COMENTÁRIO
Scarcela Jorge
POLÍTICOS SEM ÍNDOLE
Nobres:
Há, atualmente, uma rejeição generalizada pelos
políticos brasileiros e, de certa maneira, pela política. Delações de todo
tipo, boa parte delas sem provas concretas, factuais, reduzidas a acusações
verbais nem sempre investigadas a fundo, trazem como conseqüência (o que é
absolutamente natural) uma descrença, uma desesperança na maioria da população
e repulsa pertinente à conduta de boa parte de nossos parlamentares e
governantes. É tanta corrupção, diariamente posta às claras pela TV, pela
imprensa escrita ou falada, que há até quem apele, irresponsavelmente, por
formas ditatoriais de governo, até mesmo com a participação das Forças Armadas.
E há também aqueles que simplesmente decidem se afastar da participação
política, de eleições, de discussões sobre condutas legislativas, executivas e
judiciárias. É justamente nessas horas de crise que uma atitude mais prudente é
necessária. Deixar-se levar pela irritação, pelo desânimo, pela descrença, ou
pela agressão, pela atitude belicosa, pela manifestação vingativa não é o
melhor caminho nestas horas. Nas crises, é necessário ter tranqüilidade para
optar pela forma de reação, reflexão sobre as conseqüências eventuais da
atitude de contraposição. “Fora Temer” é fácil gritar. Mais fácil ainda é ter
vontade de gritar. Mas, cuidado com a prescrição esquerdista radical de que “os
fins justificam os meios”. Veja o réu Lula, anda em caravana pelo nordeste, uma
região que os oportunistas e aculturados, se reúne em enormidade, protegido
pelas instituições e pelos fanáticos e pelegos, pousando de “bom moço” dizendo
ter solução para o Brasil, característico de sua “personalidade”. Mas, a
sociedade ética precisa pensar diferente: “Os meios qualificam os fins”. Estamos
a pouco mais de um ano das eleições de 2018. Não é o momento de mergulharmos
todos numa situação mais crítica do que a que já estamos atravessando. Pelo
contrário. É tempo de concretizarmos as reformas indispensáveis para
resolvermos pelo menos parte de nossos problemas fiscais, econômicos e sociais:
A reforma Previdenciária, Política e Tributária, já que a Trabalhista já foi
aprovada. Por outro lado, o desemprego continua em 13.5%, e a nossa indústria
ainda dá sinais de fraca recuperação. Que ninguém esqueça, principalmente, que
foi o 'governo petista' que institucionalizou a corrupção generalizada e nos
levou ao desastre que estamos vivendo. Antônio Scarcela Jorge.
Nenhum comentário:
Postar um comentário