COMENTÁRIO
Scarcela
Jorge
ATRIBUÍMOS A ACORDAR
Nobres:
A cada dia nos
surpreendemos pelo novo contorno relacionado às eleições presidenciais da forma
especial, sendo que as campanhas eleitorais estão nas ruas. Ao iniciar nesta
segunda quinzena mês de setembro até o próximo dia 4 de outubro, a propaganda
eleitoral estará no rádio e na TV. Vamos instar por outro aspecto não observando
os partidos e candidatos observando somente uma das “essências” do nosso
sistema. Com isso, está oficialmente aberta a temporada das promessas de
campanha, período em que os candidatos prometerão resolver os problemas dos
estados e do país, tais como; a violência, o desemprego, a falta de leitos nos
hospitais, a escassez de vagas nas escolas, entre outros temas. Assuntos
espinhosos, como o combate à corrupção e a postura ética dos postulantes devem
ser parte integrante de qualquer plataforma de governo. Não é de hoje que a
população está cansada das promessas políticas e insatisfeita com os altos
índices de violência e de corrupção dos governos que se sucedem. Já está bem
manjada a “tática” dos políticos de usar a promessa como recurso apenas para se
eleger e chegar ao poder, demonstrando total desprezo pelo senso da ética, pela
honestidade e pelo compromisso com os eleitores. Prometem mundos e fundos e
simplesmente não cumprem, pois o que importa mesmo é se elegerem. Não é à toa
que grande parte do eleitorado não quer nem ouvir falar da classe política. E o
pior dentro deste segmento tem os eleitores que se vendem esperando tão somente
“o golpe final” marcado para o dia da eleição, e fazem “sentinela na madrugada
do pleito eleitoral” deixando a “senha” – porta entreaberta, deixando as suas
“dádivas” por “cabos eleitorais’ adestrados, sabendo que os compromissos dos
candidatos se encerram com esse eleitor que não temos nem por onde qualificar.
Neste sentido tornou-se regra há décadas, em alguns municípios, entretanto há
se esperar da justiça eleitoral pronta ação no combate a este delito inserido
nas leis pertinentes-. Com referência aos candidatos, o eleitor ético está
coberto de razão, pois ao escolhê-los, o mínimo que se espera é que cumpram ao
menos algumas promessas. Em vista disso, torna-se fundamental que os eleitores
procurem se informar se o que está sendo propostos pelos candidatos é realmente
factível, ou seja, que pode ser realizado. Desde o ano de 2010, os candidatos
aos cargos do Poder Executivo são obrigados a apresentar os programas de
governo no ato do registro de suas candidaturas na Justiça Eleitoral. Assim, os
eleitores podem acessar as informações para acompanhar as eventuais
inoperâncias, improbidades e até incompetências dos políticos, que, no
exercício do cargo, tomaram medidas contrárias as suas promessas ou
simplesmente ignoraram as que constavam de seu plano de governo. Por outro lado,
sabemos que boa parte daquilo que está sendo prometido efetivamente não
acontecerá. Para tanto, também, estejamos preparados para as velhas e
conhecidas justificativas: “a economia não cresceu”, “o tempo para execução da
promessa não foi suficiente (gancho para a reeleição)”, “o governo federal não
liberou recursos”, pois o governante não era parte integrante da base aliada do
presidente”, etc. Enfim, mesmo com algumas raposas insistindo nas práticas da
“velha política”, o que não se pode é deixar de cobrar. Felizmente, hoje as
pessoas já demonstram estarem mais atentas aos candidatos que não correspondem
às suas expectativas. Já têm uma sensibilidade maior em relação às promessas
mentirosas e infundadas. Os anseios da população são para os candidatos que apresentem
soluções palatáveis e que tenham autoridade para promover as mudanças
necessárias. Não basta apresentar metas arrojadas. É preciso convencer o
eleitor ético de que as promessas serão de fato realizadas. Portanto, o eleitor
que preserva a ética deve ter cuidado com as promessas de campanha de seu
candidato, não se deixando levar pelo sentimento rotineiro e natural do
populismo que permanentemente abateu as massas populares sem que elas percebam.
Antônio Scarcela
Jorge.
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