sábado, 15 de setembro de 2018

COMENTÁRIO SCARCELA JORGE - SÁBADO, 15 DE SETEMBRO DE 2018


COMENTÁRIO­
Scarcela Jorge

ATRIBUÍMOS A ACORDAR

Nobres:

A cada dia nos surpreendemos pelo novo contorno relacionado às eleições presidenciais da forma especial, sendo que as campanhas eleitorais estão nas ruas. Ao iniciar nesta segunda quinzena mês de setembro até o próximo dia 4 de outubro, a propaganda eleitoral estará no rádio e na TV. Vamos instar por outro aspecto não observando os partidos e candidatos observando somente uma das “essências” do nosso sistema. Com isso, está oficialmente aberta a temporada das promessas de campanha, período em que os candidatos prometerão resolver os problemas dos estados e do país, tais como; a violência, o desemprego, a falta de leitos nos hospitais, a escassez de vagas nas escolas, entre outros temas. Assuntos espinhosos, como o combate à corrupção e a postura ética dos postulantes devem ser parte integrante de qualquer plataforma de governo. Não é de hoje que a população está cansada das promessas políticas e insatisfeita com os altos índices de violência e de corrupção dos governos que se sucedem. Já está bem manjada a “tática” dos políticos de usar a promessa como recurso apenas para se eleger e chegar ao poder, demonstrando total desprezo pelo senso da ética, pela honestidade e pelo compromisso com os eleitores. Prometem mundos e fundos e simplesmente não cumprem, pois o que importa mesmo é se elegerem. Não é à toa que grande parte do eleitorado não quer nem ouvir falar da classe política. E o pior dentro deste segmento tem os eleitores que se vendem esperando tão somente “o golpe final” marcado para o dia da eleição, e fazem “sentinela na madrugada do pleito eleitoral” deixando a “senha” – porta entreaberta, deixando as suas “dádivas” por “cabos eleitorais’ adestrados, sabendo que os compromissos dos candidatos se encerram com esse eleitor que não temos nem por onde qualificar. Neste sentido tornou-se regra há décadas, em alguns municípios, entretanto há se esperar da justiça eleitoral pronta ação no combate a este delito inserido nas leis pertinentes-. Com referência aos candidatos, o eleitor ético está coberto de razão, pois ao escolhê-los, o mínimo que se espera é que cumpram ao menos algumas promessas. Em vista disso, torna-se fundamental que os eleitores procurem se informar se o que está sendo propostos pelos candidatos é realmente factível, ou seja, que pode ser realizado. Desde o ano de 2010, os candidatos aos cargos do Poder Executivo são obrigados a apresentar os programas de governo no ato do registro de suas candidaturas na Justiça Eleitoral. Assim, os eleitores podem acessar as informações para acompanhar as eventuais inoperâncias, improbidades e até incompetências dos políticos, que, no exercício do cargo, tomaram medidas contrárias as suas promessas ou simplesmente ignoraram as que constavam de seu plano de governo. Por outro lado, sabemos que boa parte daquilo que está sendo prometido efetivamente não acontecerá. Para tanto, também, estejamos preparados para as velhas e conhecidas justificativas: “a economia não cresceu”, “o tempo para execução da promessa não foi suficiente (gancho para a reeleição)”, “o governo federal não liberou recursos”, pois o governante não era parte integrante da base aliada do presidente”, etc. Enfim, mesmo com algumas raposas insistindo nas práticas da “velha política”, o que não se pode é deixar de cobrar. Felizmente, hoje as pessoas já demonstram estarem mais atentas aos candidatos que não correspondem às suas expectativas. Já têm uma sensibilidade maior em relação às promessas mentirosas e infundadas. Os anseios da população são para os candidatos que apresentem soluções palatáveis e que tenham autoridade para promover as mudanças necessárias. Não basta apresentar metas arrojadas. É preciso convencer o eleitor ético de que as promessas serão de fato realizadas. Portanto, o eleitor que preserva a ética deve ter cuidado com as promessas de campanha de seu candidato, não se deixando levar pelo sentimento rotineiro e natural do populismo que permanentemente abateu as massas populares sem que elas percebam.
Antônio Scarcela Jorge.

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