segunda-feira, 10 de setembro de 2018

COMENTÁRIO SCARCELA JORGE - SEGUNDA-FEIRA, 10 DE SETEMBRO DE 2018


COMENTÁRIO­
Scarcela Jorge


CAMINHADA NATURAL

Nobres:
A campanha eleitoral, não há dúvidas ganhou novos contornos com o atentado a faca sofrida pelo deputado Jair Bolsonaro, do PSL. Se, mesmo na liderança, das pesquisas de intenção de votos para a Presidência da República, ele enfrentava um momento complicado pelo pequeno tempo de propaganda na tevê apenas oito segundos, sofrendo fortes ataques dos principais concorrentes, agora ele passou a dominar a atenção do eleitorado, 24 horas por dia. Não se sabe se tamanha exposição será suficiente para Bolsonaro, vítima de um ato violento inaceitável, agregar votos que lhe garantam a vitória. O certo, porém, é que o capitão reformado do Exército criou um grande problema para os oponentes, sobretudo para os da esquerda e para Geraldo Alckmin, do PSDB, que vinha com uma campanha pesada contra o representante do PSL. Ciro e Marina, que aparecem empatados em segundo lugar nas pesquisas de intenção de votos, terão que redobrar os esforços para se mantiver no debate. O PT, por sua vez, será obrigado a decidir logo pelo lançamento da candidatura de Fernando Haddad, uma vez que o esforço midiático executado por Lula, que está preso em Curitiba por corrupção passiva e lavagem de dinheiro, perderá eficiência. Mais importante, contudo, do que as estratégias dos candidatos param se mantiver com chances na disputa marcada para sete de outubro, será a postura que os presidenciáveis adotarão nem mesmo para o populismo barato, cujas consequências são devastadoras. Terá que prevalecerem, nos próximos 28 dias, o bom senso. Os postulantes à Presidência da República terão que apresentar propostas para o país, que sofre para sair do atoleiro da recessão e precisa urgente, criar empregos para mais de 13 milhões de brasileiros. Até a facada que atingiu Bolsonaro, poucos foram os momentos em que os presidenciáveis se preocuparam em apresentar seus projetos de governo. A eleição não deve se pautar por questões pessoais. Escolher um presidente da República exige um conjunto de fatores, a começar pela competência e pela responsabilidade de comandar um país. Quase 210 milhões de brasileiros serão afetados pelas decisões que o vencedor das urnas tomar. Portanto, deve prevalecer o pragmatismo. O Brasil já fez escolhas erradas demais. Em 2014, por meio de propagandas enganosas, Dilma Rousseff acabou reeleita. A desastrosa gestão empurrou o Brasil para uma das mais severas recessões da história. A destruição das contas públicas impede, até hoje, o governo de executar políticas fundamentais nas áreas de saúde, educação e segurança. Lembramos ao eleitor que votar com o coração de princípio tem seu charme, e o pior vender seu voto é atitude de pessoa sem escrúpulo que não cabe expressar tamanha estupidez causada por si mesmo. Infelizmente é o que aconteceu nas eleições anteriores. Basta deixar a porta entreaberta na madrugada é norma aqui há décadas. Esperamos que a sensatez do eleitor veja na época em que momentos difíceis empurrem para o próximo governo seja capaz de cumprir o que todos os segmentos de cidadania sem o comprometimento das organizações que estão enfraquecendo sob a sociedade ética.
Antônio Scarcela Jorge.

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