sexta-feira, 20 de julho de 2018

COMENTÁRIO SCARCELA JORGE - SEXTA-FEIRA, 20 DE JULHO DE 2018


COMENTÁRIO­
Scarcela Jorge

ANSIEDADE APROPRIADA

Nobres:
Iniciada a largada do “salve-se quem puder” em função da maioria dos parlamentares negociarem as coligações visando a velha forma e manjada diante das convenções nacionais dos partidos visando a clara permanência no parlamento nacional. A “migração” nas últimas vinte e quatro horas foi um fato comum no país que impera o domínio dos “cardeais” cognominado de alto clero (cruz credo) com o afunilamento dos partidos ao “centrão” expõem o fortalecimento do ex-governador de São Paulo Geraldo Alckmin, como presidente da República, que até então era uma figura discreta na manifestação do pleito. Neste aspecto, a política continua imutável sendo que o Estado de São Paulo centraliza-se a corrida presidencial. Como a arte de enganar é uma premissa e religiosamente aceita pelo nosso frágil Estado do Ceará, Ciro Gomes, um sábio, sabido, escorregou por mais de uma dezena de vezes na malha dos políticos travessos e espertos. Realizada a Convenção do PDT, onde aqui no Ceará, sempre se impõe pela sua estupidez e a imposição principalmente aos seus “bajuladores aliados” parte “sem eira e nem beira” neste momento e que poderá voltar em consequência ao lado do homem que se diz o mais esperto na face da terra, tanto que está preso por força da condenação pela justiça por suas “graves travessuras” no âmbito dos governos do lulismo. Também discorremos sobre às eleições gerais de 2018, no âmbito federal, onde o eleitor sim entra em cena, pois escolherá o Presidente da República como foco especial, Senadores (2/3) da representação das unidades federativas do Brasil, os governadores e deputados estaduais, e os deputados distritais no Distrito Federal. Os desafios do País são enormes e cabe ao eleitor definir como deseja enfrentá-los. Para que ele possa exercer conscientemente esse direito, que é também um dever, é imprescindível conhecer as propostas de cada candidato. o cenário eleitoral continua repleto de grandes indefinições. A rigor, não se pode nem dizer que o eleitor esteja indeciso, pois ainda não lhe foram apresentadas opções dignas de consideração. Oficialmente, a campanha eleitoral começa no dia 15 de agosto, quando se encerra o prazo para as inscrições das candidaturas na Justiça eleitoral. Até essa data, a lei proíbe pedir votos. Isso não impede, no entanto, que os partidos e os pré-candidatos possam apresentar desde já suas propostas para o País. Na realidade, mais do que uma possibilidade, essa comunicação clara com a população é um dever de quem deseja participar do processo eleitoral. As próximas eleições são muito importantes para que se deixe o eleitor no escuro até, por exemplo, o dia 31 de agosto, data em que se inicia a propaganda eleitoral no rádio e na televisão. As ideias e os projetos dos candidatos devem ser apresentados ao eleitorado o quanto antes. E aqui se faz referência a propostas consistentes, não a meros slogans. É um tremendo risco para a democracia uma escolha baseada em slogans, já que na prática esse tipo de campanha que não apresenta propostas, mas tão somente refrãos e gritos de ordem impede que o eleitor determine o rumo concreto que deseja dar ao País. Frases de efeito não definem políticas públicas, mais servindo para iludir o eleitor. Infelizmente, é a engabelação, que despreza a inteligência do eleitor, o que tem se destacado até agora. Neste contexto o PT que tem como premissa, bagunçar e tumultuar qualquer processo responsável vem de muito anunciando a pré-candidatura de Lula da Silva. Ainda que esteja preso em Curitiba e impedido de ser candidato, por força da Lei da Ficha Limpa, o ex-presidente diz que, se for eleito, “o Brasil vai ser feliz de novo”. O refrão da campanha é “chama que o homem dá jeito”. É um desrespeito ao eleitor imaginar que ele irá se esquecer de tudo o que o PT fez quando esteve no poder federal, os inteligentes apostam no esquecimento do povo e é uma burrice! Todas as tentativas de burlar a justiça foram feitas e continuarão sendo feitas, mas se tornará em vão, por motivos expostos. Lembramos os que esta sana de “bufões” procura desconhecer. Todos os casos de corrupção, toda a apropriação da máquina pública, toda a crise moral, social e econômica produzida pelo lulopetismo é marca repudiada pela sociedade brasileira. Mas é igualmente um desrespeito ao eleitor pretender que ele vote baseado em ilusões, enganado pela demagogia e pelo populismo. O tratamento que o PT dispensa ao eleitor confirma uma vez mais sua natureza antidemocrática. Um presidente da República não é um monarca absoluto, uma ditadura ideológica do lulismo. Para outros candidatos tem de convir o dever e a disposição e capacidade para negociar com o Congresso. O problema é que, até agora, o eleitor não tem nenhuma ideia das pretensões deste e de outros candidatos a respeito de economia, educação, saúde, saneamento básico, segurança pública. Dar arma ao cidadão não é proposta é explosão de burrice. Por incrível que pareça até agora, o único partido que esboçou seus planos futuros foi o MDB, no anúncio da candidatura do ex-ministro Henrique Meirelles. Pelo que se tem visto, há quem pense que não é preciso apresentar propostas. Bastaria promover uma campanha de marketing arguta, capaz de envolver emocionalmente uma parte da população, em tamanho suficiente para uma vitória em segundo turno. Com aparência de perspicácia, a ideia manifesta absoluta irresponsabilidade. A história mostra que artimanhas assim causam grandes prejuízos institucionais, econômicos e sociais é questão natural.
Antônio Scarcela Jorge.


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