COMENTÁRIO
Scarcela Jorge.
O CIVISMO COMO PADRÃO DE PERTENCIMENTO.
Nobres:
As novas gerações convivem hoje
com um vácuo de referências simbólicas, por esta razão sempre gera discussão em torno das chamadas “obrigações cívicas”
Certo ou errado, o resultado é que as novas gerações convivem hoje com um vácuo
de referências simbólicas, na medida em que nada ocupou o lugar dos programas e
atividades referentes ao congraçamento do espaço público. Discutir essa
temática não significa, em absoluto, buscar uma volta ao passado, uma
lamentação nostálgica a um período de repressão e autoritarismo que não fez
nenhum bem aos cidadãos brasileiros. Significa buscar recuperar a discussão sobre
quem somos como brasileiros, qual o passado comum que podemos compartilhar e
chamar de “nosso”, quais as referências que nos permitem trilhar uma narrativa
de pátria, de identidade, de compromisso, de defesa de valores que constituem o
que chamamos de “direitos de todos”. Essa tarefa está em aberto, para além dos
heróis fabricados ou imaginados. A cronologia de educadores, poetas,
pesquisadores, líderes comunitários, empreendedores, democratas, trabalhadores
que construíram esse país para além de seus próprios interesses, para além de
seus próprios privilégios. Os currículos escolares foram revisados e os
chamados “heróis da pátria” remanejados para o limbo, quando não
“desconstruídos” pela nova linguagem no poder. Da mesma forma, as manifestações
em relação aos símbolos da pátria, bandeira e hino e suas festividades também
caíram em desuso.
Antônio Scarcela Jorge.
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