terça-feira, 31 de outubro de 2017

COMENTÁRIO SCARCELA JORGE - TERÇA-FEIRA, 31 DE OUTUBRO DE 2017






COMENTÁRIO­
Scarcela Jorge
ENTRE A CRUZ E A ESPADA

Nobres:
Profundamente estarrecedor o momento que passa a política do país no mando político encastelado no poder. Estamos entre a cruz e a espada pela inoperância de um desgoverno unanime entre os poderes constituídos cuja desproteção aquele que exerce a cidadania, onde os marginais são celebres excelências apodrecidas pela corrupção. de um lado este senhor Temer é uma excrescência entre as excrecências e do outro lado temos a infelicidades de vê o  Lula o maior farsante que a história brasileira produziu. E só alcançou essa condição porque foi também o mais convincente. Constituindo-se o maior enganador do país o senhor Luiz Inácio Lula da Silva ao alongado da sua carreira política, já associou sua própria figura à de Jesus Cristo, que foi crucificado; à de Tiradentes, que foi enforcado e esquartejado, e à de Getúlio Vargas, que se matou com um tiro no peito. Às vezes, esse heterodoxo professor de história se confunde um pouco que mistura a pena imposta a Cristo com aquela impingida a Tiradentes, não é hilariante. Essas operações mentais não deixam de ser curiosas. Sempre que alguém toma como inspiração e como exemplo de sua trajetória um herói trágico, busca ressaltar aspectos da própria personalidade que evoquem o sacrifício, o sofrimento, a renúncia não-conformista, a retidão  dos santos, a convicção dos visionários, o discurso parabólico dos sábios, os amanhãs sorridentes dos profetas, a terrível e solitária certeza de quem já viu o futuro. E parece que é isso que Lula tenta ensinar a seus companheiros, num tom compungido, quase de velório, convidando-os a se conformar em perder as tetas do Estado e das estatais e caminhar um tempo no deserto, agora que não lhes restou nem mesmo uma mitologia e uma história do futuro sem uma narrativa sobre o futuro, contada desde o fim, não se constrói uma utopia. A este confrangedor Lula. Que na história Republicana, se associou a nenhuma outra agremiação política coesa e hierarquizada, como é o PT, ficou tantos anos consecutivos no poder. Máquinas partidárias do passado a exemplo da UDN, do PSD e do PTB, não obedeciam às imposições de um centro gravitacional. O PT não se organizou para administrar o Estado e, como seria de se esperar de um partido, para modernizar as suas estruturas, tendo a política como instrumento. Fiel à tradição da esquerda, o PT se constituiu para, primeiro, cercar o Estado e depois absorvê-lo, numa espécie de fagocitose política, daí que não se distingam hoje os interesses do país daqueles que são os interesses do partido. Daí que Lula e sua legenda nunca tenham aceitado que, uma vez conquistado o poder, pudessem perder eleições. Daí que a possibilidade de vitória do adversário nos pleitos de 2006, 2010 e 2014 não tenha sido tratada como apanágio da democracia, que prevê a alternância, mas como retrocesso. Se verdadeira, a retórica de Lula já seria ruim porque alimentada por misticismo, messianismo e vertigem visionária típicos dos malucos. Se toda política carrega um viés religioso porque, em alguma medida, é preciso apelar a um horizonte edênico, não há retórica salvacionista na história que tenha resultado em coisa que preste. Ocorre que o discurso de Lula é tão falso que jamais se pode imaginar. O “camarada e companheiro, em que os fanáticos também safados e que adoram a ladroagem, principalmente os pelegos e os preguiçosos da nação do lulismo, que reunis os que habitam pregrisosamente por aqui”. A nação petista, sob seu comando não é do tipo que resiste ao “apego de interesses pelos outros partidos; os pseudo-s aliados dele. Ao contrário! Ele o chama para negociar na certeza de que pode dar um truque em todos eles. Foi assim a bem poucos anos com Ciro Gomes e com Marina Silva, apesar de tomarem um “balão dele” estão fanáticos por ele e, em cada eleição aparecem como alternativas para salvação do farsante Lula. O PT não mudou as estruturas do Estado brasileiro que são multiplicadoras de injustiças. Ao contrário: ele as adaptou, à medida que as absorveu, à pauta partidária. Não por acaso, os ditos programas sociais, que são uma versão degenerada das conhecidas políticas compensatórias, ficaram submetidas à injunções do PT. Não custa lembrar que os companheiros resistiram às tentativas de institucionalizar o Bolsa Família, por exemplo. Eles querem o programa como instrumento de chantagem dos pobres, O Lula, e seus Lulinhas folgazões e do PT é, sim. E é por isso que demonstram tamanho desespero. E é por isso que, longe de se entregar a qualquer rito eles prometem é se vingar de seus adversários. Eles não querem que o futuro lhes dê razão e desejam que o presente os recompense, como os chantagistas.
Antônio Scarcela Jorge.

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