COMENTÁRIO
Scarcela
Jorge
MAIS VERACIDADE
Nobres:
Com o período de convenções
partidárias, iniciado na última sexta-feira, o cenário eleitoral estará
finalmente desenhado. As decisões tomadas pelos partidos darão a configuração
final à primeira eleição presidencial em muitos anos que não será dominada por
PT e PSDB, que durante duas décadas duopolizaram o interesse do eleitorado e
atraíram a maioria dos demais partidos para suas órbitas. A primeira resposta
que a sociedade terá, à medida que se realizam as convenções, se refere a quais
candidaturas eram realmente sólidas e quais eram meros balões de ensaio para
fortalecer o nome do partido como parceiro em uma eventual coligação. De todos
os nomes que se lançaram até o momento, parece inviável que todos acabem
consagrados por suas legendas como candidatos, especialmente nos casos de
pré-candidatos que não empolgam o eleitorado até o momento, mas que dispõem de
tempo considerável de televisão, mercadoria preciosa nessa corrida de tiro
curto em que se tornou a campanha, depois da reforma eleitoral; esta será a
primeira disputa pela Presidência da República sob as novas regras. Após muito
tempo em que as opções se resumiam entre o socialismo e a social-democracia,
desta vez há candidatos de destaque mais à direita. A indefinição sobre os
rumos a tomar vem influenciando o próprio calendário das convenções, tanto que
partidos grandes, como o PSDB e o MDB, ou legendas com candidatos mais viáveis
fizeram suas convenções no último fim de semana do prazo estipulado pela
Justiça Eleitoral e que termina em 5 de agosto. Até lá, esses partidos também
esperam ter definido, ou pelo menos encaminhado, os nomes dos candidatos à
vice-presidente, já que, até o momento, houve apenas a decisão do PSOL pela
chapa puro-sangue de Guilherme Boulos e Sonia Guajajara e o anúncio, revogado
poucas horas depois, de que Jair Bolsonaro (PSL) teria o general Augusto Heleno
(PRP) como vice. O movimento de Bolsonaro contrastou com a tendência de se
buscar vices que não sejam “mais do mesmo”, tendo apelo junto a um segmento que
complemente o potencial da cabeça de chapa, seja de um ponto de vista regional,
seja socioeconômico, seja de acordo com sexo, faixa etária ou bandeiras e
causas caras ao candidato e ao eleitor. As convenções ainda servirão para
resolver duas grandes incógnitas. A primeira é a estratégia do PT, que no
discurso insiste em lançar a candidatura do ex-presidente Lula, preso em
Curitiba e inelegível após sua condenação em segunda instância pelos crimes de
corrupção e lavagem de dinheiro. O partido terá de escolher entre oficializar a
retórica, apesar de saber que uma chapa encabeçada por Lula não será aceita
pela Justiça Eleitoral, ou consagrar desde já um nome alternativo para não
perder tempo na campanha. Abandonar o discurso não será muito difícil para um
partido que, nas eleições municipais de 2016, abraçou com gosto político de
partidos que chamava (e ainda chama) de “golpistas”. Igualmente importante será
a definição do “Centrão”, bloco cujas legendas também têm ventilado alguns
nomes. Os partidos que resolverem não lançar chapas próprias atrairão muito
interesse dos demais concorrentes, devido às bancadas numerosas que lhes dão
tempo de propaganda eleitoral. As possibilidades, aqui, são as mais variadas:
os partidos do “Centrão” podem se unir em torno de um ou dois candidatos
surgidos dentro do próprio bloco, ou podem se separar e buscar rumos próprios,
tendo opções competitivas de coligação ao longo de todo o leque ideológico. E
aqui reside outra peculiaridade desta eleição, pois, após muito tempo em que o
brasileiro foi chamado a escolher, basicamente, entre o socialismo e a
social-democracia, desta vez há candidatos de destaque mais à direita. A opção
dos partidos do “Centrão” será decisiva: um bloco unido ganha força para levar
seu escolhido ao segundo turno, enquanto um bloco fragmentado eleva às chances
de concorrentes em ambas as pontas do espectro político. Além dos nomes, o
período de convenções também ajudará a definir as plataformas com as quais os
candidatos querem conquistar o eleitorado. É preciso que haja quem tenha
coragem de defender a agenda de reformas iniciada por Michel Temer, sem é
claro, endossar os inúmeros esqueletos morais e éticos produzidos pelo atual
governo. A defesa da responsabilidade nas contas públicas é essencial para
fazer um contraponto a eventuais plataformas populistas que podem encantar um
eleitorado vitimado pela maior crise econômica da história do Brasil, produzida
pela irresponsabilidade fiscal e pela gastança dos governos petistas. Mais que
entre esquerda e direita, ou entre governo e oposição, o grande antagonismo na
eleição de 2018 será entre o populismo e a responsabilidade. Ainda que outros
temas, como questões morais e de minorias, também tenham importância na mente
do eleitorado, o que o brasileiro mais sente na pele é a dificuldade de
retomada depois da crise. Teremos que fazer com um Estado enorme, que gasta
muito e gasta mal e reduzindo seu tamanho e racionalizar suas despesas, ou
negar os problemas óbvios e as bombas-relógio que explodirão daqui a algum
tempo, e logicamente por força natural não adotar paliativos imediatos. As
convenções mostrarão para onde os candidatos caminham; depois disso, é com o
eleitor.
Antônio Scarcela Jorge.
P I C E L A D A S
Para nós que temos o pensamento voltado para o
bem-estar do País; mas, tem cidadão que preserva seus interesses de modo
pessoal e egoísta em todos os elementos. Nesta forma sabemos que não tenha
tempo para reflexão, e suas ações foram fadadas ao fracasso. Neste aspecto, “bastamos
rever as suas grades morais curriculares”. Aliado ao conceito; - “julgamos” -
“depois de Deus”, como consideramos o ser humano dotado dessa premissa, “fugir”
do exposto é, castiça hipocrisia e mau caráter que adota este “desleixo”,
hipocrisia vem desde seu nascimento. É o que tenho o sublime e supremo direito
de raciocinar.
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