COMENTÁRIO
Scarcela Jorge
MEMÓRIA
CURTA OU
DESCONHECI-
MENTO
Nobres:
O Congresso Nacional se tornou um
balcão de negócios, onde o interesse público nada vale. Isto só terá chance de
mudar, se a sociedade mudar. Se ela realmente quiser ser protagonista do seu
destino, assumindo suas responsabilidades e deixando de querer sempre, um
“salvador da pátria”. Neste aspecto “o senhor democracia” mandava num tudo” após a redemocratização,
inventou o voto do analfabeto para otimizar uma nação que vinha do de um regime
militar e aí os “santos” destilaram todo ódio que até hoje a “perambulação”
intelectualizada e interesseira sob a batuta do lulismo continuaram impondo
como os petistas conclamam a desordem o desprezo das leis, a arrogância e o
verdadeiro terror, alias, alguns da velha geração eram terroristas mesmos. Para
instar a sociedade ética, outros não vamos nem comentar para os “santos do
lulismo” que desprezam as estatísticas como força maior e verdadeira para
direcionar na véspera de eleição surgem notícias do tipo: entre oito em dez
eleitores não se lembram em quem votaram em deputado federal, estadual ou
distrital; eleitores não fiscalizam seus representantes, e por aí vai,
demonstrando que a nossa frágil democracia ainda tem muito por crescer,
desenvolver e se consolidar. Nossa experiência democrática é muito superficial,
porque somos uma sociedade: Secularmente iletrada. Recente pesquisa mostrou que
quarenta e quatro por cento da população não lê e trinta por cento nunca
comprou um livro na vida. Se a população em geral não lê, porque iria se
interessar por política? Política, direita, esquerda, liberalismo? Ah! Não
adianta entender! Nada muda! Extremamente desigual, a renda média per capita de
um por cento dos trabalhadores mais bem pagos representa a mesma massa de renda
de quarenta por cento dos trabalhadores que recebem na faixa mais baixa de
salários. É lícito pensar que quem está preocupado com a sobrevivência diária
de sua família, não se importa com quem está no poder, tanto faz. Ninguém olha
para o pobre, o que interessa é comida na mesa! Perigosamente desalentada a
abstenção, votos brancos e nulos em 2014 foi perto de trinta por cento, tanto
no 1º como no 2º turno das eleições. Em 2018, as pesquisas indicam que os votos
brancos, nulos e indecisos somam cerca de quarenta por cento, muito acima do
número de votos dados ao primeiro colocado. Parece que, após apenas trinta anos
de eleições diretas, já estamos cansados de votar. Democracia serve para que
mesmo? - Não tenho emprego, segurança. Culturalmente escravocrata parte da
sociedade gosta do estilo feitor, do pensamento único, do isolacionismo social-.
- Somos uma nação de privilégios, de exceções, onde nem todos são iguais
perante a lei. Queremos ser servidos e não servir. Hipocritamente admiramos
sociedades mais igualitárias, mas agimos como as totalitárias. - Você sabe com
quem está falando? Sou autoridade! A lei? Ora a lei. Por isso damos mais
atenção aos candidatos do executivo (presidente e governador) aqueles que
mandam, decidem autoritariamente, do que àqueles do legislativo (deputados e
senadores), os que, teoricamente, deveriam promulgar as leis em benefício da
população. O atual sistema político é anacrônico, perdulário, ineficiente e
corrupto em seu cerne. Caso contrário, continuaremos caminhando como um bêbado
claudicante que vai tropeçando nas próprias pernas. Uma hora ele irá cair e não
conseguirá se levantar sozinho.
O nosso país precisa mudar
enquanto é momento.
Antônio Scarcela Jorge.
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