COMENTÁRIO
Scarcela Jorge
VÍTIMA DA SOCIEDADE É CONTRASSENSO
Nobres:
São patentes como alguns
segmentos rendidos aos meios de comunicação, as ONGs e até os políticos no
Brasil vivem chorando pelas más condições dos bandidos nas cadeias, mas nunca
pelas vítimas e suas famílias, que têm suas vidas destruídas. Bandidos
assaltantes de bancos e outros marginais são idolatrados por uma nova geração e
se transformam em ídolos tanto quanto figuras de destaque que obtiveram o
mérito trabalhando no seu oficio profissional de cidadania. Os intelectuais que
hoje e até mesmo ontem se destacaram na cultura onde “mama nas “tetas do poder
corrupto” considera o bandido como vítima da sociedade expressando um
palavreado incomum, porém surte frases de efeito” a dizer que é coisa de quem
vê o crime como uma espécie de justiça social. Para esses intelectuais, o
bandido é sempre uma vítima da sociedade, que rouba e mata porque não teve
escolha. Essa ideia é um insulto ao povo brasileiro trabalhador. Se fosse
verdade, todo pobre brasileiro seria bandido, e não haveria ricos cometendo
crimes. Complementam na forma de sensibilizar a “massa de manobra” os
intelectuais, o bandido é sempre uma vítima da sociedade, que rouba e mata
porque não teve escolha. A última moda dessa turma é criticar o chamado
“encarceramento em massa”. Ninguém nega que os presídios estejam lotados, mas a
solução não pode ser soltar bandido. Num país em que os crimes violentos, em
sua esmagadora maioria, não são nem mesmo investigados, é óbvio que se prende a
menos, e não a mais. Sem construir mais presídios, a superlotação não tem
solução. As prisões provisórias, tão criticadas por quem quer ver bandido
andando na rua, são quase sempre fruto de flagrantes. A proposta é que o
sujeito pego com a boca na botija responda em liberdade, sabendo que não tem a
menor chance de absolvição? É justamente por terem esse respaldo que muitos
bandidos nem pensam em abandonar o crime depois de sair da cadeia. Mas o problema da reincidência é
ainda mais grave. Hoje, muitos entram nos presídios como pequenos delinquentes
e saem membros de organização criminosa. Se as prisões não reabilitam, é
justamente porque dão aos presos condições e incentivos para voltar a delinquir
antes mesmo de ganhar a liberdade. Sem disciplina, não há reeducação. E não há
disciplina maior que a do trabalho. Um preso que pague o custo de sua estadia
na prisão com o seu próprio suor pode aprender duas coisas: que o crime não
compensa e uma profissão. Se tantos aqui fora trabalham e estudam com
dignidade, por que essas mesmas condições deveriam ser indignas para o preso? O
que não dá para aceitar é um sistema em que a sociedade é vitimada duas vezes:
primeiro, pelo ato criminoso; e depois, pagando para consertar o elemento. Se a
segurança no Brasil deve ser pública, como querem as “mentes pensantes” do
país, faria sentido que o Estado indenizasse a vítima que ele não consegue
proteger. Como o Estado não tem dinheiro próprio, o que, de fato, faz sentido é
que o próprio criminoso indenize a vítima, com parte do que produzir
trabalhando dentro da cadeia. Essa indenização seria um sinal de alívio para
quem é entregue de bandeja para a criminalidade. O sistema prisional brasileiro
deve ser reformado urgentemente, mas com o endurecimento das leis, disciplina e
com o bandido trabalhando. Para os senhores participante do bolo da corrupção,
muito deles integrados as organizações criminosas agem da forma que lhe convir
sempre antenado no protecionismo e a parcialidade do poder.
Antônio Scarcela Jorge.
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