sábado, 28 de julho de 2018

COMENTÁRIO SCARCELA JORGE - SÁBADO, 28 DE JULHO DE 2018

COMENTÁRIO­
Scarcela Jorge

VÍTIMA DA SOCIEDADE É CONTRASSENSO

Nobres:
São patentes como alguns segmentos rendidos aos meios de comunicação, as ONGs e até os políticos no Brasil vivem chorando pelas más condições dos bandidos nas cadeias, mas nunca pelas vítimas e suas famílias, que têm suas vidas destruídas. Bandidos assaltantes de bancos e outros marginais são idolatrados por uma nova geração e se transformam em ídolos tanto quanto figuras de destaque que obtiveram o mérito trabalhando no seu oficio profissional de cidadania. Os intelectuais que hoje e até mesmo ontem se destacaram na cultura onde “mama nas “tetas do poder corrupto” considera o bandido como vítima da sociedade expressando um palavreado incomum, porém surte frases de efeito” a dizer que é coisa de quem vê o crime como uma espécie de justiça social. Para esses intelectuais, o bandido é sempre uma vítima da sociedade, que rouba e mata porque não teve escolha. Essa ideia é um insulto ao povo brasileiro trabalhador. Se fosse verdade, todo pobre brasileiro seria bandido, e não haveria ricos cometendo crimes. Complementam na forma de sensibilizar a “massa de manobra” os intelectuais, o bandido é sempre uma vítima da sociedade, que rouba e mata porque não teve escolha. A última moda dessa turma é criticar o chamado “encarceramento em massa”. Ninguém nega que os presídios estejam lotados, mas a solução não pode ser soltar bandido. Num país em que os crimes violentos, em sua esmagadora maioria, não são nem mesmo investigados, é óbvio que se prende a menos, e não a mais. Sem construir mais presídios, a superlotação não tem solução. As prisões provisórias, tão criticadas por quem quer ver bandido andando na rua, são quase sempre fruto de flagrantes. A proposta é que o sujeito pego com a boca na botija responda em liberdade, sabendo que não tem a menor chance de absolvição? É justamente por terem esse respaldo que muitos bandidos nem pensam em abandonar o crime depois de sair da cadeia. Mas o problema da reincidência é ainda mais grave. Hoje, muitos entram nos presídios como pequenos delinquentes e saem membros de organização criminosa. Se as prisões não reabilitam, é justamente porque dão aos presos condições e incentivos para voltar a delinquir antes mesmo de ganhar a liberdade. Sem disciplina, não há reeducação. E não há disciplina maior que a do trabalho. Um preso que pague o custo de sua estadia na prisão com o seu próprio suor pode aprender duas coisas: que o crime não compensa e uma profissão. Se tantos aqui fora trabalham e estudam com dignidade, por que essas mesmas condições deveriam ser indignas para o preso? O que não dá para aceitar é um sistema em que a sociedade é vitimada duas vezes: primeiro, pelo ato criminoso; e depois, pagando para consertar o elemento. Se a segurança no Brasil deve ser pública, como querem as “mentes pensantes” do país, faria sentido que o Estado indenizasse a vítima que ele não consegue proteger. Como o Estado não tem dinheiro próprio, o que, de fato, faz sentido é que o próprio criminoso indenize a vítima, com parte do que produzir trabalhando dentro da cadeia. Essa indenização seria um sinal de alívio para quem é entregue de bandeja para a criminalidade. O sistema prisional brasileiro deve ser reformado urgentemente, mas com o endurecimento das leis, disciplina e com o bandido trabalhando. Para os senhores participante do bolo da corrupção, muito deles integrados as organizações criminosas agem da forma que lhe convir sempre antenado no protecionismo e a parcialidade do poder.
Antônio Scarcela Jorge.

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