal-estar até mesmo dentro do PT;
afinal, Calheiros pode até ter costurado o absurdo fatiamento do julgamento no
Senado que cassou Dilma Rousseff preservando-lhe os direitos políticos, mas o
alagoano votou pelo impeachment, o que faz dele um “golpista”, na novilíngua
petista. Mas parece haver golpistas e golpistas, a julgar pelas palavras da
presidente do PT, a senadora paranaense Gleisi Hoffmann, que em um país que a
justiça age de forma não isonômica em certos casos a minoria STF, é uma
esculambação, ela estaria com os costados nas grades como o seu marido estima’
a filosofia petista, e anarquista, ‘estima’
o seu companheiro. Ela diz que “podemos
levar essas coisas tão a ferro e fogo”. Retórica vazia não livra ninguém de,
mais cedo ou mais tarde, prestar contas de seus atos. Condenado a nove anos e
seis meses de prisão pelo juiz Sergio Moro no caso do tríplex do Guarujá, Lula
tem poupado o magistrado em seus discursos uma mudança de estratégia às
vésperas do novo depoimento do ex-presidente (agora no caso do sítio de
Atibaia), já que as críticas abertas feitas por Lula a Moro antes do depoimento
de maio não o ajudaram em nada. Mas a força-tarefa da Lava Jato, segundo o
petista, é responsável até pela morte da ex-primeira dama Marisa Letícia.
“Esses meninos da Operação Lava Jato têm responsabilidade com a morte dela”,
chegou a afirmar o petista – o mesmo Lula que não teve a menor vergonha de
jogar nas costas da esposa falecida toda a responsabilidade pelas decisões
envolvendo o apartamento no litoral paulista. Hipocrisia é Lula se apresentar
como a solução para a crise criada não pela Operação Lava Jato como chegaram a
afirmar líderes sindicais, repetindo a lorota segundo a qual o combate à corrupção
prejudica a economia, mas pelas próprias políticas petistas. Lula, é preciso
lembrar, recebeu um país estabilizado pelo Plano Real e, enquanto ele se
manteve fiel ao tripé macroeconômico e às políticas de seu antecessor, o país
cresceu, ajudado pela forte demanda por commodities. Mas a implantação da “nova
matriz econômica”, nos anos finais do governo Lula e em todo o governo Dilma,
colocou o país na rota da gastança irresponsável e das fraudes fiscais que
culminaram na maior recessão da história do país e nos quase 14 milhões de desempregados.
Lula é a última ou talvez a penúltima, se considerarmos Dilma Rousseff figura a
quem uma pessoa responsável confiaria à tarefa de retirar o país do buraco em
que ele mesmo o colocou, com a ajuda de seu “poste”. Também não tem faltado na
caravana a repetição do surradíssimo discurso de ataque à imprensa livre “Se
por acaso um dia eu voltar a ser presidente da República, certamente algumas
coisas precisam acontecer”, disse, em referência a “jornalistas desonestos” e
do igualmente surrado “nós contra eles”, em que “a elite” (ou seja, qualquer um
que ganhe um pouco mais de um salário mínimo) não suporta Lula “porque o pobre
passou a ocupar aeroporto, freqüentar shopping. Ele deixou de comer acém para
comer filé, contrafilé; porque deixou de comer pescoço e pé para comer coxa, sobre-coxa
e peito de frango. Os pobres começaram a comprar computador, laptop” como se
algum empresário de qualquer dos ramos citados estivesse espumando de raiva por
ter mais pessoas comprando seus produtos. Mas, assim como o desempenho nas
urnas não absolve ninguém dos crimes cometidos, retórica vazia não livra
ninguém de, mais cedo ou mais tarde, prestar contas de seus atos. Lula roda o
Nordeste como a “alma mais honesta do país”, e até estimulou a “ressurreição de
instituições que nos anos setenta provocavam tensões nesta região que se reúnem
disfarçadamente em prol do “santo Lula” que já tem uma condenação judicial em
primeira instância e acumula outras cinco ações penais contra si. E nesse campo
o embate se dá apenas em torno das provas; ainda pode haver incautos cativados
por seu discurso, mas ele não o ajudará em nada diante da Justiça. É só
aguardar e voltar ao chão.
Antônio Scarcela Jorge.
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