COMENTÁRIO
Scarcela
Jorge
IMPÉRIO CORRUPTO
Nobres:
A menos de três
meses antecedentes as eleições, o foco de deputados e senadores está
concentrado na conquista de votantes, para que se mantenham protegidos pelo
foro privilegiado. Os postulantes ao Palácio do Planalto têm se dedicado à
troca agressões, no período pré-eleitoral. Nenhum deles faz menção a qualquer
proposta concreta para tirar o país do atoleiro. Esta cambada de parlamentares
que foram eleitos sob as “maldições do próprio eleitor” urge tão somente a
responsabilidade pela mudança radical que a sociedade tanto reclama mais do que
em outro período da história republicana. Caberá a cada brasileiro avaliar e
reavaliar os candidatos e dar o seu voto aos que realmente têm proposições
factíveis para que o Brasil se torne uma nação desenvolvida. Os flancos são atingidos
pela interminável desmoralização destes marginais “senhores as excelências
corruptas” (perdão pela expressão da palavra) atingindo frontalmente a economia
que pagamos pela enorme carga tributária para que estes marginais leve ao sabor
dos privilégios que lhes são concedidos. Por este aspecto, evidenciamos a decadência
da economia brasileira, iniciada em 2014, está longe de ser superada. Em 2017,
o país entrou, timidamente, em recuperação. Passou a respirar, mas sem fôlego
suficiente para chegar à rota do crescimento exigido. As previsões otimistas
feitas no fim de ano passado não se sustentaram. A frágil situação foi agravada
pela paralisação, por 10 dias, dos caminhoneiros, que se insurgiu contra a
política de reajustes do diesel estabelecida pelo então presidente da
Petrobras, Pedro Parente, um equivocado e mal intencionado participante do
“jogo corrupto do atual presidente Michel Temer um “expecto” que a história do
Brasil contará em termos negativos como aliado do lulismo e corriola que
envergonha o Brasil.” Sobre a greve dos caminhoneiros, as contas mais otimistas
apontam que o país amargou prejuízos de R$ 60 bilhões, mas, certamente, as
perdas foram muito maiores. Como reflexo do impasse entre os transportadores responsável
pela movimentação de quase 75% da produção nacional e a estatal, o governo terá
que desembolsar cerca de R$ 10 bilhões para garantir redução de R$ 0,46 no
valor do litro do diesel cobrado em 21 de maio. Com um rombo fiscal para este
ano previsto em R$ 159 bilhões. Não tendo rotativos os “dês” governo não viu
outra opção senão o corte orçamentário na maioria dos programas de investimentos,
além da desoneração da folha de salários de vários segmentos produtivos,
inclusive, a indústria, que vem se arrastando nos últimos anos, sem conseguir
dar contribuições robustas à economia. No presente momento os brasileiros
desempregados ou subempregados somam 28 milhões, ou quase 30% da população
economicamente ativa, sem perspectivas concretas de retorno ao mercado de
trabalho. Em 2016, 5,9 milhões de pessoas ficaram abaixo da linha da pobreza.
Pelo segundo ano consecutivo, a miséria cresceu. O país chegou em 2017 com 22
milhões de miseráveis. Cenário construído pela recessão dos desastrosos anos de
gestão Dilma. O Brasil segue capengando, com espasmos de crescimento, mas nada
que consolide um roteiro de avanços. Ao fim, percebe-se que a ausência de um
projeto de nação deixa o país sem rumo. As crises políticas impactam a economia
e retraem os investimentos nacionais e estrangeiros. Como apostar em um país
que não sabe aonde quer chegar e cria políticas ao sabor de ideologias ou
pautadas pelo populismo? No Congresso, predomina o “salve-se quem puder”, com a
larga maioria dos legisladores sendo alvo de inquéritos pelos mais diversos
delitos, o mais presente deles, a corrupção. As reformas estruturais e bem
intencionais se assim foram propostas e que seriam indispensáveis ao
reequilíbrio fiscal e à recuperação da credibilidade e da confiança no país,
foram postergadas pelo Legislativo, fez o Brasil se emperrar.
Antônio Scarcela Jorge.
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