COMENTÁRIO
Scarcela
Jorge
A MANEIRA INSENSATA
Nobres:
Os execrandos
que se utilizam as redes sociais sem nenhum conhecimento e com intenções
protestaram por que Jair Bolsonaro foi transferido de um hospital de Juiz de
Fora, para outra unidade hospitalar que claramente ostenta maiores recursos
para o procedimento para tratamento devido. Não mais nos surpreende o que é
devidamente regrado no mundo atual é que provém de mau caráter e, até anciãos
que beiram a casa dos oitenta o que se constata a pessoa de cada um. É
indefectível que não há mais sensibilidade que gente desta espécie sempre apela
para um manjado chavão sensibilizando nas pessoas dos pobres, quando esses nem
querem vê longe da carência financeira. Conhecemos alguns “pseudo-bastardo”
se utilizam dos planos de saúde privada e da previdência privada para
socorrê-las quando necessária. A memória é curta dentro da incoerência desta
gente que não satisfeita para o desfeito final, graças à pronta intervenção da
PF naquele lamentável episódio protestam, coitados, a segunda internação de
Bolsonaro, como os SUS. Não há necessidade de que dezenas de personalidades
políticas foram internadas, alguns até a morte. A hipocrisia é fator natural de
toda ou qualquer questão. Quando este segmento da irracionalidade intelectual
na ânsia de enganar (mentir) para o povão, de princípio o socorro prestado a
Jair Bolsonaro em Juiz de Fora chamou a atenção para o Sistema Único de Saúde
(SUS). Gravemente ferido em manifestação na cidade mineira, o candidato foi
levado às pressas para uma unidade da rede pública. Lá, recebeu o atendimento
que lhe salvou a vida. No dia seguinte, ao ser transferido para o Hospital
Israelita Albert Einstein, a equipe médica paulista reconheceu a qualidade do procedimento,
sem o qual traria sério “risco” de óbito. É natural que atentado contra o campeão nas pesquisas eleitorais para a
Presidência da República mereça os holofotes da mídia e desperte o interesse da
população. O ato de violência chocou. Até os adversários mais sensatos o condenaram. Com razão. A facada não feriu só
o candidato. Feriu as conquistas de civilidade da sociedade brasileira. Daí a
expectativa de que os fatos sejam apurados e o responsável (ou responsáveis)
punido. A tragédia trouxe um aspecto positivo. Forçou um olhar diferente para o
SUS. Normalmente o sistema sofre duras críticas. É verdade que as imagens
mostram filas sem fim, demora no atendimento, falta de leitos, de
profissionais, de medicamentos. Não raro erros médicos. É fato. É fato também
que existem setores aptos a competir em eficiência e qualidade com a rede privada.
Vale lembrar o programa de vacinação. O Brasil conseguiu tecer uma rede de
cobertura capaz de atender os rincões mais distantes e inacessíveis do país.
Erradicou, com isso, doenças que mutilavam ou matavam crianças e adultos. As
campanhas nacionais tornaram-se referência da Organização Mundial da Saúde
(OMS). O êxito apagou da memória da população os tristes episódios
protagonizados por brasileiros entregues à sorte. Daí, talvez, a queda na
cobertura vacinal é uma negligência a quem responde na sua competência. Outras
áreas merecem ser lembradas pela qualidade dos serviços oferecidos e resultados
alcançados. É o caso do controle da malária e de doenças endêmicas e da redução
substantiva das ocorrências da doença de Chagas. Também das enfermidades transmitidas
sexualmente. Entre elas, a aids. Não se pode esquecer o controle das hepatites
e da hanseníase. Tampouco o tratamento da tuberculose. É de fato que o Sistema
Único de Saúde – SUS - tem conquistas a comemorar. Há que reconhecê-las. Mas
precisa ir além. Passo importante é a melhora no atendimento à população. Hoje,
80% dos brasileiros recorrem ao SUS para se tratar. São 166 milhões de pessoas.
Com a crise econômica, é previsível que o número aumente porque, sem condições
de pagar a saúde privada, muitos migrarão para a pública. Avanços na área
tornam a saúde cada vez mais sofisticada e cara. Os recursos serão sempre
escassos. O desafio: buscar medidas eficazes com custo relativamente baixo para
fazer frente ao progresso e à demanda. Além da gestão profissional, do corte do
desperdício e do investimento na prevenção, parcerias entre hospitais de ponta
e hospitais do SUS acenam com novos caminhos a seguir. Neste contexto é de se
esperar que os governantes que serão eleitos em outubro terão de responder aos
anseios da sociedade. Esses são pontos inadiáveis a serem considerados. Sem
politicagem e com visão ética.
Antônio Scarcela Jorge.
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