COMENTÁRIO
Scarcela Jorge
ENTRE A CRUZ E A ESPADA
Nobres:
Profundamente estarrecedor o momento que passa a política do país no mando político encastelado no poder. Estamos entre a cruz e a espada pela inoperância de um desgoverno unanime entre os poderes constituídos cuja desproteção aquele que exerce a cidadania, onde os marginais são celebres excelências apodrecidas pela corrupção. de um lado este senhor Temer é uma excrescência entre as excrecências e do outro lado temos a infelicidades de vê o Lula o maior farsante que a
história brasileira produziu. E só alcançou essa condição porque foi também o
mais convincente. Constituindo-se o maior enganador
do país o senhor Luiz Inácio Lula da Silva ao alongado da sua carreira
política, já associou sua própria figura à de Jesus Cristo, que foi
crucificado; à de Tiradentes, que foi enforcado e esquartejado, e à de Getúlio
Vargas, que se matou com um tiro no peito. Às vezes, esse heterodoxo professor
de história se confunde um pouco que mistura a pena imposta a Cristo com aquela
impingida a Tiradentes, não é hilariante. Essas operações mentais não deixam de
ser curiosas. Sempre que alguém toma como inspiração e como exemplo de sua
trajetória um herói trágico, busca ressaltar aspectos da própria personalidade
que evoquem o sacrifício, o sofrimento, a renúncia não-conformista, a
retidão dos santos, a convicção dos visionários, o discurso parabólico
dos sábios, os amanhãs sorridentes dos profetas, a terrível e solitária certeza
de quem já viu o futuro. E parece que é isso que Lula tenta ensinar a seus
companheiros, num tom compungido, quase de velório, convidando-os a se conformar
em perder as tetas do Estado e das estatais e caminhar um tempo no deserto,
agora que não lhes restou nem mesmo uma mitologia e uma história do futuro sem
uma narrativa sobre o futuro, contada desde o fim, não se constrói uma utopia. A
este confrangedor Lula. Que na história Republicana, se associou a nenhuma
outra agremiação política coesa e hierarquizada, como é o PT, ficou tantos anos
consecutivos no poder. Máquinas partidárias do passado a exemplo da UDN, do PSD
e do PTB, não obedeciam às imposições de um centro gravitacional. O PT não se
organizou para administrar o Estado e, como seria de se esperar de um partido,
para modernizar as suas estruturas, tendo a política como instrumento. Fiel à
tradição da esquerda, o PT se constituiu para, primeiro, cercar o Estado e
depois absorvê-lo, numa espécie de fagocitose política, daí que não se
distingam hoje os interesses do país daqueles que são os interesses do partido.
Daí que Lula e sua legenda nunca tenham aceitado que, uma vez conquistado o
poder, pudessem perder eleições. Daí que a possibilidade de vitória do
adversário nos pleitos de 2006, 2010 e 2014 não tenha sido tratada como
apanágio da democracia, que prevê a alternância, mas como retrocesso. Se
verdadeira, a retórica de Lula já seria ruim porque alimentada por misticismo,
messianismo e vertigem visionária típicos dos malucos. Se toda política carrega
um viés religioso porque, em alguma medida, é preciso apelar a um horizonte
edênico, não há retórica salvacionista na história que tenha resultado em coisa
que preste. Ocorre que o discurso de Lula é tão falso que jamais se pode
imaginar. O “camarada e companheiro, em que os fanáticos também safados e que
adoram a ladroagem, principalmente os pelegos e os preguiçosos da nação do
lulismo, que reunis os que habitam pregrisosamente por aqui”. A nação petista,
sob seu comando não é do tipo que resiste ao “apego de interesses pelos outros
partidos; os pseudo-s aliados dele. Ao contrário! Ele o chama para negociar na
certeza de que pode dar um truque em todos eles. Foi assim a bem poucos anos
com Ciro Gomes e com Marina Silva, apesar de tomarem um “balão dele” estão
fanáticos por ele e, em cada eleição aparecem como alternativas para salvação
do farsante Lula. O PT não mudou as estruturas do Estado brasileiro que são
multiplicadoras de injustiças. Ao contrário: ele as adaptou, à medida que as
absorveu, à pauta partidária. Não por acaso, os ditos programas sociais, que
são uma versão degenerada das conhecidas políticas compensatórias, ficaram
submetidas à injunções do PT. Não custa lembrar que os companheiros resistiram
às tentativas de institucionalizar o Bolsa Família, por exemplo. Eles querem o
programa como instrumento de chantagem dos pobres, O Lula, e seus Lulinhas
folgazões e do PT é, sim. E é por isso que demonstram tamanho desespero. E é
por isso que, longe de se entregar a qualquer rito eles prometem é se vingar de
seus adversários. Eles não querem que o futuro lhes dê razão e desejam que o
presente os recompense, como os chantagistas.
Antônio Scarcela Jorge.