terça-feira, 24 de julho de 2018

COMENTÁRIO SCARCELA JORGE - TERÇA-FEIRA, 24 DE JULHO DE 2018

COMENTÁRIO­
Scarcela Jorge

LARGADA FORMAL

Nobres:

Desencadeado oficialmente o processo das convenções partidárias um indicativo para que pretenda se candidatar aos diversos cargos eletivos que serão formalizados até agosto, prazo final definido no calendário eleitoral sob “formalização” da Justiça Eleitoral concernente as eleições gerais deste ano que serão começadas especialmente as candidaturas de Presidente da República. Delírios populistas só tornarão as coisas mais difíceis. Muitos acreditam que a população não tem discernimento suficiente para avaliar os postulantes à Presidência da República. Como nos pleitos anteriores como foi possível, nesta eleição aparecerá candidatos que “superficialmente”  se apresenta ao eleitor seduzindo por falsas promessas. Mas, presentemente não passa a ser verdade. Os brasileiros têm a exata noção do tamanho das crises que o país vive: ética, política, econômica, de segurança. Analisando por esta feição o eleitorado observará que a inflação de junho, por causa do desabastecimento, atingiu 1,26%, taxa sem precedentes em 23 anos. A esse desastre se somam as incertezas trazidas pelas eleições que dependendo do resultado das urnas, o que está ruim pode piorar. Não há dúvidas de que o Brasil tem um enorme potencial para crescer. Para isso, contudo, é preciso que o próximo governante tenha a coragem de encarar os problemas do tamanho que eles são. A campanha eleitoral será curta. Mas haverá tempo suficiente para que os votantes possam diferenciar as propostas e escolher as que melhor se encaixam às atuais necessidades do Brasil. Há informações de sobra à disposição de todos. O país precisa ter de volta ao bom senso. Se as urnas priorizarem o óbvio, o crescimento retornará e um futuro melhor para todos chegará mais rápido do que o imaginado. o que exigirá atenção especial da população às propostas daqueles que efetivamente estarão na disputa pelo Palácio do Planalto. Não haverá espaço para promessas vazias. O Brasil vive um momento delicadíssimo. A economia está minguando a olhos vistos. O Ministério da Fazenda admitiu que o crescimento do Produto Interno Bruto (PIB) neste ano será de 1,6% e não mais de 2,5%. Há, inclusive, a possibilidade de essa estimativa ser revista novamente para baixo, tamanha a fragilidade da produção e do consumo. Para isto o eleitor não pode desconhecer o fundamental para soerguer o país. As estatísticas são espelhos reais. Os reflexos da atividade mais fraca puderam ser vistos nos dados divulgados pelo Ministério do Trabalho. Em junho, pela primeira vez neste ano, o emprego formal registrou retração. Isso significa dizer que o desemprego, em vez de cair, aumentará. Há hoje, no mercado, mais de 13 milhões de pessoas em busca de uma oportunidade. Tamanha demanda só aumenta a responsabilidade daqueles que se propõem a comandarem o país a partir de janeiro de 2019. Se o projeto de governo vencedor não priorizar a responsabilidade, o país caminhará mais rápido para o abismo. A economia está machucada. A greve dos caminhoneiros fez um estrago enorme. A produção industrial despencou 10,9% em maio. No mesmo período, o setor de serviços encolheu 3,8% e o varejo, 0,6%. A prévia do PIB calculada pelo Banco Central, o IBC-BR, apontou retração de 3,34%, o maior tombo desde que o indicador foi criado. Ao mesmo tempo, a inflação de junho, por causa do desabastecimento, atingiu 1,26%, taxa sem precedentes em 23 anos. A esse desastre se somam as incertezas trazidas pelas eleições. Dependendo do resultado das urnas, o que está ruim pode piorar é uma questão natural.
Antônio Scarcela Jorge.

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