quarta-feira, 18 de julho de 2018

COMENTÁRIO SCARCELA JORGE - QUARTA-FEIRA, 18 DE JULHO DE 2018

COMENTÁRIO­
Scarcela Jorge

O QUE DIZEM AS PESQUISAS


Nobres:
Além das preferências dos eleitores por candidatos específicos, as pesquisas eleitorais têm demonstrado três tendências importantes. A população está irritada com a política; descrente nas instituições do país e os políticos não mais possuem credibilidade de que vão resolver os problemas do país. Obviamente as palhaçadas protagonizadas pelo Supremo Tribunal Federal e pelos novos aloprados do PT recentemente acentuam ainda mais essas tendências observadas. Tal postura da população vai ser muito importante na determinação dos resultados das eleições e pode causar ainda grandes mudanças nos resultados a serem obtidos em outubro, não só a nível nacional como também nos diversos estados. Ou seja, o Brasil está em uma situação de incertezas muito grandes, e pode caminhar por trilhas muito incertas mesmo depois das eleições. A irritação com a política, particularmente, se revela pela declaração de voto nulo ou branco diante das opções e pela escolha de candidatos que têm assumido postura contra o establishment político. A falta de credibilidade dos políticos é revelada quando nenhum dos que são já bem conhecidos empolga muito, mesmo quando possui imagem de sério e honesto, como é o caso de Henrique Meirelles, atrelado a um partido cuja imagem não é boa, por ter alguns de seus expoentes participados de várias ações de saque aos cofres públicos, segundo denúncias veiculadas na imprensa. A descrença nas instituições, por sua vez, é revelada quando o candidato com maior suporte entre os eleitores é Lula um político que claramente afronta a ordem institucional vigente. Lula, é hoje um condenado em segunda instância e um réu em vários outros processos de corrupção, que claramente indicam que houve excessos de benefícios do ex-presidente em agradecimento a favores concedidos a empresas privadas na relação com o Governo Federal. Apesar da argumentação para a militância de que a condenação é incorreta, a população adere ao voto a ele porque na verdade está pouco se lixando para as instituições, não porque acredite nos argumentos que geralmente são válidos apenas para militantes fanáticos. Essa tendência tem levado a certo desinteresse da população pela política, além de revolta em vários segmentos da sociedade. Por consequência, a maior parte dos eleitores tem se colocado à margem dos seus desdobramentos e deverá tomar suas decisões de voto muito próximas às eleições. Ou seja, os resultados atuais das pesquisas, por mais angústia e ansiedade que possam trazer aos políticos, ainda podem estar muito longes do que serão as preferências efetivas dos eleitores no momento do sufrágio. No entanto, uma definição óbvia até então é que os eleitores querem mudanças. Em nível de estados isso pode ser muito importante para as estratégias políticas. A economia tem sofrido muito em decorrência dessas indefinições, principalmente porque o seu desempenho futuro dependerá bastante da atuação do governo para controlar os gastos públicos, que estão fora de controle e ameaçam a estabilidade de nossa moeda e as perspectivas de crescimento econômico para os próximos anos. Para completar, o Congresso Nacional ainda tem tido a cara de pau de aprovar alguns projetos que comprometem ainda mais as contas públicas para o ano que vem, legislando na contramão do que o Brasil efetivamente precisa. Nestes termos ficou estabelecida uma desordem institucional.
Antônio Scarcela Jorge.

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